Originário da região de Bay Area, em São Francisco, Califórnia, Oscar Jackson Jr., mais conhecido por seu nome artístico “Paris”, está de volta ao combate pela consciência popular com seu mais novo álbum, “Safe Space Invader”, lançado oficialmente nesta sexta (25), disponibilizado desde então nas plataformas de streaming…
Lançado pelo seu próprio selo musical, o “Guerrilla Funk Recordings”, parte de sua tracklist já pode ser acessada no canal do rapper no “YouTube”.
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E como é do seu natural, Paris continua com seu estilo incendiário de afrontas políticas ao Sistema Norte-americano, fazendo a abordagem de temas como racismo, violência policial, desigualdade social e econômica e decadência Cultural. Uma prova real disso neste novo álbum é “Nobody Move”, faixa que lidera todo o seu repertório questionador, trazendo uma crítica desmedida ao presidente “Donald Trump” e seus apoiadores do MAGA [campanha que se tornou uma referência no boné que Trump usou em sua candidatura, que o popularizou (e polemizou) durante as eleições de 2016. Acrônimo para “Make America Great Again” (“Faça a América Grandiosa Novamente”), o boné virou símbolo de seu mandato e que até “Kanye West” chegou a usá-lo, inclusive], como apologistas à brutalidade policial, gentrificação e todo o tipo de crime contra à Comunidade Negra e classes minorizadas. Este single lançado no dia “11 de setembro” – exatos 19 anos do ataque às “Torres Gêmeas” -, também corresponde a um vídeoclipe produzido em formato de animação, onde a canção homenageia o lendário ativista dos Panteras Negras “Emory Douglas”, evocando ilustrações politicamente carregadas, pelas quais Douglas se tornou conhecido como “Ministro da Cultura do Partido dos Panteras Negras”.
“’Nobody Move’ é música de movimento e foi feita para promover a autoconsciência e um senso de elevação da Comunidade Negra”, disse Paris em entrevista ao site da “Okayplayer.com”. “Faz muitas referências e homenageia o estilo de Emory Douglas… Esse visual, sua sensação e a relevância do espírito dos Panteras têm mais peso agora do que nunca, e a vibração é uma combinação perfeita para combater o racismo cruel e o tribalismo político que vivemos coletivamente em 2020 na América sob o governo Trump. ‘Nobody Move’ é também um retrocesso ao lirismo agressivo do HIP-HOP – lirismo necessário quando se combate figurativamente um sistema que está causando danos reais às Comunidades de cor e aos Marginalizados de um modo geral”, finaliza.
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Pouco antes de “Nobody Move”, Paris lançou “Baby Man Hands” – uma acusação inflexível contra Trump e sua inadequação como presidente. Neste mesmo dia, ele também publicou um artigo no “Medium.com” intitulado “Trump Is the Worst President in U.S. History — We Need To Vote Him Out” [em bom português, “Trump é o Pior Presidente da História dos Estados Unidos – Precisamos Votar por sua Saída”], onde criticou longamente sobre a gestão antagônica de Trump.
O perfil intolerante de Paris à má administração política de seu país não é nada recente. Em 1990 ele estreou na cena HIP-HOP causando grande impacto com a música “The Devil Made Me Do It” [O Mal Me Levou a Fazer Isso]; o que resultou na proibição da exibição de seu vídeo na época pela MTV. Em 1992 o rapper lançou seu segundo álbum “Sleeping with the Enemy“ [Dormindo com O Inimigo], cuja faixa “Bush Killa”, endereçada à pessoa do então presidente “George Bush”, o consolidou como um rapper de engajamento político e com letras fortemente contestadoras em favor das massas populares.
Paris, que também atende pelo nome “P. Dog”, não nega sua forte influência na militância dos “Panteras Negras” e chegou a ser membro da “Nação do Islã”. É formado em economia pela UC Davis, na Califórnia e além da música política dedica parte de seu tempo à publicação de informações sobre como ajudar a Comunidade Negra a crescer. Um exemplo disso é um artigo sobre como gerenciar sua própria renda [http://www.guerrillafunk.com/thoughts/doc4023a.html]. Ele explica como você pode construir um futuro melhor para o cidadão negro e sua, lidando com seu dinheiro de forma mais consciente em “5 etapas” e uma etapa final de reinvestimento.
“P. Dog is Back, Yeah”!!
“Acorda HIP-HOP”
Saiba mais:
https://www.guerrillafunk.com
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Colunista / Escritor e Pesquisador da Cultura Black: DJ Zulu TR