Também popularizado pelas expressões “Breaking” ou “B-Boying”, o “Breakdance” é um estilo de dança que está classificado entre os Elementos Primários do Movimento Cultural do Hip-Hop, e agora mais recentemente, acaba de adquirir o status de “Dança Sportiva” pelo “Comitê Olímpico Internacional – COI”, com estréia oficial nos “Jogos Olímpicos de Verão da Juventude de 2018”, em Buenos Aires, na Argentina…
A grande notícia foi oficializada quatro dias após a realização do “Red Bull BC One World Champion” [creditado como um dos maiores eventos do mundo de B. Boys na modalidade “mano-a-mano”], em Amsterdam, em abril de 2017.
De acordo com a “World DanceSport Federation – WDSF” [ex-“Federação Internacional de Dança – IDSF”, órgão governamental internacional de DanceSport e Wheelchair DanceSport , conforme reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC)], organização responsável pela introdução do Breakdance nas Olimpíadas, os qualificadores continentais já realizaram a segunda fase do processo de seleção intitulado “Breaking for Gold”, sobre o qual foi feito o recebimento de vídeos on-line enviados pelos atletas candidatos.
O WDSF afirmou ainda que o sistema de avaliação, que visará identificar os melhores “Breakers” nas categorias masculino e feminino, oriundos de vários países do mundo, nascidos entre 2000 e 2002, é “sem precedentes” no esporte olímpico.
Ao todo, 178 atletas participaram do processo de seleção africano e europeu, sediado na cidade alemã de Essen.
A Bélgica foi um dos países que mais se destacou assegurando um contingente completo durante as eliminatórias, com três atletas para a terceira e última etapa, garantindo inclusive a participação destes no “Campeonato Mundial da Juventude 2018” em Kawasaki, no Japão. A França, Itália, Holanda e Rússia vieram na sequência também e alcançaram a façanha, enquanto a Polônia teve duas conquistas. Israel, África do Sul e Ucrânia serão representados por apenas um atleta, cada um na modalidade masculina no Japão.
Na categoria feminina, a França e a Rússia conseguiram que duas de suas participantes avançassem para o próximo estágio. Já a Áustria, Chipre, Hungria, Itália, Letônia e Países Baixos terão uma competidora cada.
Em dezembro passado, o Comitê Olímpico Internacional concordou em adicionar três eventos de Breakdance ao cronograma da capital argentina. Um total de 12 dançarinos competirão nas categorias masculina e feminina, além de acontecer uma competição de equipe mista.
Infelizmente o Brasil, que ao longo dos anos vem destacando se altíssimo em conceituados campeonatos de magnitude internacional, não enviou nenhum representante. Esperemos no entanto, que nossos dançarinos possam em nova oportunidade demonstrar todo o seu potencial no solo olímpico.
Originário do convívio da juventude porto-riquenha e afro-americana nas ruas do bairro “South Bronx”, na cidade de Nova York, no início dos anos 1970, o Breaking foi considerado um dos quatro pilares da cultura do HIP-HOP, delineado pelo idealizador desse Movimento Cultural, “Afrika Bambaataa”, juntamente com “Turntablismo” (DJing), “MCing” (Rapping) e o “Aerosol Art” (Graffiti).
Os Jogos Olímpicos de Verão da Juventude de 2018, iniciam oficialmente no dia 6 de outubro, com encerramento no dia 18 do mesmo mês.
Assista agora a esclarecedora matéria “Breaking the Beat In The Bronx”, produzida em 2014 pelo campeonato “Red Bull BC One”, onde o B. Boy Emmanuel Rodriguez – conhecido pelo nome artístico “E-Man”-, nos leva de volta ao local de nascimento deste Movimento da Dança do HIP-HOP, no qual os B. Boys costumavam batalhar, como uma espécie de distração em face ao seu modo de vida conturbado como membros das street gangs que governavam a região. Nesta matéria especial, E-Man explora as raízes do Breakdance, sob o protagonismo do lendário “Alien Ness” da “Mighty Zulu Kingz”, uma das primeiras crews de B. Boys do Bronx….
Paz e Respeito!
Clica no play!
Por: DJ “Zulu” TR.
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