Doutor em história comparada pela UFRJ e defensor do direito constitucional à liberdade religiosa, Prof. Babalawo Ivanir dos Santos fala em entrevista para o Portal AL sobre intolerância religiosa no Brasil, prêmios conquistados e sua candidatura a senador do Rio. Tá curioso? Então veja!
AL – Há cada 15 horas o Brasil tem uma denúncia de intolerância religiosa, as religiões de origem afrodescendente são as principais vítimas dessa gravesa, o que pode ser feito para combater esse problema, esse mal?
IS – Investir em projetos que possam conscientiza a sociedade brasileira que todos nos perdermos com a intolerância. E um desses projeto pode ser o Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, que foi elaborado pelos membros da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa logo após os episódios de intolerância religiosas que aconteceram no ano de 2008 no Morro do Dendê.
AL – A caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa servem como um alerta para chamar a atenção das autoridades e a sociedade brasileira?
IS – Sim! Pois além de representar uma grande união entre vários lideres religiosos, a Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa é uma manifestação inter-religiosa que busca evidencia para as autoridades públicas que o Brasil tem um problema real e constante que é a intolerância e o desrespeito religioso.
AL – Você viajou para vários países a convite de entidades como Anistia Internacional, ONU e, Fundation France Liberte, representando nossa terra, fazendo palestras e exposições sobre a democracia racial e o extermínio de crianças e jovens negros, quais foram os benefícios da aprendizagem que você trouxe de lá de fora para o Brasil? Deu para tirar proveito de alguma coisa?
IS – Sim, com certeza! Os benefícios são muitos, como a integração com grupos religiosos, que a décadas vem buscando construir ações concretas contra todas as formas de preconceitos e, intolerâncias.
AL – Quais foram os prêmios mais importante de sua vida? Sempre tem um preferido, você pode dizer qual foi?
IS – Não tenho como estimar qual é mais importante! O prêmios e homenagens que recebi ao longo desses anos são frutos dos trabalhos que venho desenvolvendo, junto ao Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP) e á Comissão de Combate à Intolerância (CCIR). Esses prêmios não são apenas meus, é de todos os meus companheiros e companheiras de luta e trabalhos que também anseiam por um país, mais justo, menos racistas e humanos para todos e todas nós.
AL – Eleições 2018: você é pré-candidato ao Senado pelo PPS/RJ, um bom político está em todos os lugares, compromissos, ético e honesto com a população, caso você ganhe o que podemos aguardar, esperar do novo senador Ivanir dos Santos?
IS – Bom, quem conhece a minha trajetória sabe que mesmo antes de ser pré-candidato eu sempre estive em todos os lugares buscando dialogar e construir com todas e todos principalmente nas comunidades. E com certeza essa é uma das características que eu nunca vou deixar. O diálogo com a sociedade precisa ser a ação fundamental de qualquer político.
AL – Você nasceu e foi criado numa comunidade carioca, quando jovem foi internado à força no antigo Juizado de Menores, de onde você tirou tanta força?
IS – A força vem de todos os meus ancestres. Naquela época eu sabia que eu não podia sair do “eixo”. Precisei manter o foco e ir em busca de trabalhos e especialização a nível superior. Hoje, com titulo de Doutor em História Comparada pela UFRJ, vejo que fiz a escolha certa.
AL – Como é sua visão, hoje, na religião afrodescendente? Você não acha que alguns religiosos(não generalizando todos) denegri(não sei se estou usando a palavra correta) a própria crença?
IS – Bom, primeiro o próprio conceito da palavra “denegrir” é muito pejorativo! E o processos de preconceito e descriminação em relação as religiões de matrizes africanas foi construídos sobre um ótica muito não positiva. Existe grandes trabalhos de conscientização sobre o valor e representatividade das religiões afro-brasileiras.
AL – Você pode deixar uma mensagem religiosa de paz para o povo brasileiro?
IS – Bom, se estivesse vivo, Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul e um dos maiores defensores dos direitos das minorias, completaria 100 anos no dia 18 de julho. Então, nada melhor do que deixa um trecho da fala dele, no livro Long Walk to Freedom, publicado em 1995. “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta. Nelson Mandela”.
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