Em tempos de pandemia, a atividade contará com seminário, online, transmitido por plataformas digitais. Organizada pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP) e Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF).
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“O IV Seminário sobre Liberdade Religiosa, Democracia e Direitos Humanos é absolutamente necessário, uma vez que a intolerância com algumas religiões, como as de matrizes africanas e outras põe em discussão a própria liberdade religiosa e a própria democracia.”, afirma Maria Geralda de Miranda (Profª, pesquisadora e diretora executiva do CCJF)
A data escolhida não é um mero acaso – 21 de janeiro – Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Instituída em 2007, através da Lei nº 11.635, de 27 de dezembro, a data foi escolhida em homenagem a Mãe Gilda, do Axé Abassá de Ogum, que foi vítima de diversas agressões, verbais e físicas, provocadas pelo preconceito à sua religião. Sendo o dia 21 de janeiro, data de falecimento da Mãe Gilda, um alerta e é um importante momento para dar visibilidade à luta pelo respeito a todas as religiões.
IV Seminário sobre Liberdade Religiosa, Democracia e Direitos Humanos
21 de janeiro – quinta
Mesa 1: Política, Religião e Democracia
Das 9h às 10h30
Composta com: Profª. Drª. Christina Vital – Socióloga, Prof. do programa de Pós- Graduação em Sociologia da UFF, colaboradora do ISER / Profº. Drº. Marcelo Camurça – Profº Titular na Universidade Federal de Juiz de Fora e Profº visitante no PPG História na UERJ. Pesquisador bolsista de produtividade no CNPQ / Profº. Drº. Paulo Baía (Sociólogo e Cientista Político – Profº da UFRJ). Como Mediador: Profº Drº. Babalawô Ivanir dos Santos – Profº do Programa de Pós-Graduação em História Comparada da UFRJ. Interlocutor da CCIR e Conselheiro Estratégico do CEAP.
“O dia 21 de janeiro é uma data que precisa ser memorada todos os dias. Pois as nossas lutas contra a intolerância religiosa e em prol das diversidades e liberdades são cotidianas. Lutamos todos os dias para o caso de Mãe Gilda jamais seja esquecido”, declara o sacerdote Ivanir dos Santos
Mesa 2: Religiões no Campo do Direito
Das 11h às 12h30
Promotor Júlio José Araujo Junior (MPF) / Drº Gustavo Proença – Dr. em Direito – Advogado / Jadir Brito – Dr. em Direito Constitucional (PUC-SP) – Profº da UFRJ. Mediador: Dr. Rafael Soares – Ogan d’Oxossi da Casa Branca – BA, Diretor Executivo de KOINONIA
Mesa 3: Religiões nos Meios de Comunicação
Das 14h às 15h30
Conduzida com o Profº. Drº. Milton Cunha – Carnavalesco / Magali Cunha- Drª em Ciências da Comunicação, pesquisadora em Comunicação, Política e Religiões, jornalista articulista da revista Carta Capital / Marcos Pimentel – Documentarista e cineasta / Profª. Pós-doutora Helena Theodoro – Pesquisadora no Laboratório de História das Experiências Religiosas da UFRJ e Coordenadora do LUPA Carnaval / LHER/UFRJ. Mediadora: Gayaku Deusimar – Coordenadora Mulheres de Axé do Rio
Mesa 4: Estado Laico e Liberdades
Das 16h às 17h30
Com o Profº. Drº. Wallace dos Santos de Moraes (Departamento de Ciência Política, PPGF e PPGHC / UFRJ. Coordenador do grupo de pesquisa CPDEL (Coletivo de Pesquisas Decoloniais e Libertárias) / Drº. Jaime Mitropoulos – Procurador da República / Dr° André Fonte – Desembargador no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ e ES). Doutor em Direito pela UERJ. Profº na UniRio. Mediador: Adriano Rosa, Pós Dr. Saúde Coletiva, Doutor em Educação Física e Mestre em Sociologia.
“As nossas resistências, contra todas as formas de opressões e tentativas de coibir as nossas liberdades religiosas, é histórica. Em todos os períodos históricos da formação social do Brasil, precisamos lutar para assegurar os nossos direitos de culto”, completa Ivanir dos Santos.
A atividade ganhou apoio do Laboratório de História das Experiências Religiosas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LHER/UFRJ). Coordenadoria de Experiências Religiosas Africanas, Afro-brasileiras, Racismo e Intolerância Religiosa – (ERARIR/LHER/UFRJ) e Coletivo Maitê Ferreira. Grupos que vêm gradativamente atuando no combate ao racismo e à intolerância.
Dia 21 de janeiro, seminário das 9h às 17h30
Transmitidas simultaneamente pelas plataformas:
youtube.com/c/CentroCulturalJustiçaFederal
https://www.facebook.com/ceap.rj/
Outras atividades
Às 11h30 – Celebração inter-religiosa do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa
Reúne sacerdotes dos vários credos que compõem a CCIR. Unidos em mensagem de esperança e fé, na busca de harmonia e respeito às diferenças.
Às 18h – Mesa: Intolerância Religiosa e Responsabilidade dos Meios de Comunicação
Com jornalista Cleidiane Ramos – candomblé, da Casa de Mãe Jaciara, herdeira de Mãe Gilda / Haidar Abu Talib, muçulmano estudioso das relações das religiões / Graça Duarte, jornalista, cigana, ekedi, dedicada às religiões da natureza e Diane Kuperman, jornalista, judia, dedicada ao combate à Intolerância Religiosa e à ética nos meios de comunicação.
Ambas com transmissão: facebook.com/CaminhadaemDefesadaLiberdadeReligiosa
E fecha a grade com o lançamento do livro História Social da Intolerância Religiosa no Brasil: Desafio na contemporaneidade. Publicado na versão Ebook e impressa pela Editora Kliné. Organizado por Ivanir dos Santos, em parceria com a Profª. Doutoranda Mariana Gino – Coordenadora do Coletivo Maitê Ferreira, CEAP e Profª do Curso de Direito da Universidade Candido Mendes. O livro traz artigos de pesquisadores de diversas universidades nacionais e internacionais, que se debruçam sobre o tema.
O livro é resultado do trabalho que vêm desenvolvendo ao longo dos últimos 5 anos à frente da Coordenadoria de Experiências Religiosas Tradicionais Africanas, Afro-brasileiras, Racismo e Intolerância Religiosa (ERARIR), área de pesquisas do Laboratório de História da Experiências Religiosas da UFRJ (LHER/UFRJ). A parceria dos professores já rendeu outro título com a editora. Com o livro Intolerância Religiosa no Brasil: Relatório e Balanços, em 2016. Que trouxe o cenário nacional da intolerância religiosa no Brasil.
Às 20h – Transmissão: facebook.com/babalawoivanirdossantos
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