Todas as agremiações que participam do Carnaval são denominadas Escolas de Samba, exceto uma. Fundada em 1974 no bairro da Vila Mariana, a Barroca Zona Sul é Faculdade. Falta de modéstia? Muito pelo contrário. Na realidade, o nome é uma homenagem de outros sambistas a seus primeiros integrantes.
A Barroca foi criada por Sebastião Eduardo do Amaral, o Pé Rachado, ex-presidente da Vai-Vai e até hoje reconhecido como um dos mais importantes sambistas de São Paulo. Junto com ele vieram outros nomes fortes da escola do Bixiga, como Ednei, Zé Carlinhos, Zé Francisco, Tornado, Galocha, Miguelzinho e Dorinho Marques. Todos ainda jovens, mas já com muita vivência neste mundo.
O batismo da nova agremiação também não poderia ter peso maior. Cartola, ícone da Estação Primeira de Mangueira, esteve presente na inauguração da quadra, em 1977. As cores verde e rosa foram escolhidas justamente em homenagem à escola carioca.
Com tanta gente boa entre os componentes, veio a brincadeira: se as outras são escola, a Barroca só podia ser faculdade. A tirada bem humorada pegou e a nova agremiação foi registrada como Sociedade Recreativa Beneficente Faculdade do Samba Barroca Zona Sul.
No Carnaval paulistano, a Barroca teve rápida ascensão e já estava no Grupo Especial logo no terceiro ano de sua história. Ao todo, disputou a divisão principal em 20 oportunidades, tendo como melhor resultado a quinta colocação em 1982, 1985 e 1990. Em 2018, retorna ao Grupo de Acesso após ter sido campeã do Grupo 1 da UESP.