Tendo como foco a história de três irmãs, na época da chegada da Inquisição no Brasil Colônia, o longa discute temas ainda atuais, como a opressão às mulheres e a origem da intolerância
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=0UQXlt9dSls
O longa histórico “As Órfãs da Rainha”, novo filme da diretora, produtora e roteirista Elza Cataldo, estreia nos cinemas de São Paulo no próximo dia 17 de agosto. Segundo dados da Ancine (Agência Nacional do Cinema), “As Órfãs da Rainha”, que já estreou em Belo Horizonte e Brasília, é o nono filme nacional mais visto no Brasil em julho.
Com distribuição da Cineart Filmes e produção da Persona FIlmes, Elza Cataldo – que dirigiu o aclamado “Vinho de Rosas” (2005) – volta mais uma vez ao passado, trazendo o período da Inquisição no Brasil Colônia do século XVI e promove um resgate da importância da presença feminina nas páginas da história brasileira para falar de temas ainda atuais, como a opressão às mulheres e a intolerância.
Podendo ser considerado como uma narrativa de ficção no gênero histórico, “As Órfãs da Rainha” conta a história das três irmãs órfãs, Leonor (Letícia Persiles), Brites (Rita Batata) e Mécia (Camila Botelho). Criadas como católicas pela rainha de Portugal, elas são enviadas a contragosto para a colônia brasileira com a ordem de se casarem. A dura adaptação à precariedade do Novo Mundo é vivida de forma diferente por cada uma delas. Leonor é quem mais resiste à nova realidade e escreve cartas para a rainha, pedindo permissão para voltar. A resposta, entretanto, nunca chega.
À medida que o tempo passa, ela se apaixona pelo marido, Escobar, tem filhos com ele e passa a admirar a religião judaica. Brites, por sua vez, faz de tudo para conquistar o marido violento, Tales, e lhe dar um filho. Já Mécia, rejeitada devido a uma deficiência física, se encanta por um indígena. A irmandade é colocada à prova quando o Inquisidor chega à Bahia, em 1591, espalhando medo e desconfiança entre os habitantes de Vila Morena. Leonor, Brites e Mécia são surpreendidas por acusações de práticas judaizantes. Em meio às ameaças da Inquisição, as três irmãs descobrem sua verdadeira origem e vão fazer suas próprias escolhas.
“As Órfãs da Rainha” foi filmado na Zona da Mata de Minas Gerais, em uma antiga fazenda localizada na zona rural de Tocantins (onde uma vila cenográfica foi construída). Sobre a cenografia, Elza Cataldo conta: “O cinema nos possibilita transformar um lugar no outro, uma pessoa na outra. Nós transformamos uma fazenda de Tocantins, em Minas Gerais, nesta localização do Recôncavo Baiano, graças a um trabalho imenso realizado por um conjunto de profissionais talentosos e coordenado pelo diretor de arte Moacyr Gramacho”.
No elenco estão Letícia Persiles, Rita Batata e Camila Botelho no papel das protagonistas. O grupo se completa com a presença de nomes como os de César Ferrario, Alexandre Cioletti, Juliana Carneiro da Cunha, Jai Baptista, Inês Peixoto, Teuda Bara, Celso Franteschi, Eduardo Moreira, Odilon Esteves, Luiz Gomide, Beto Militani, entre outros.
Passagem por festivais
Antes de estrear em circuito comercial, “As Órfãs da Rainha” teve uma passagem bem-sucedida em alguns festivais internacionais de cinema. No Toronto International Women’s Film Festival, o filme foi agraciado com o prêmio de Melhor Filme Histórico. Além disso, a produção foi selecionada para o Washington Jewish Film Festival 2023 e conquistou o prêmio de melhor narrativa no Los Angeles Independent Women Film Awards. No Feedback Female Film Festival 2022, conquistou o título de Melhor Filme de Longa-metragem, consolidando seu valor e relevância.
A realização de “As Órfãs da Rainha” contou com o apoio do Polo Audiovisual Zona da Mata. Criado em 2002, o Polo mobiliza lideranças da região em torno de um Programa de Cultura, Educação, Inovação e Desenvolvimento Sustentável.
O roteiro leva as assinaturas da própria diretora, junto a Pilar Fazito e Newton Cannito. Para assegurar a fidelidade ao lastro histórico, Elza conta que, no curso do processo que precedeu as filmagens, chegou a ler mais de 300 livros. No processo de redação, os três também contaram com uma consultoria de calibre, composta pelo historiador Ronaldo Vainfas, especialista no tema Inquisição; pela escritora e historiadora Mary del Priore especialista em história das mulheres; e pelo rabino Uri Lam, que é formado em Psicologia e tem mestrado em Filosofia.
Além da direção e da co-autoria do roteiro, Elza Cataldo também assina a produção de “As Órfãs da Rainha”. Ela acabou ainda contribuindo na concepção dos figurinos ao compilar imagens encontradas nos livros fontes de sua pesquisa. O figurino é assinado por Sayonara Lopes e Rosângela Nascimento com consultoria da Beth Filipecki.
Ficha Técnica:
Direção e Produção: Elza Cataldo
Roteiro: Elza Cataldo, Pilar Fazito e Newton Cannito
Direção de Arte: Moacyr Gramacho
Direção de Fotografia: Fernanda Tanaka
Figurino: Sayonara Lopes e Rosângela Nascimento
Montagem: Armando Mendz
Direção Musical: David Tygel
Participação especial da cantora Fortuna
Elenco: Letícia Persiles, Rita Batata, Camila Botelho, César Ferrario, Alexandre Cioletti, Jai Baptista, Celso Frateschi.
Participações Especiais: Juliana Carneiro da Cunha, Teuda Bara e Inês Peixoto.
Redes sociais: @elzacataldo @asorfasdarainhaofilme Facebook Elza Cataldo e Persona Filmes
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=0UQXlt9dSls
Fotos: Jonathas Marques Abrantes
Sobre Elza Cataldo
Diretora, produtora e roteirista. Com curso em Cinematografia pela Universidade de Nanterre e Doutora pela Sorbonne, França, foi também professora e pesquisadora pela Universidade Federal de Minas Gerais. Entre seus trabalhos, estão o filme de longa-metragem “Vinho de Rosas” (Prêmio de Melhor Diretora Estreante no Festival Internacional de Batumi – Geórgia 2006 e Prêmios de Melhor Figurino, Melhor Cenografia e Melhor Som Direto no Festival de Maringá 2006); do filme de curta-metragem “O Crime da Atriz” (Prêmio de Melhor Curta Brasileiro do Júri e do Público e Prêmio TeleImage na Mostra Internacional de São Paulo 2007 e Menção Honrosa: Comédia no Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte 2008); do documentário “A Santa Visitação” e dos curtas “O Ouro Branco”, “Lunarium” e “A Má Notícia“. Coprodutora dos filmes de longa metragem “A Luneta do Tempo”, de Alceu Valença, e “Meu Pé de Laranja Lima”, de Marcos Bernstein. Foi coordenadora do Laboratório CINEPORT de Roteiros, consultora do ISVOR/FIAT sobre o tema Storytelling, palestrante e professora da Fundação Dom Cabral sobre estruturas narrativas, consultora do Programa Bahia Criativa (Minc/Secult) para desenvolvimento de roteiro, consultora da Casa da Economia Criativa/ SEBRAE para projetos audiovisuais e líder do Núcleo Criativo de roteiros da Brokolis do Brasil. Exibidora de cinema em Belo Horizonte. Dirigiu ainda o fime o documentário “O Levante de Bela Cruz”, o documentário O Silêncio de Eva, em planejamento de lançamento e ainda o longa metragem de ficção A Pedra do Sino, em fase de finalização.
Sobre a Persona Filmes
A produtora Persona Filmes tem o foco no gênero histórico. Suas realizações aliam pesquisa estética e qualidade técnica a temas que revelam traços marcantes da identidade cultural brasileira e de seus personagens. Ao resgatar a memória feminina, procura-se destacar e dar visibilidade à presença das mulheres na história e também criar personagens em busca de suas origens reais ou fictícias.
Sobre a Cineart Filmes
A Cineart Filmes é uma distribuidora 100% brasileira e independente que tem, como principal objetivo, compartilhar conteúdos audiovisuais de alta qualidade. Trabalhando tanto com obras nacionais quanto internacionais, independentemente do gênero, o nosso compromisso é sempre o de oferecer cultura e entretenimento de qualidade ao maior número de pessoas possível. Para isso, além de valorizar o cinema nacional e abrir espaço para as produções regionais, a Cineart Filmes participa dos maiores festivais e feiras de cinema do mundo, como Cannes, Toronto, Berlim e AFM.
Nossa intenção é alcançar cada vez mais o mercado exibidor e as redes de distribuição, sempre buscando conteúdos diversificados e de qualidade dentro e fora do Brasil. Assim, com ética nas relações e compromisso com os parceiros, vamos ampliando as nossas fronteiras, fortalecendo a indústria audiovisual no Brasil e no mundo, levando mais longe a magia do cinema.
Preocupada em trabalhar sempre com conteúdos de alta qualidade, a Cineart busca um relacionamento próximo com os seus parceiros produtores desde as etapas iniciais dos projetos, acreditando que esse envolvimento contribui para o sucesso comercial do projeto, através da elaboração de planejamentos específicos e cuidadosamente pensados para cada trabalho, procurando traçar o perfil e o tamanho ideal de cada lançamento.
Redes sociais: @cineartfilmes
Patrocinadores
Esta obra conta com o patrocínio da Energisa, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, e com a Ancine/FSA/BRDE.
-Atti Comunicação e Produção-
Foto de Capa: Jonathas Marques Abrantes
@ Portal AL 2.0.2.3