A atividade deste domingo, fechou uma série de encontros virtuais que começaram em 27 de agosto, e durante um mês, realizou 18 lives, com representantes internacionais e nacionais, abordando temas transversais com o foco voltado ao combate à intolerância religiosa. Organizado pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa – CCIR e o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas, hoje, o palco foi outro (por 12 anos aconteceu na Orla de Copacabana, recebendo em torno de 100 mil pessoas). Ao longo dos últimos anos, o evento se consolidou no Brasil, e principalmente na cidade do Rio de Janeiro, como uma das ações mais pontuais em defesa da liberdade em proferir a fé.
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“Essa caminhada é de todos, temos o direito à proferir a fé, importante e necessário refletir e participar dessa luta. O debate não é sobre a “cristofobia”, mas sobre a falta de respeito com outras religiões, o Estado é laico, não professa nenhuma, tolera, aceita todas, inclusive a falta total de religião”, pondera Prof. Dr. Babalawô Ivanir dos Santos – interlocutor da CCIR – única comissão no mundo a reunir diversos tipos de credos em uma manifestação, com representantes do candomblé, umbanda, católicos, muçulmanos, wiccanos, ciganos, entre outros, que caminham lado a lado, sempre no terceiro domingo de setembro.
Seguindo todas as normas de segurança, distanciamento e sem aglomeração, Mauro Band – Presidente da Associação Scholem Aleichem (ASA), fez as honras da casa e abriu o encontro cantando “Hevenu Shalom Aleichem”, música folclórica que significa: dezenas de paz à todos.
“Nós judeus somos um povo que cultiva a liberdade, achamos que ela é um bem da sociedade em que estamos inseridos. A CCIR se insere nesse escopo que nós entendemos que todo homem deve ter. O escopo de liberdade, liberdade cidadã, uma liberdade em que todos nós estamos inseridos, em uma sociedade com acesso saúde, educação, segurança e de fé, de exercício de fé”, atestou Mauro.
Mãe Mirian de Oyá e Pai Renato de Obaluayê, veteranos mestres de cerimônia das caminhadas, comandaram as falas dos convidados, a live contou a participação em vídeo da cantora Varda Usiglio, depoimentos de representantes religiosos como: Arquidiocese de São Sebastião do RJ, Fé bahá’í, Igreja Evangélica Assembleia de Deus do Ministério Luz Apostólica, Movimento Hare Krishna, entre outros. Assim como lideranças como Marcos Moura – da Comissão de Arte do Boi Garantido / Festival de Parintins, Yalorixá Márcia Marçal e Kleber Lucas – Pastor da Igreja Batista Soul, que estava programado para cantar, mas passou mal, participando apenas com imagem gravada. Rosa Perdigão acertou em cheio com as guloseimas do dia.
Presentes em todas as outras caminhadas, o Bispo Eishin Suzuki – Budismo Primordial, justificou a parceria. “Para que a religiões possam se expressar livremente, possam praticar livremente e que as pessoas possam desempenhar o seu culto, a sua religião de uma forma livre para o seu próprio bem e para o bem da sociedade”.
Lourdes Aquilini, que veio de São Paulo acompanhada do filho Daniel Henrique, para receber homenagem póstuma dedicada ao marido Hércules José Aquilini, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Leu um trecho extraído do diário do religioso: “A fé é mais fácil de ser pregada, do que praticada. A essência do trabalho do Senhor é mudar, e transformar homens naturais em verdadeiros filhos de Deus. Nosso amor as nossas crenças e ao nosso semelhante, amplia e revigora nossas forças com a capacidade de enfrentar os desafios de nossa vida”.
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Com transmissão simultânea através do YouTube Cultne: https://www.youtube.com/cultne e pelo https://www.facebook.com/ceap.rj, toda online assinado pelo Acervo Cultne. O diretor Filó Filho fez um recorte com entrevista, depoimentos, imagens e shows das outras caminhadas, intercalando com os convidados. Contando com a participação na sala de chat de ouvintes de Cachoeira do Piriá /Pará, Minas, Salvador, São Paulo, Maranhão, entre outros.
O grupo Awurê, fez o encerramento, representou a ala cultura com maestria, os cantores Fabíola Machado e Arifan Jr, mandaram ver com “Padê” (Juçara Marçal e Kiko Dinucci), emendando com pot-pourri com samba de roda, a banda tem como objetivo exaltar a influência africana na cultura do carioca e resgatar a ancestralidade usando a música, os cânticos e a poesia em forma de samba.
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E assim, o encontro cumpriu seu papel em prol da liberdade, tolerância e da equidade religiosa. Que venha a 14ª Caminhada de Combate à Intolerância Religiosa.
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-Rozangela Silva-
Assessoria de Imprensa