Samba, batuque e espiritualidade, Enzo Belmonte lança o audiovisual “Meu Axé”

A cena musical brasileira passa a contar com o lançamento do projeto audiovisual “Meu Axé”, uma obra que representa a fusão da cultura, Umbanda e o ritmo contagiante do samba. O projeto é liderado pelo talentoso cantor e sambista Enzo Belmonte, que traz em sua trajetória uma paixão pela música que começou a florescer desde criança. Através de “Meu Axé”, Enzo presta homenagem às raízes culturais, históricas e religiosas do Brasil, destacando o profundo elo que une o samba à espiritualidade. A escolha do dia do lançamento não poderia ser mais simbólica, tendo em vista que é celebrado o Dia da Umbanda.

Enzo Belmonte, hoje com 21 anos, encontrou inspiração musical em ninguém menos que Seu Jorge quando tinha apenas 5 anos de idade. Essa influência inicial o levou a frequentar aulas de canto e violão. No entanto, foi a lendária Madrinha Beth Carvalho quem o conduziu ao samba. Após assistir “Andança, Beth Carvalho – O Musical”, Enzo despertou sua paixão pelo gênero. Desde então, ele tem estudado, cantado e reverenciado os ícones do samba, incluindo Beth Carvalho, Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Fundo de Quintal e Dona Ivone, entre outros.

O coração de Enzo também é profundamente ligado à Umbanda, na qual ele foi batizado. Ele foi introduzido na religião por seu tio-avô Marco Belmonte e sua tia Danielly Belmonte, padrinhos que fazem parte do terreiro TEOM (Tenda Ogum Megê da Mata Virgem) na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, um terreiro com mais de 60 anos de existência. Desde pequeno, Enzo frequentava as giras de Ibeijada, Ogum, Exu e se sentia especialmente atraído pela musicalidade e energia da Umbanda.

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“O que mais me chamava a atenção nessa época era a musicalidade. Eu admirava muito aquela energia, os cantos, os atabaques, tudo! É uma religião que me abraçou desde pequeno e que sempre me fez muito bem”, conta Enzo.

“Meu Axé” é uma produção que surge da paixão de Enzo Belmonte pela música e sua devoção à Umbanda. Com arranjos magistrais de Luizinho Croset, a jornada musical deste projeto leva o público a uma saudação a cada Orixá e suas Falanges, desde Exu até Oxalá. A música dos atabaques entrelaçada com a batucada do samba cria uma experiência que une o sagrado e o profano de maneira única.

O repertório de “Meu Axé” é uma celebração de todos os Orixás e Falanges, destacando a riqueza e diversidade da religião de Umbanda. As músicas escolhidas envolvem uma saudação a cada entidade, de Exu à Oxalá. O projeto culmina com dois sambas significativos: “Raiz” (Roberto Mendes / J. Velloso) e “Tambor” (Almir Guineto / Adalto Magalha / Daniel Oliveira), que exaltam o amor e gratidão pelo sagrado.

Enzo Belmonte assume a direção musical ao lado de Luizinho Croset, enquanto a parte cinematográfica é cuidadosamente conduzida por Léo Queiroz e sua equipe.

“Meu Axé” também conta com participações especiais notáveis, incluindo Tião Casemiro, o maior e mais respeitado Ogã do Brasil, que se junta a Enzo Belmonte para saudar Oxum e Xangô. Além disso, irmãos e mães do terreiro de Enzo, com destaque para a Mãe Vera D’Oxum, contribuem para a riqueza e autenticidade do projeto.

“Este lançamento é uma celebração da religiosidade, cultura e música que formam a essência do Brasil. Espero que “Meu Axé” toque profundamente o coração de cada pessoa, propagando o respeito, a união e o amor, enquanto combate toda forma de intolerância religiosa. O projeto é uma homenagem à sabedoria dos Pretos-Velhos, à alegria dos Erês, à coragem de Ogum e à fé inquebrantável que permeia a religião de Umbanda”, finaliza o sambista.

Assim, “Meu Axé” é mais do que um lançamento musical; é uma experiência que une os aspectos mais profundos da cultura e espiritualidade do Brasil em uma narrativa cativante e envolvente.

Repertório:

1- Saudação a Umbanda:

(Citação a Oxalá é um trecho do Hino da Umbanda)

2- Ogum

* Eu não seria nada se não fosse Ogum para abrir a minha estrada

* Se meu Pai é Ogum vencedor de demanda)

3- Iemanjá e Marinheiros

* Eu escrevi um pedido na areia

* Minha jangada (suíte dos pescadores)

* Marinheiro só

4- Oxum e Xangô (Part. Tião Casemiro)

* Sob o clarão da Lua (Lindo Véu de Oxum)