Os crimes online vêm crescendo conforme aumenta o uso da tecnologia, e já ocupam grande espaço nas discussões sobre as formas de se prevenir contra fraudes de um modo geral. De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 59% dos brasileiros foram vítimas de algum tipo de fraude financeira apenas nos últimos meses.
Uma das formas da instituição financeira identificar e prevenir roubos de conta é a biometria comportamental, que analisa o modo como uma pessoa interage com seu dispositivo eletrônico, usando como base a interação física e cognitiva. Esse meio de observação garante um alto nível de confiança em torno da autenticidade do usuário em uma transação eletrônica.
Além disso, para abertura de contas, onde não há histórico do usuário específico, a biometria comportamental compra atributos de manuseio específicos, para determinar se estão associados a padrões genuínos ou fraudulentos conhecidos. Essa análise contínua ajuda as empresas a acompanharem a rápida evolução dos ataques do cibercrime – e se prepararem para evitar tais golpes.
Compartilho aqui os principais métodos disponíveis para que que as empresas consigam identificar e prevenir fraudes no ambiente virtual:
Análise de dados – Em geral, as pessoas conhecem muito bem suas próprias informações e vão inseri-las no dispositivo de maneira diferente de um criminoso, que usa uma junção de informações verdadeiras e falsas para aplicar golpes financeiros, como solicitar cartões de crédito e abrir contas em bancos digitais.
Análise de preenchimento de formulário – Cada formulário é um pouco diferente do outro. Por isso, caso o usuário pareça muito familiarizado com o processo de inscrição, é um sinal de que pode se tratar de um fraudador, pois os criminosos precisam trabalhar rapidamente e, muitas vezes, preencher o mesmo formulário várias vezes, revelando sua familiaridade com as perguntas.
Análise de idade – A forma de usar as teclas, os padrões de deslizamento dos dedos e outras atividades comportamentais podem prever a faixa etária de um usuário de forma estatisticamente significativa. Assim, uma empresa consegue identificar que uma pessoa que alega ter 50 anos na verdade tem 20, analisando os padrões de comportamento.
É essencial que as empresas foquem seus esforços na prevenção das fraudes, pois já é sabido que os custos para remediar eventuais crimes cibernéticos são extremamente altos. Além disso, episódios de ataques podem prejudicar a imagem e reputação das companhias. Por isso, a coleta contínua de dados comportamentais é um grande aliado na luta contra tais episódios, pois ajuda a gerar pontuações de risco em tempo real, por meio das percepções e padrões, para evitar uma fraude bem antes que ela aconteça.
-RPMA-
Ricardo Calfat – Foto de Capa: Divulgação
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