A historiadora Clara Paulino, que presidia a Fundação Museu da Imagem e do Som (MIS), será a nova presidente da Fundação Teatro Municipal, ambas vinculadas à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. A gestora terá como desafio a reabertura da casa das artes ao público, adotando parâmetros de segurança contra a Covid-19. Ela assume o cargo com o compromisso de democratizar o acesso da população fluminense à programação desse ícone da cultura do Estado do Rio.
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“O principal desafio é trazer o Municipal de volta e alinhado a toda essa política de estado que vem sendo desenvolvida pelo governador em exercício, Cláudio Castro, que tenta sempre democratizar o acesso e possibilitar a execução de políticas públicas para o estado de forma geral. Eu venho assumir esse desafio e tentar fazer o melhor para o Theatro Municipal”, afirma Clara Paulino, que aceitou o convite da secretária Danielle Barros para assumir o cargo.
A retomada das apresentações presenciais só deverá ocorrer, segundo a nova presidente, quando estiverem reunidas todas as condições técnicas para isso. Clara Paulino pretende adotar um modelo que respeite parâmetros já recomendados por entidades nacionais do setor cultural e que conte com a participação do corpo técnico e artístico da casa na sua elaboração.
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A historiadora acredita que a programação online, adotada durante o período de afastamento social, não deve ser interrompida, mesmo após o fim da pandemia. O recurso, que amplia o alcance de público do Municipal, deve ser adotado em paralelo aos eventos e espetáculos com cadeiras ocupadas.
“Um aprendizado pelo qual a maioria das casas de espetáculos e espaços artísticos passaram em 2020 foi a importância dos ambientes digitais, das redes sociais. Inclusive para a democratização do acesso, que é uma das missões do Municipal”, ressalta a gestora.
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Clara Paulino é mestranda em Museologia e Patrimônio e formada em História pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Entre 2008 e 2012, exerceu a função de assessora de Patrimônio Cultural e Projetos da Fundação Municipal de Cultura e Lazer de Quissamã, desenvolvendo trabalhos voltados para inventariação e preservação do patrimônio móvel e integrado, material e imaterial existente no Município. A historiadora foi Chefe de Divisão/Gabinete da Superintendência do IPHAN no Rio, entre 2013 e 2016, quando inclusive acompanhou obras de restauração do Municipal, além de lidar com a supervisão de projetos ligados à preservação de acervos, da memória, do patrimônio material, educação patrimonial e ações de difusão e fomento.
Entre 2016 e 2019, foi Coordenadora de Unidades Museológicas e depois Superintendente de Museus da Secretaria de Cultura do Estado do Rio, sendo responsável pela formulação e desenvolvimento de políticas públicas ligadas a ações de gestão e fomento de Museus, acompanhando a formulação de regimentos e metodologias de avaliação e monitoramento das atividades desenvolvidas na área. Até 22 de janeiro, presidiu a Fundação Museu da Imagem e do Som, gerindo não só a equipe e orçamento, mas o desenvolvimento das ações de conteúdo, educação e programação, pesquisa e a sistematização de conteúdos de interesse para preservação e difusão de acervos.
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