Evento terá seis horas de programação e entrada gratuita
O Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos, em Rio Claro, promove um passeio pela história fluminense, mais precisamente do Vale do Café, neste sábado. Em parceria com a Superintendência de Museus da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Sececrj), o local recebe a II Jornada de Museologia Social do Rio de Janeiro. O evento é gratuito e visa refletir sobre os espaços de memória de uso comunitário e a importância da pesquisa, compreensão, salvaguarda e divulgação de suas próprias histórias.
A agenda começa às 10h, com palestras de Sandra Maria Teixeira, cofundadora do Museu das Remoções (Vila Autódromo); Luiz Antonio de Oliveira, diretor do Museu da Maré; bate-papo com Lucienne Figueiredo, superintendente de Museus da Sececrj, e Zeca Barros, gestor-executivo do Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos.
À tarde, estão programadas a dinâmica interativa ‘Museu da Maré – uma construção de memórias oriundas das remoções’, conduzida pelas educadoras e pesquisadoras Thamires Ribeiro de Oliveira e Adrielly Ribas Morais, além de apresentação artística de Yago Melo, arte-educador do Museu da Maré, e intervenção teatralizada, com o ator Ivan Portugal. Serão ainda exibidas durante o evento as produções audiovisuais ‘Cidades Invisíveis – São João Marcos’ e ‘Memória não se remove: Percurso Expositivo do Museu das Remoções’.
“Está será a II Jornada de Museologia Social promovida pelo Parque com a co-realização da Cultura do Estado, por intermédio da Superintendência de Museus e sua equipe.Será uma importante reflexão sobre os processos de remoções, mas também sobre a constituição de novos territórios ocupados. Teremos, este ano, um diferencial que é a participação do público, que poderá dialogar com os integrantes da Rede de Museologia Social”, explica Lucienne Figueiredo, Superintendente de Museus da Sececrj.
História – Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos
A história de São João Marcos se inicia em 1739 com a construção de uma capela dedicada ao santo pelo fazendeiro João Machado Pereira. Em volta do singelo templo cresceu um povoado privilegiado pelas condições naturais para o cultivo do café, fruto que nos 200 anos seguintes projetaria a cidade como uma das mais ricas do Brasil Colônia e Imperial. A área urbana era composta pela prefeitura, câmara municipal, cadeia, duas escolas públicas, agência de correios, hospital, igrejas, cemitérios, teatro e até time de futebol.
No entanto, em 1939, a cidade foi desocupada e demolida devido à previsão de alagamento do seu perímetro urbano. A inundação, decorrente do aumento da capacidade de armazenamento do reservatório de Ribeirão das Lajes, foi necessária para a construção da Usina de Fontes Nova, até hoje em funcionamento.
A área desocupada, onde outrora existiu São João Marcos, foi arrendada a pecuaristas da região e os vestígios da cidade ficaram adormecidos por décadas. Em 1990, a Ponte Bela e as ruínas do centro histórico de São João Marcos foram tombadas pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e, em 2008, toda essa história começou a ser redescoberta e valorizada com a construção do Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos, hoje localizado na cidade de Rio Claro.
Inaugurado em 2011, o Parque é um espaço educativo e cultural da Light, mantido com o patrocínio da empresa, apoio institucional do Governo do Estado do Rio de Janeiro, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, e conta com recursos do Programa de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O Instituto Cultural Cidade Viva é o parceiro na gestão-executiva do projeto.
Serviço
II Jornada de Museologia Social
Data: 24/09 (sábado)
Horário: 10h às 16h
Endereço: Estrada RJ 149, km 20, Rio Claro
Entrada gratuita
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-Ascom Cultura-
Visitantes – Foto de Capa: Divulgação
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