R E S I S T Ê N C I A – Resume a icônica Casa Cavé, afinal, são 161 anos sobrevivendo e passando por todas as fases do Rio de Janeiro. Em tempos difíceis, ainda há motivos para comemorar.
A Casa Cavé é a doceria mais antiga da Cidade Maravilhosa, foi aberta em 5 de março de 1860, na Rua Sete de Setembro, nº 133. Fundada por Charles Auguste Cavé, francês que ficou à frente do negócio até 1922. A arquitetura marcante possui influência de diversos países, com lustres, vitrais e vidros em geral franceses; as cadeiras e as mesas foram projetadas por Cólon, um espanhol que residia no Brasil; e as luminárias que são brasileiras. Mas seus tradicionais doces são sua chancela.
Há registros de que o prefeito Pereira Passos, era habitué da casa, assim como o ex-presidente Juscelino Kubitschek. O que dizer de personalidades emblemáticas como Olavo Bilac, Chiquinha Gonzaga, Carlos Drummond de Andrade e Tarsila do Amaral, se deliciando com os quitutes da Casa Cavé? Entrar nela, é voltar ao passado, reviver um pouco do Rio Antigo.
Histórico – Em 2000, a Casa Cavé deixou a esquina da Rua Uruguaiana com Sete de Setembro (Rua Sete de Setembro, nº 133), e passou a ocupar uma loja na Rua Sete de Setembro, no número 137 – onde foi a Chapelaria A Radiante. Mantendo sua arquitetura marcante do antigo endereço onde a Cavé esteve por 140 anos. Em 2015, o prédio tombado na esquina da Rua Sete de Setembro com Uruguaiana, que guarda parte da história do Rio e dos cariocas, voltou a abrigar a confeitaria mais antiga da cidade (completa 6 anos, em maio de 2021). Foi preciso esperar 15 anos, mas, a Cavé, finalmente, resgatou seu passado de glória em seu endereço tradicional. E ainda mantém a outra unidade no mesmo quarteirão, nº 137.
Diariamente, são produzidos doces da pâtisserie francesa, como Palmier (com cobertura doce de ovos), Croissant (chocolate / creme), Mil Folhas e Eclair (bomba de chocolate / creme) e Tarte de Morango. Doces brasileiros com o Sonho (com creme), Quindim e Queijadinha, fazem as honras da casa. Todos por R$ 9,80 cada.
Outras gostosuras também fazem sucesso como: Biscoito Raiva (chocolate com canela) – R$ 9,70 (100 gramas), Araruta – por R$ 9,70 (100 gramas) e Petit Four de Nozes, por R$ 14,00 (100 gramas).
Na ala de salgados, a preferência fica por conta da coxinha de galinha e, claro, do tradicional bolinho de bacalhau, por R$ 8,70 cada.
Embora a casa tenha sido fundada por um francês e lembre os cafés parisienses, o cardápio sempre se destacou com os doces portugueses. Os Pastéis de Nata (famoso Pastel de Belém, é um folhado com creme especial de ovos, que divide com o Toucinho do Céu (de amêndoas) e o Dom Rodrigo (fios de ovos e canela), por R$ 9,80 (cada) o posto de mais antigos e representativos da confeitaria.
A face portuguesa da casa se reflete também na decoração. Além do tradicional painel de azulejos com a Torre de Belém e vitrais coloridos no teto, a casa tem uma lojinha com lenços e iguarias portugueses, como sardinhas, geleias e marmelada.
“Estamos abertos com muita cautela, dentro das precauções e adequações necessárias. Vale ressaltar que o Centro da Cidade é muito peculiar, funciona basicamente nos dias úteis e durante o dia. A Casa Cavé, é um patrimônio histórico. Torço para que tudo se restabeleça. Estamos confiantes e concentrando nossos esforços para que consigamos passar por mais essa fase. Acredito também que são necessários novos incentivos ou até mesmo novas parcerias, ainda mais para uma casa tradicional como a nossa, que faz parte da história dessa cidade”, acentua Clarene Bernardo, administradora da Casa Cavé.
A Casa Cavé é muito mais que uma doceria com sabores tradicionais. É um patrimônio carioca que guarda, em cada pedaço da sua estrutura, a essência do Rio. Vida longa para a Casa Cavé
-Rozangela Silva-
Assessoria de Imprensa
Tarte de Morango – Foto de Capa / Divulgação
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