Da cia. dos atores, a Deusa Agnes cai no planeta terra e é vista na escadaria Selarón, na Lapa, no Rio
Texto inspirado na obra do sueco August Strindberg estreia dia 8 de setembro, na sede da Companhia dos Atores, na Lapa
Concebido e dirigido por Larissa Elias e Vanessa Teixeira de Oliveira, o espetáculo fala da difícil relação entre uma deusa e a raça humana. A peça se baseia no texto de mesmo título, escrito em 1901, pelo dramaturgo sueco August Strindberg (1848-1912). Com temporada marcada de 8 a 24 de setembro (sempre às sextas-feiras, às 20h; aos sábados em duas sessões, às 17h30 e 20h; e aos domingos, às 19h), na Sede da Cia. dos Atores (Rua Manuel Carneiro 12, Lapa), a peça mostra a deusa Agnes, filha do deus Indra, que desce à Terra para entender a vida humana.
“É como uma espécie de via-crúcis, o calvário de Jesus Cristo, mas desta vez protagonizado por uma deusa, Agnes. Ela descobre que a Terra é o verdadeiro inferno. O casamento, a desigualdade social e econômica, a destruição da natureza, o absurdo da existência… A nossa passagem pelo planeta Terra tem algo de pesadelo para Strindberg”, explica Vanessa.
“De certa maneira, o espetáculo mostra que, apesar de tudo, do estrume também nascem flores. Existe essa dualidade nas relações humanas”, acrescenta Larissa.
O projeto do espetáculo foi contemplado pelo Edital FAPERJ/2016 de Apoio à Produção e Divulgação das Artes, e é realizado pelo LABAtor – Laboratório de Processos do Ator e da Cena da Escola de Belas Artes/EBA, da UFRJ –, em parceria com a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/UNIRIO, e pela Trestada Produções Culturais.
Estão no elenco Fernanda Chazan, Júlia Limp, Pedro Florim e a própria Larissa Elias. A ficha técnica conta com nomes já conhecidos do teatro carioca como: Rico Vilarouca e Renato Vilarouca (videografismo), Andrea Renck (cenografia), Adriana Milhomem (design de luz), Jane Celeste (preparação vocal), Mona Magalhães (maquiagem), Fernanda Avellar e Marina Gadelha (produção). A trilha sonora original é de Alexandre Fenerich, e uma das músicas da trilha foi interpretada pelo Acorda Coletivo de Música, formado por Alexandre Brasil (contrabaixo), Nayara Tamarozi (violoncelo), Bernardo Fantini (viola).
SERVIÇO:
LABAtor apresenta:
Peça Sonho – A partir da obra homônima de August Strindberg
De 8 a 24 de setembro de 2023 / sextas 20h; sábados 17:30h e 20h; domingos às 19h
Local: Sede Cia. dos Atores
Rua Manoel Carneiro, 12. Lapa – Escadaria Selarón | telefone: (21) 2137-1271 |
Estacionamento próximo à Sede. Rio Antigo Park. Rua Teotônio Regadas s/n – ao lado – da Sala Cecília Meireles
Ingresso
Classificação: 12 anos
Duração: 90 minutos
40 (inteira)
20 (meia-entrada, lista amiga e classe artística)
Vendas pelo link https://www.sympla.com.br/peca-sonho__2135322
Ou na bilheteria aberta 1h antes do início do espetáculo
FICHA TÉCNICA
Atuação
Fernanda Chazan
Julia Limp
Larissa Elias
Pedro Florim
Voz em Off Flávio Leão
Dramaturgia Vanessa Teixeira de Oliveira
Concepção e Direção Larissa Elias e Vanessa Teixeira de Oliveira
Preparação Vocal Jane Celeste
Cenografia Andrea Renck
Design de Luz Adriana Milhomem
Figurino Lenes Alves
Maquiagem Mona Magalhães
Trilha Sonora Original Alexandre Fenerich
Videografismo Rico Vilarouca e Renato Vilarouca
Assessoria de Imprensa Sheila Gomes
Fotos Bento Marzo
Programação Visual Yule Bernardo
Interpretação da Música “Jardim-labirinto”, de Alexandre Fenerich Acorda Coletivo de Música Alexandre Brasil (contrabaixo), Nayara Tamarozi (violoncelo), Bernardo Fantini (viola)
Voz Canção “Composition 1960 #5”, de La Monte Young Ana Mattos
Voz Canção “J’ai demandé a la lune”, de Indochine, interpretada por Kids United Aurora Rosa
CURRÍCULOS
Fernanda Chazan – Atuação
Personagens: Coro de Agnes / Oficial
Fernanda Chazan é atriz e produtora teatral, formada pela UNIRIO em Atuação Cênica. Como atriz, destaca-se pelo papel de Ângela, em "Vacas Magras" (2022) do Grupo Fúria, coletivo feminino do qual faz parte desde 2019. Recebeu o prêmio de Melhor Atriz na cena curta "La Petite Mort" (2019) que, em 2021, se tornou cine-espetáculo através do Edital de Retomada Cultural da Lei Aldir Blanc com o Coletivo Egrégora. Outros trabalhos notáveis são os cabarés "A Fantástica Terrível Fantasmagórica Tremenda Noite Faminta de Cabaré" (2022) e "Noite de Arruaças" (2021), a leitura dramatizada de "A Vida Não é Justa" (2021), dirigida por Tonico Pereira e Marina Salomon, e o curta autoral "Apartamento 606" (2020),disponível no YouTube. Seu repertório pessoal se constitui ainda de oficinas como "Academia Teatral Esplendor" com Bruce Gomlevsky, Gustavo Damasceno e Ricardo Lopes; “Decroux-Artaud – A gramática do ator no Amok Teatro” com Ana Teixeira e Stephane Brodt; "O Corpo Poético" da Cia. Dos à Deux; “Oficina de Teatro Gestual: do Ator ao Boneco” da Cia. Les Trois Clés. Atualmente é moradora de Laranjeiras, e ao longo dos anos, vem estudando técnicas de teatro físico como a Mímica Corporal Dramática, training, palhaçaria, butoh e máscara neutra.
Julia Limp – Atuação
Personagem: Agnes
Julia Limp é atriz, diretora, dramaturga e escritora. Bacharelanda em Atuação Cênica na UNIRIO. Trabalha profissionalmente como atriz desde os 9 anos de idade, fundadora do Grupo Fúria em 2018 e ganhadora do prêmio de Melhor Atriz do FESTU 2022 com a esquete “Se essa cama fosse palco”. Na atuação, destacam-se os seguintes trabalhos: "Gênesis ou a criação do mundo naquele pátio (2023) da Outra Cia, direção do Gustavo Damasceno, “A fantástica, Terrível, Fantasmagórica, Tremenda: Noite Faminta de Cabaré”(2022) do Grupo Fúria, "Noite de Arruaças" (2021) com direção de Luana Valentim e Maria Clara Migliora, “O término de Joana” (2020) de Gustavo Damasceno, direção de Nena Inoue, "Mansão Dolorosa" (2018) com direção de Ole Erdman, "Yo no muero, yano más" (2018) de Fernando Rubio no Festival Cena Brasil Internacional 2018, entre outros. Atualmente, é moradora de Santa Teresa, faz parte de um laboratório teatral do Teatro Ternura e está prestes a publicar seu primeiro livro pela editora Mórula.
Pedro Florim – Atuação
Personagens: Advogado / Poeta
Artista e pesquisador. Doutor em artes cênicas pela UNIRIO/Universidade de Leipzig,Alemanha. Dirigiu e escreveu "Ela só queria ser quem ela realmente era" (versões de 2017 e 2018) e "Catástrofe" (2014), e foi diretor assistente em "There she is" (2019), espetáculo dirigido por Gabriela Flarys com temporadas em Edimburgo e Londres. Trabalhos recentes como ator: "Moermemória" (vídeo, 2021) e "Viagem a Nova York" (2018), com o Teatro Número Três; "Paixão/Passion" (filme, 2019), direção de Aída Marques, "Kolpert" (2017), direção de Ole Erdmann, "Até aqui tudo bem" (curta-metragem, 2016), direção de Tiago Maranhão, "Jardins Portáteis" (2015), direção de Cristina Flores e "Maratona" (2014), da cia. Pangeia, direção de Diego de Angeli. Foi editor-assistente nas publicações doTeatro do Pequeno Gesto, lançando títulos como "Sobre a fábula e o desvio", de Jean-Luc Sarrazac, e "A arte do teatro: entre tradição e vanguarda", de Béatrice Picon-Vallin. Mora em Botafogo e faz assistência de direção no espetáculo inédito "Violeta", do Teatro Número Três.
Larissa Elias – Concepção | Direção | Atuação
Personagens: Coro de Agnes / Porteira
Atriz e diretora. Professora e pesquisadora dos cursos de Artes Cênicas e do Programa de Pós-graduação em Design da Escola de Belas Artes/EBA da UFRJ. Doutorado em Artes cênicas pela UNIRIO, com pesquisa sobre Peter Brook e Anton Tchekhov. Vice-diretora da EBA e coordenadora do LABAtor – Laboratório de Processos do Ator e da Cena, fundado em 2012. Integrante e cofundadora de Os Cênicos Cia. de Teatro, criada no ano 2000. Autora do livro “Está à venda o jardim das cerejeiras – Peter Brook via Anton Tchekhov” (Editora 7Letras). Diretora e dramaturgista dos espetáculos “O cão é morto –ação inacabada”, no qual também atuou (2019); “Um demo malpensante cai sobre ti”(2017); e “Está à venda o jardim das cerejeiras” (2015), ambos realizados pelo LABAtor, sendo os dois últimos em coprodução com os Cênicos Cia. de Teatro. Dirigiu as leituras performáticas peça “Rumo a Damasco”, Partes I, II e III, nas quais também atuou (transmitidas ao vivo pelo canal do LABAtor no Youtube – 2020). Como atriz e produtora trabalhou com Os Cênicos nos espetáculos: “Nu” (2005); “1440 min” (1999-2003); e “As pulgas” (2001-2002), todos com direção de Marília Martins. Com o Grupo Mergulho no Trágico participou como atriz do espetáculo “As troianas” (1992), direção de José da Costa; e como atriz e produtora dos espetáculos “Deus e o diabo na terra de Gil Vicente” (1992), direção de André Paes Leme e Alexandre Mello; “Auto da alma” (1994) e “Antígona” (1994-1995), ambos com direção de Alexandre Mello. Atuou ainda nos espetáculos: “Family voices” (1995), com direção de Silvia Pasello, integrante da Fondazione Pontedera Teatro; e “Essencial” (2007), com direção de Demétrio Nicolau.
Vanessa Teixeira de Oliveira – Concepção | Dramaturgia | Direção
Dramaturga, pesquisadora e professora associada do Departamento de Teoria do Teatro e do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UNIRIO. Mestrado em Teatro e Doutorado em Artes Cênicas (PPGAC/UNIRIO). Tem formação técnica em dramaturgia, com especialização em roteiro de cinema, pelo Instituto Dragão do Mar de Arte e Indústria Audiovisual do Ceará (1997-1999). Em 2003, foi bolsista da Union Latine no curso de Formação de Escritura de Roteiro, no Conservatoire Europeen d’Écriture Audiovisuelle (Paris, França). Coordenadora externa do LABAtor – Laboratório de Processos do Ator e da Cena (UFRJ). Dramaturga e diretora da performance “Um demo malpensante cai sobre ti” (evento “Que Legado”/Castelinho do Flamengo, Sergio Porto, UERJ, PUC-RJ – 2017)); dramaturga e diretora assistente do espetáculo “Está à venda o jardim das cerejeiras” (Sede das Cias – 2015); colaboradora da dramaturgia do espetáculo “O cão é morto – ação inacabada” (Sala Espelho/Espaço Baden Powell – 2019), todos realizados pelo LABAtor, sendo os dois primeiros em coprodução com Os Cênicos Cia. de Teatro. Dirigiu as leituras performáticas da peça “Rumo a Damasco”, Partes I, II e III(transmitidas ao vivo pelo canal do LABAtor no Youtube – 2020). Foi uma das organizadoras das cinco edições do Seminário Internacional Eisenstein (Fundação Casa de Rui Barbosa, 2014-2018). Autora do livro “Eisenstein ultrateatral: movimento expressivo e montagem de atrações na teoria do espetáculo de Serguei M. Eisenstein” (São Paulo: Perspectiva, 2008). Editora responsável pelo dossiê dedicado a Meyerhold na Revista Moringa (dez/2021). Em 2023, publicará pela editora Teatro do Pequeno Gesto a tradução da peça “Toten-Insel: Hades”, de Strindberg, e sua tese de doutorado “Eisenstein-Ivan- Meyerhold: teatro e enigma no cinema de Serguei M. Eisenstein”, pela Editora Lamparina com apoio da FAPERJ.
-SG Assessoria de Imprensa-
Fernanda Chazan, Larissa Elias, Julia Limp e Pedro Florim – Foto de Capa: Bento Marzo
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