A Lavagem do Sambódromo abriu caminho neste domingo, 4, para o primeiro e único ensaio técnico do Carnaval 2018. Duas mil baianas saudaram a Passarela do Samba com água de cheiro, arruda e defumador, a proposta da tradicional lavada é pedir proteção à todos os cidadãos do Rio de janeiro. O ator Milton Gonçalves fez um discurso impactante, em seguida a cantora Marrom cantou o clássico do samba, “Não deixe o samba morrer”, finalizando com as bençãos do Padre e dando início ao treinamento das campeãs do Carnaval 2017. Além do atraso no desfile, por conta de problema com o som, do carro de som, a verde e branco da zona oeste, Mocidade Independente de Padre Miguel, foi a primeira escola a pisar Avenida com seu belo enredo: “Namastê: a Estrela que habita em mim, saúda a que existe em você”, o entrecho conta pra quem uniu Brasil e Marrocos num desfile vencedor, “Namastê… A estrela que habita em mim, saúda a que existe em você” forma um elo do nosso país com a exuberante Índia do gigantesco Mahatma Ghandi, enredamento desenvolvido pelo carnavalesco Alexandre Louzado, a Estrela Guia de Padre Miguel trouxe milhares de integrantes para o seu treino.
Fechando com chave de ouro o ensaio técnico, com bandeiras, a Portela levou para a Avenida suas torcidas organizadas, desde das arquibancadas e frisas portelenses vibraram com a azul e branco de Madureira. Com enredo: “De repente de lá pra cá e “dirrepente” daqui pra lá”, a escola relata uma crítica atual que aborda intolerância e xenofobia dentro de uma história encantadora de judeus fugidos da Europa, com destino ao Nordeste do Brasil, que contribuíram na formação de Nova York, enredamento desenvolvido pela carnavalesca Rosa Magalhães, sentada em um banquinho, a professora esteve presente em ensaio aguardando a escola entrar. A Portela não é brincadeira e sacudiu a poeira trazendo como convidadas todas as escolas de samba do Grupo Especial. Em busca do bicampeonato, a agremiação fez ensaio de alto nível.
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Foto capa: Anderson Lopes