Mesmo com pandemia, trabalhos são moldados para compor outros saberes, cenário importante e de grande responsabilidade na mão do professor. A Escola Estadual João do Vale Rosa dos Ventos, em Nova Iguaçu, vem trabalhando outros recursos em formas de ensinar e aprender também.
E ontem (20), aconteceu o 1º ciclo de palestras da série que compõe o projeto “E.E.João do Vale – Educando para a diversidade, construindo um mundo mais humano”. Contou com apresentação do Prof. Dr. Babalawô Ivanir dos Santos, Pastor Kleber Lucas e o escritor Éle Semog. Abordaram o tema Racismo Religioso no Brasil. O trio comandou um bate papo na parte da manhã. Na parte da tarde, foi a vez do palestrante Prof. Dr. Ricardo Costa – UFRRJ, com o tema: Identidades e Políticas de Ações Afirmativas para a Educação.
“A escola tem um impacto significativo na formação da criança e do jovem. Nesse contexto, a educação assume um papel de grande responsabilidade. Quando instiga à reflexão temas com as liberdades, os direitos humanos, a pluralidade e das diversidades, contra o racismo e a intolerância religiosa, ganhamos grandes avanços na aprendizagem e convivência com o estudante, eles passam a valorizar mais a escola e seus aprendizados”, atestou o Prof Ivanir do Santos.
Para Kleber Lucas, o projeto foi incentivador – “É preciso que a escola crie espaços para a troca, há fatos relevantes que precisam ser compartilhados com o aluno e a instituição”, exemplificou o Pastor, que assim como o Babalawô é também integrante da CCIR – Comissão de Combate à intolerância Religiosa.
Estiveram presentes em torno de 40 participantes, além de professores de Língua Portuguesa, História, Geografia, Matemática, Educação Física e Ciências, funcionários de outros setores da escola, presença de representantes da SEEDUC e de escolas locais.
Segundo a coordenadora do projeto, em parceria com o Prof Ivan Cerqueira, a proposta foi muito bem recebida – “O projeto tem como objetivo trabalhar a construção da identidade etnico racial da comunidade escolar. Primeiro trabalhando com gestão, coordenação pedagógica, professores, funcionários e na sequência com os estudantes. Buscamos desconstruir estereótipos negativos arraigados sobre a cultura negra, discutindo o racismo estrutural e seus reflexos na sociedade, provocando uma reflexão crítica sobre o currículo eurocêntrico que se mantém hegemônico na educação brasileira”, pontuou a professora Marize Conceição.
Ressaltando que na próxima segunda-feira (25), todos os 725 mil alunos da rede estadual de educação voltam às escolas, com turmas 100% presenciais. O projeto já recebeu o escritor Éle Semog, no dia 29 de setembro, para a palestra Racismo estrutural na escola e seus reflexos na sociedade. A coordenação planeja outros encontros para trocas de ideias e aprendizados.
“Esse encontro é um marco inicial para que a nossa comunidade escolar, tenha esse olhar diferenciado de cada um, aprender a ter respeito pelo o outro, independente do seu segmento religioso, precisamos colocar em prática com nosso aluno, com o novo professor, com os demais representantes da escola”, atestou a diretora da escola Eliana dos Santos Carvalho.
-Rozangela Silva-
Assessoria de Imprensa
Professores – Foto de Capa: Rozangela Silva
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