No dia 07 de abril comemora-se o Dia Mundial da Saúde, uma homenagem à data da criação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1948.
Só gente bamba no cardápio musical! Programação Bar do Zeca Pagodinho – Em casa!
Dra.TanitGanz Sanchez medica Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela USP, especialistaemzumbido, alerta para o aumento dos casos de problemas no ouvido que afetam a qualidade de vida do individuo e a importância do diagnóstico precoce.
Mas o que é saúde?
Dra. TS – Intuitivamente, a resposta seria “não estar doente”. Porém, esse conceito já foi bem mexido ao longo dos anos. Com acréscimos frequentes, a saúde abrange o bem-estar físico, psicológico (mental e emocional), social, espiritual (sentido para a vida) e ecológico (ambiental). É muito mais do que não ter doenças, é uma verdadeira bênção!
E o que é qualidade de vida?
Dra. TS – Esse conceito é ainda mais amplo, pois engloba ter equilíbrio na saúde, educação, trabalho, lazer, condições socioeconômicas e relacionamento com pessoas próximas. Apesar da complexidade do conceito, uma coisa é inegável: saúde e qualidade de vida estão muito relacionadas, pois uma não existe sem a outra. Por isso, ser saudável e ter qualidade de vida são desafios importantes e contínuos no jogo da vida!
O que o ouvido tem a ver com saúde e qualidade de vida?
Dra. TS – Muito se conhece sobre grandes partes do organismo, como o sistema nervoso, cardiovascular e digestório. Porém, pouco se fala sobre um dos menores órgãos do corpo, o ouvido. Conhecendo-o melhor, é impossível não se apaixonar. Como ele é muito tímido, esconde sua parte principal (cóclea e labirinto) atrás da orelha, do canal auditivo, do tímpano e dos três menores ossos do corpo (martelo, bigorna e estribo). Essa parte nobre do ouvido é do tamanho de uma bolinha de gude infantil, mas trabalha 24h por dia, 7 dias por semana (até durante o sono).
Então, qual é o problema com o ouvido que pode comprometer tanto a saúde e a qualidade de vida?
Dra. TS – Bem, cada ouvido funciona como se fosse uma empresa com cerca de 20 mil funcionários (células ciliadas externas e internas) trabalhando em departamentos de alta complexidade, como os que recebem sons com frequências mais graves, médias ou mais agudas, ou ainda, que informam o cérebro em que posição nós estamos, minuto a minuto. Um detalhe: os funcionários trabalham mergulhados na água, pois o ouvido interno é todinho molhado por líquido (endolinfa e perilinfa). Para que essa empresa seja produtiva, é necessário manter condições ideais para seus funcionários, especialmente um fornecimento contínuo de energia de boa qualidade. Essa energia vem do oxigênio, obtido pela respiração, e dos nutrientes, obtidos pela chegada do sangue. Essa é a parte mais vulnerável da empresa. Embora oxigênio não nos falte, nem nas cidades mais poluídas, o aporte de sangue com bons nutrientes é o calcanhar de Aquiles do ouvido. Em primeiro lugar, todo o sangue precisa chegar à cóclea passando por uma única e estreita entrada (artéria auditiva interna), por isso, as doenças que costumam diminuir a circulação podem comprometer a entrega dos bons nutrientes. É o caso da pressão alta, da diabetes, do colesterol e/ou triglicérides altos, das vasculitesetc). Para piorar a história, não basta que o sangue chegue às células… ele precisa conter os nutrientes adequados para que elas funcionem bem o dia todo. Adivinha uma substância que desbalanceia o sangue e atrapalha o funcionamento do ouvido? Os doces e tudo o mais que contenha muito açúcar! A digestão dos doces pode provocar picos de insulina que prejudicam o funcionamento interno das células, por isso esse nutriente em excesso pode atrapalhar, e muito, as funções do ouvido. Sem contar que ficar muito tempo em jejum pode diminuir a quantidade de nutrientes no sangue; é como se os funcionários tivessem que trabalhar sem a hora do almoço. Agora, sabe o que realmente pode matar várias células do ouvido numa tacada só, sem dó nem piedade? A barulheira da vida moderna, seja aquela que a gente escolhe ouvir (festas, baladas, shows, trios elétricos, bombinhas, rojões ou fones de ouvido no máximo) como aquela que a gente é forçada a ouvir, como as máquinas usadas nas obras, o trânsito com suas motos, ônibus e caminhões, além dos apitos, vuvuzelas e gritos nas torcidas de quadra ou estádio.
Com essa pequena amostra, já deu para entender que células ciliadas são muito vulneráveis a várias coisas que já fazem parte do dia a dia de muita gente. E você sabe que funcionários infelizes na empresa são capazes de se revoltar, fazer motim ou pedir demissão, né? É aí que sobra uma avalanche de problemas… são eles a perda auditiva, o zumbido, a sensação de ouvido tampado, as alterações de equilíbrio e a intolerância a sons. Quem é que se comunica bem com os amigos ou a família, ou aprende direito o que precisa, tendo uma perda auditiva? Quem é que dorme aquele sono reparador ou se concentra direito quando tem zumbido e ouvido tampado? Quem é que sai de casa bem para trabalhar, estudar, se divertir com amigos, viajar ou realizar tarefas básicas quando tem tontura? Quem é que se mantém emocionalmente equiibrado, sem medos, angústias, ansiedade ou depressão, quando os próprios sons do dia a dia passaram a ser intoleráveis e é preciso ficar em casa? Quem?
O ouvido é um órgão de respostas sutis e precoces; seus sintomas não matam, mas ele é um dos primeiros a mostrar que algo não está bem no organismo. Por isso, quem avisa amigo é! Assim como se diz que “onde há fumaça, há fogo”, eu digo que “para bom entendedor, meia palavra basta”.
Seja um bom empresário: cuide de seus ouvidos; invista em sua saúde e qualidade de vida!
Sobre a Dra.Tanit Ganz Sanchez:
MédicaOtorrinolaringologistaformada pela Universidade de São Paulo;
Profa. Livre Docente e Associada da Otorrinolaringologia da Universidade de São Paulo
Orientadora de pós-graduação da Fonoaudiologia da Universidade de São Paulo;
Pesquisadora dos incômodos dos ouvidoshámais de 25 anos, reconhecidainternacionalmentecomoreferência para assuntosrelacionadossobre a “Quadrilha do Ouvido;
Fundadora e Diretora do Instituto Ganz Sanchez que hámais de 10 anos que é direcionadoexclusivamenteaoestudo e atendimento de pessoas com Zumbido, Misofonia e Hiperacusia;
Criadora e coordenadora do: – GANZ: Grupo de Apoio Nacional a Pessoas com Zumbido;
Idealizadorado NovembroLaranja (Campanha Nacional de AlertaaoZumbido); –
Idealizadora da TV Zumbido (www.tvzumbido.com.br);
Blitz doOuvido (no ProgramaBemEstar Global)
Membro da ABORL-CCF;
MembrodoCorpo Editorial das revistascientíficas: Clinics, International Archives of Otorhinolaryngology e Brazilian Journal of Otorhinolaryngology;
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