Toda empresa tem uma taxa de turnover, que representa a rotatividade de colaboradores que saem da organização em determinado período de tempo. O conceito é saudável até certo ponto e varia de empresa para empresa, mas altas taxas podem indicar um ponto de atenção, seja na administração, estrutura, remuneração ou até mesmo em questões motivacionais.
Para Alisson Souza, CEO da abler, startup que visa trazer produtividade aos processos seletivos, um dos motivos que causam um turnover elevado pode ser relacionado à gestão da empresa. “O setor de RH pode analisar essa questão através de uma pesquisa de clima entre os funcionários de determinados setores, por exemplo, identificando que existe uma insatisfação com a liderança, que o clima não está positivo ou que há uma falta de engajamento por parte dos colaboradores. Com isso, é possível tomar a melhor decisão com base nos resultados apresentados pelas pesquisas”, relata.
Para o CEO, a alta taxa de turnover motivada por questões salariais também pode ser identificada através de pesquisas realizadas pelo RH da organização. “Nesses casos, uma alternativa pode ser a implementação de benefícios flexíveis, sendo um complemento financeiro que visa auxiliar nessa insatisfação gerada pela política salarial. No entanto, tão importante quanto realizar essas alterações, é ouvir os colaboradores e entender um pouco mais sobre os motivos que geram essa falta de satisfação, podendo agir na raiz do problema”, pontua.
Quando a alta é gerada involuntariamente, ou seja, com a própria empresa desligando funcionários frequentemente, os problemas podem ser outros. “O número pode ser causado por processos seletivos mal realizados, em que não houve uma análise comportamental ou validação técnica efetiva, fazendo com que os candidatos sejam desligados posteriormente. Nesse caso, é necessário reavaliar os processos de recrutamento e identificar exatamente onde estão as falhas”, revela Alisson.
De acordo com o empreendedor, alguns setores da indústria possuem uma alta taxa de rotação devido a algumas particularidades. “Em alguns casos os altos números de turnover, infelizmente, são comuns. Na construção civil, por exemplo, existe uma sazonalidade na demanda, fazendo com que a rotação de profissionais seja maior que em outras áreas de operação”, lamenta.
O especialista afirma que o RH das empresas é o principal setor que pode contribuir para uma evolução nesse cenário. “Registrar e analisar todos os turnovers é o primeiro passo para o RH passar a contribuir e tomar ações decisivas em relação a essas questões, identificando falhas que possam estar acontecendo entre a empresa, equipes e gestores”, finaliza.
Sobre Alisson Souza
Apaixonado por inovação, negócios digitais e R&S, Alisson trabalha há 15 anos no mercado de Tecnologia, sendo os oito últimos no mercado de Recrutamento e Seleção, quando exerceu o cargo de gestor de Tecnologia da Informação em uma das maiores consultorias de Recrutamento e Seleção do Brasil. É pós-graduado em Startups e Future Management pela HSM University. No final de 2017 cofundou a abler, plataforma para Recrutamento e Seleção (SaaS – ATS) completo para o RH amigável para as pessoas candidatas. Neste negócio já auxiliou mais de 2.000 recrutadores a fecharem mais de 55 mil vagas.
Sobre a abler
Por quase dez anos, os fundadores atuaram no setor de recursos humanos. Essa bagagem trouxe experiências, vivências e principalmente, um olhar tecnológico sobre as dores do setor. No ano de 2016, a inconformidade com as necessidades da área de RH os impulsionou a iniciar a criação da abler, desenhando um software de recrutamento e seleção olhando para as maiores dores da área. Nestes quatro anos, a abler já conquistou mais de 300 clientes por todo o Brasil e mais de 55 mil vagas já foram fechadas através da plataforma, conquistando um tempo médio de 8 dias para o fechamento de vagas. Hoje, o software disponibiliza um banco de talentos mais completo, sendo mais de 3 milhões de profissionais cadastrados.
-Carolina Lara – Comunicação-
Alisson Souza – Foto de Capa: Divulgação
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