Luana Rocha, chef funcional e nutricionista da Cyber Cross, explica o efeito do álcool no organismo
O verão chega e com isso a temporada dos churrascos na piscina, happy hour com os colegas de trabalho depois do expediente e gente bonita na praia consumindo bebidas alcoólicas aumentam neste período. Mas o ritmo intenso de consumo deste produto pode trazer consequências desagradáveis para o organismo de forma geral.
O prejuízo imediato do excesso de álcool no organismo é caracterizado por desconforto abdominal, dor de cabeça e nas articulações, inchaços no rosto e nos membros. Dor na boca do estômago, azia, náuseas e vômitos podem ocorrer pela inflamação aguda gástrica, chamada de gastrite alcoólica. Mas um dos mais prejudicados é o fígado.
A chef funcional e nutricionista Luana Rocha, da Cyber Cross, misto de clínica e academia que engloba, em um mesmo local, médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, profissionais de educação física, além das mais avançadas tecnologias e inovações para a saúde e bem-estar, reforça que o álcool sobrecarrega o metabolismo e pode gerar excesso de ferritina, marcador inflamatório que gera intoxicação hepática. No verão, o risco de desnutrição é ainda maior e aumenta a procura por dietas de desintoxicação para amenizar os exageros das férias.
“O álcool ingerido é rapidamente absorvido no estômago e intestino delgado. Cerca de 20% ficam circulando no sangue e outros 80% são encaminhados para o fígado, para serem metabolizados”, aponta a nutricionista da Cyber Cross. Ela explica ainda que o fígado tem uma capacidade máxima de metabolização de cerca de dez gramas de álcool por hora, o equivalente a uma taça de vinho, uma lata de cerveja ou 50 ml de bebida destilada. “Vale destacar que enquanto o álcool não é metabolizado, circula na corrente sanguínea. Quanto maior a concentração, maior o efeito no cérebro”, lembra Luana Rocha.
Luana Rocha destaca que com três taças de vinho, três latas de cerveja ou 150 ml de qualquer bebida destilada, a reação do álcool no cérebro inibe a produção de ADH, hormônio responsável por controlar o volume de água eliminado na urina.
“Com esse processo os rins deixam de reter água, fazendo a produção de urina aumentar consideravelmente. As idas ao banheiro aumentam cada vez mais, e a quantidade de água liberada na urina é maior que a ingestão da mesma consumida com as bebidas alcoólicas. Tudo isso misturado gera e leva à desidratação corporal”.
De acordo com a quantidade ingerida de álcool, o corpo continua forçando a eliminação da substância por horas, considerada tóxica pelo organismo. Enquanto esse processo é realizado, diversos subprodutos são liberados, e dão a sensação de ressaca. “Como cada dez gramas demoram uma hora para serem metabolizadas, é possível que a ressaca se estenda até o dia seguinte à bebedeira”, avisa a nutricionista.
“Por isso sempre aviso para todos que é muito importante manter-se hidratados, intercalando um copo de bebida alcoólica, com um copo de água. Se de antemão souber que vai ingerir álcool, faça uma refeição antes e evite beber em jejum. E o principal, apreciar essas bebidas com muita moderação”, completa Luana Rocha.
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