Ministério do Turismo, Governo Federal, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, Theatro Municipal, Associação dos Amigos do Teatro Municipal, Vale e Petrobras apresentam
Igor Stravinsky no Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Uma homenagem a um dos principais compositores eruditos do mundo que completa 50 anos de morte
“Uma renovação só é frutífera quando anda de mãos dadas com a tradição.”
Igor Stravinsky
Em 06 de abril, o Municipal faz uma homenagem ao compositor russo Igor Stravinsky e apresenta uma exposição virtual em formato de e-book no dia do cinquentenário de morte dele, encerrando a Temporada de Férias On-Line do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Realizada pelo Centro de Documentação, através da pesquisadora e historiadora Fátima Cristina Gonçalves, a exposição virtual revela peculiaridades da vida de Stravinsky que revolucionou a música mundial da primeira metade do século XX. Suas composições, sobretudo as da primeira fase, chamada “Russa”, expõem ritmos e harmonias pouco ortodoxos, revelando uma linguagem inovadora, apesar do vínculo com a tradição do folclore russo (1909 – 1920).
Ao longo de sua vida, a música de Stravinsky passou por outras duas fases: a Neoclássica (1920 a 1939) e a Serial (1939 a 1971). Reflexo das transformações vividas num período marcado por grandes guerras e condenado a viver longe de sua terra natal, Stravinsky fez de suas composições uma fonte de inspiração ilimitada.
Biografia
Igor Feodorowitsh Stravinsky nasceu em Oranienbaum, São Petersburgo, em 1882. Iniciou na música através de sua mãe, Anna Kholodovskaya, com quem aprendeu a tocar piano. O pai, Fiódor, era baixo-barítono no Teatro Marynsky. Ingressou no curso de Direito, embora se dedicando a composições e estudos de música. Em 1902, passou a ter aulas de harmonia, piano e orquestração com o compositor Nikolay Rimsky-Korsakov, seu grande incentivador.
Obras de Stravinsky
Entre 1913 e 1918, Stravinsky compôs diversas composições, entre elas O Rouxinol (1913) e A história do soldado (1918). Na década de 1920, a obra de Stravinsky entrou numa nova fase, a Neoclássica, fazendo emergir um movimento de maior racionalidade estética. Surgiram, então, as obras Pulcinella (1920), Octeto para instrumentos de sopro (1923), Les Noces (1923), Oedipus Rex (1927), Symphonie des Psaumes (1930), Perséfone (1934), entre outras.
Foi justamente nesta segunda fase de suas composições que o Theatro Municipal surgiu na carreira de Stravinsky. Em junho de 1936, o compositor, a convite de Heitor Villa-Lobos, aportou no Rio de Janeiro, para dois concertos e um recital.
As visitas de Stravinsky ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Igor Stravinsky visitou duas vezes o Theatro Municipal do Rio de Janeiro: em junho de 1936 e em setembro de 1963. Na primeira vez ele regeu dois concertos com a Orquestra Sinfônica do Municipal, que este ano completa 90 anos de vida, e deu um recital pelo Sarau Cultura Artística. Naquela ocasião, ele executou “Perséfone” em 1ª audição no Brasil. Em 1963, Stravinsky voltou como convidado do I Festival Internacional de Música do Rio de Janeiro. Este foi um dos maiores acontecimentos da cidade na década de 60, pois reuniu importantes nomes da música e a destacada Orquestra Filarmônica de Londres. Uma euforia tomou conta da capital, afinal, todo mundo queria ver o Mestre! Os ingressos se esgotaram rapidamente, deixando muita gente de fora. Stravinsky, no entanto, ao chegar ao Brasil, não saia do hotel, em Copacabana, e ainda teria recebido a visita de médicos, o que fez crescer a apreensão da imprensa. Será que o gênio não conseguiria se apresentar? No dia 03 de setembro, à noite, o Municipal era dele: só composições de Stravinsky com a Orquestra Filarmônica de Londres. Na primeira parte do programa, “Feux d’artifice” e “Sinfonia em três movimentos”, com Robert Craft, assistente de Stravinsky, regendo a Filarmônica. Depois do Intervalo, o público esperava ansioso. Eis que surgia, de bengala, Stravinsky para tomar seu lugar à frente da Filarmônica e reger, de maneira espetacular, a sua composição “Le Baiser de la Fée”.O público, lívido, admirava aquela performance rara. E depois de tamanha emoção, a plateia não se conteve quando a música terminou: aplaudindo durante muito tempo o maestro! Ninguém saía de lá. Aplausos, aplausos e mais aplausos. Stravinsky voltou várias vezes ao palco para retribuir tamanha demonstração de reconhecimento e carinho… Se emocionou. Muito.
Composições para Balés
Fundador dos Ballets Russes, Diaghlev fez sua primeira turnê em Paris em 1909, quando apresentou Les Sylphides, Cléopâtre, La pavillion d’Armide, Danças Polevtsianas e Le Festin. A temporada foi um grande sucesso.
Com a companhia indo bem, Diaghlev precisava continuar surpreendendo o público. Queria música nova… Foi então que se lembrou de Stravinsky, que lhe apresentou uma nova composição: Pássaro de Fogo (Firebird). Em 25 de junho de 1910, Pássaro de Fogo estreou na Ópera de Paris. O sucesso retumbante do balé consolidou o prestígio da companhia e consagrou o talento de Stravinsky. No ano seguinte, o Ballets Russes implacou outro sucesso de Stravinsky: Petruska. No papel principal, Vaslav Nijinsky, um dos maiores mestres da dança de todos os tempos. Anos mais tarde, Petruska foi encenada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Em 1913, Nijinsky coreografou aquela que seria a obra mais inovadora da dança: Sagração da Primavera (Le Sacre du Princetemps). Stravinsky compôs a música inspirado num sonho: um solene rito pagão, no qual velhos sábios de uma tribo, reunidos em círculo, observavam uma jovem que dançava até a morte, num sacrifício ao deus da Primavera. O balé estreou em 29 de maio daquele ano no Théâtre des Champs Elysées, sob vaias e quebra-quebra. Por absoluta ironia, Sagração, de obra repudiada, se transformou-numa das mais belas obras-primas da música e da dança moderna.
Para conhecer a história completa de Stravinsky, acesse as redes oficiais do Theatro, a partir de 06 de abril.
Sobre Fátima Cristina Gonçalves
Mestre em História pela Universidade Federal Fluminense, pós-graduada em Administração Pública e especialista em documentação. É Chefe do Centro de Documentação do Theatro Municipal do Rio de Janeiro desde 2015. Dirigiu o Museu do Ingá e o Museu dos Teatros do Rio de Janeiro. Professora do ensino superior desde 2000.
Serviço:
Igor Stravinsky no Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Exposição virtual em formato de e-book – Série Compositores no Municipal
A partir de 06 de abril – 50 anos de falecimento de Igor Stravinsky
Disponível nas redes oficiais do Theatro Municipal RJ
Pesquisa e Texto: Fátima Cristina Gonçalves (Centro de Documentação CEDOC/TMRJ)
Plataformas virtuais oficiais:
Instagram: @theatromunicipalrj
Instagram: https://www.instagram.com/theatromunicipalrj/?hl=pt-br
Facebook: @theatro.municipal.3
https://www.facebook.com/theatro.municipal.3
Youtube: Theatro Municipal do Rio de Janeiro
https://www.youtube.com/channel/UCGRr5BwD-tItwx_CEtEpqBA
Patrocínio Ouro @valenobrasil e @petrobras
Classificação: Livre
Lei de Incentivo à Cultura
Apoio: Rádio SulAmérica Paradiso 95,7 FM, Rádio Roquete – Pinto 94.1 FM, Rádio MEC 99.3 FM, Livraria da Travessa e Ingresso Rápido.
Patrocínio Ouro @valenobrasil e @petrobras
Realização Institucional: Associação dos Amigos do Teatro Municipal, Fundação Teatro Municipal, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Realização: Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
-Claúdia Tisato-
Assessoria de Imprensa
Stravinsky rodeado por admiradores. TM, 1963 – Foto de Capa: Acervo CEDOC / TMRJ
Portal AL 2.0.2.1