Atividades contam com ampla participação de pessoas refugiadas e destacam iniciativas em diferentes regiões envolvendo cultura, esportes, música, debates e conhecimentos gerados com as pessoas que foram forçadas a se deslocar e buscam no Brasil proteção e meios para reconstruir as suas vidas com dignidade
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) divulga o calendário de eventos e atividades no Brasil reunindo pessoas refugiadas, organizações e instituições parceiras para marcar o Dia Mundial do Refugiado (comemorado em todo o mundo no dia 20 de junho), cuja programação completa dos eventos está disponível na página www.acnur.org.br/diadorefugiado
Em 2024, o tema do Dia Mundial do Refugiado é “Esperança longe de casa: por um mundo inclusivo com as pessoas refugiadas”. Esse tema reflete a necessidade de se buscar soluções para viabilizar a integração das pessoas refugiadas nas sociedades de acolhida, propiciando meios para sua efetiva inclusão e oportunidades para que possam contribuir para o desenvolvimento local com seus conhecimentos, talentos e determinação.
Diversas atividades já foram iniciadas neste mês, marcando a participação de pessoas refugiadas em importantes celebrações. Em São Paulo, pessoas refugiadas de diversas nacionalidades participaram da 28ª Parada do Orgulho LGBT+; em Boas Vista e Manaus, ações de formação de pessoas refugiadas foram realizadas pelo SEBRAE e CIEE, respectivamente; em Brasília, os dados globais e nacionais sobre as pessoas forçadas a se deslocar foram divulgados em evento realizado com o Ministério da Justiça e Segurança Pública e com o ObMigra. Mas muito destaques estão por vir a partir desta semana.
Terça-feira, dia 18, em Brasília, o ACNUR e o Banco Mundial realizarão um evento em que pesquisas serão apresentadas sobre a inclusão de pessoas refugiadas e migrantes no mercado de trabalho, com especial atenção os estudos disponíveis sobre a população venezuelana no Brasil.
No dia seguinte (19), em Manaus, será realizado o encontro cultural e gastronômico RefugiArtes, organizado por lideranças refugiadas e migrantes como forma de apresentar as múltiplas diversidades e toda a riqueza cultura que as pessoas de diferentes nacionalidades trazem para o Brasil.
Já em Belém, nos dias 20 e 21, o ACNUR realizará um importante seminário para convidados, intitulado “Mudanças climáticas, deslocamentos e direitos humanos: contribuições à elaboração de políticas públicas”, contando com representantes internacionais do ACNUR, dos governos brasileiro, estadual e municipal, academia, instituições parceiras, membros de organizações da sociedade civil e lideradas por pessoas refugiadas, além de outras organizações das Nações Unidas e de países apoiadores. A imprensa pode se inscrever mediante email para pachioni@unhcr.org.
Também no dia 20, em Boa Vista, uma série de atividades será realizada no Centro de Sustentabilidade, envolvendo pessoas refugiadas e migrantes em ações de compostagem, bioconstrução e horta urbana, favorecendo assim a transmissão de conhecimentos e dos aprendizados entre as pessoas interessadas em conhecer mais sobre ações sustentáveis promovidas pelo ACNUR. Outro destaque em Boa Vista se deve ao campeonato de vôlei entre os diferentes abrigos, cuja final está prevista para acontecer no dia 22 de junho.
E no Rio de Janeiro, duas agendas chamam a atenção pelo viés dos conhecimentos e das experiências culturais. No dia 21, o ACNUR participará do Festival LED – Luz na Educação, que contará com uma palestra do ACNUR sobre a criação de um ambiente inclusivo para estudantes refugiados nas escolas. Já nos dias 22 e 23, será realizado o consagrado evento Rio Refugia, que celebra a força e resiliência das pessoas refugiadas por meio da música, culinária, dança, artesanato, moda e muitas outras representatividades culturais.
O Dia Mundial do Refugiado é comemorado anualmente no dia 20 de junho, data internacional designada pelas Nações Unidas para homenagear a força e a coragem das pessoas que foram forçadas a deixar seu país de origem devido a conflitos ou perseguições. Em 2024, o ACNUR traz o enfoque mais direcionado à relação entre o deslocamento forçado e as mudanças climáticas, realidade esta já vivenciada e presente também no território brasileiro.
-ACNUR – Agência da ONU para Refugiados-
Foto de Capa: ©ACNUR / Jeoffrey Guillemard
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