Ministério do Turismo, Governo Federal, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, Theatro Municipal, Associação dos Amigos do Teatro Municipal, Vale e Petrobras apresentam
Sensibilidade e harmonia: a alma popular e erudita do ‘Novo Tango’ de Astor Piazzolla, homenageado em exposição virtual do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Os 100 anos de nascimento, completados no dia 11 de março, marcam a importância de um
dos músicos mais inovadores do Século XX
Minha música pode agradar ou não, mas ninguém pode negar que ela é boa: é bem orquestrada, é nova, é deste século, e tem o perfume do tango, que é o que a torna atraente
no mundo inteiro.
Astor Piazzolla
Astor Piazzolla revolucionou o tango – gênero que se destaca na música argentina pela dramaticidade, dando novos contornos rítmicos, aproximando-o do cânone harmônico da música clássica, e, assim, garantindo às suas composições lugar frequente nas salas de concerto do mundo.
O ano de 2021 marca o centenário de nascimento desse ilustre compositor argentino, natural de Mar Del Plata, que se transferiu, aos quatro anos com sua família, para Nova York, onde teve a iniciação musical com a pianista Bela Wilda, discípulo de Rachmaninov, com quem conheceu a música de Bach. Nos Estados Unidos, conviveu com ritmos como o jazz, que tanto influenciou suas composições.
Piazzolla e o Brasil
A sensibilidade, harmonia e dramaticidade da música de Piazzolla, sempre foram muito bem acolhidas no Brasil. Em 1973, as composições do músico fizeram parte da trilha sonora do filme Toda nudez será castigada, de Arnaldo Jabor, baseado na obra de Nelson Rodrigues.
Piazzolla estreitou amizade com grandes compositores brasileiros, como Chico Buarque, Caetano Veloso e Tom Jobim. Em 1988, o gênio do tango, fez uma turnê no Brasil, para alegria de várias plateias.
A Música de Piazzolla no Theatro Municipal
Piazzolla não chegou a se apresentar no palco do Municipal do Rio de Janeiro. Porém, sua música esteve presente em diversas produções do Corpo de Baile. Em 1981, o Theatro Municipal encenou “Nosso Tempo” (Nuestro Tiempo), música composta por Piazzolla em 1962, que ganhou a coreografia de Dalal Achcar. O elenco, composto por Ana Botafogo, Daniela Panessa, Vera Aragão, Rosane Soneghetti, Fernando Bujones, Fernando Mendes e o Corpo de Baile, interpretaram sete movimentos da dança: Nada, Vazio, Gratuidade; Egocentrismo, Solidão, Força; Desafio, Semelhanças, Dualidades; A Conquista, Destruição, Construção; Derrota, Depressão, Reformulação; Projeção, Triângulo, Imaginação; Novo Encontro, Emoção, Catalisação.
Intensa, dramática, desafiadora, a dança, sob a música de Piazzolla, ganhava contornos
mágicos…
A música de Piazzolla encontrou, no Municipal, a coreografia de Luis Arrieta para “Tempo de Tango”, encenado nas temporadas de 1990, 1992 e 1998. Argentino como Piazzolla, Arrieta iniciou seus estudos de dança em 1972, completando sua formação em São Paulo, a partir de 1974. Integrou diversas companhias no Brasil e atuou como solista em variados eventos e festivais de dança. Em 1977, iniciou a carreira de coreógrafo com Camilla, obra estreada pelo Corpo de Baile da Cidade de São Paulo. A partir daí, atuou em várias companhias internacionais.
Em 1990, durante o Festival Internacional de Dança, no Municipal, Arrieta coreografou “Tempo de Tango” com o Corpo de Baile, tendo também assinado o figurino e a iluminação do espetáculo. No elenco, bailarinos como Ana Botafogo, Áurea Hammerli, Norma Pinna, Márcia Faggioni, Cristina Costa, Cézar Lima, Rodolfo Moreira, Joseny Coutinho, Hélio Bejani, Antonio Gaspar e Lúcia Guimarães deram vida e brilho ao espetáculo.
O legado de Piazzolla reflete a universalidade do tango e, ao mesmo tempo, a singularidade como referência da cultura argentina. O tango de Piazzola é intenso, sensual, profundo, resultado do encantamento de um menino por seu bandoneón e pela paixão por sua terra natal.
Sobre Fátima Cristina Gonçalves
Mestre em História pela Universidade Federal Fluminense, pós-graduada em Administração Pública e especialista em documentação. É Chefe do Centro de Documentação do Theatro Municipal do Rio de Janeiro desde 2015. Dirigiu o Museu do Ingá e o Museu dos Teatros do Rio de Janeiro. Professora do ensino superior desde 2000.
Serviço:
Sensibilidade e harmonia: a alma popular e erudita do ‘Novo Tango’ de Astor Piazzolla
Exposição virtual em formato de e-book – Série Compositores no Municipal
A partir de 11 de março – 100 anos de nascimento de Astor Piazzolla
Disponível nas redes oficiais do Theatro Municipal RJ
Pesquisa e Texto: Fátima Cristina Gonçalves (Centro de Documentação CEDOC/TMRJ)
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Classificação: Livre
Lei de Incentivo à Cultura
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Realização Institucional: Associação dos Amigos do Teatro Municipal, Fundação Teatro Municipal, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Realização: Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
-Claúdia Tisato / Gustavo Dúran / Yasmim Ribeiro-
Assessoria de Imprensa do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Foto de Capa
Portal AL 2.0.2.1