Associando a queda hormonal à velhice, elas não gostam de tocar no tema
A menopausa segue sendo um tabu entre as mulheres brasileiras. Um estudo de outubro de 2022 conduzido pela empresa Essity apontou que 70% delas não estão preparadas para a chegada do momento, enquanto que 55% afirmaram não gostar de falar sobre o tema por ser ligado à velhice e à “deterioração” do corpo. Por outro lado, falta informação sobre o que de fato a menopausa causa para as mulheres e sobre como lidar com o momento, como explica o endocrinologista e metabologista Igor Barcelos, especializado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
“Foi nos anos 60 que cresceu o interesse a respeito dos tratamentos de reposição hormonal e, na década seguinte, o uso maior do tratamento trouxe à tona seus primeiros efeitos colaterais. Nesse contexto e considerando que é relativamente nova, a terapia pode gerar dúvidas e receios”, comenta. Por outro lado, os avanços foram realmente rápidos desde então e a mulher pode buscar por um profissional para discutir a respeito do assunto assim que começar a perceber os sintomas de uma menopausa.
Os principais sinais de que chegou o momento são cansaço frequente, diminuição da libido e desejo sexual, ondas frequentes de calor sem razões aparentes, queda de cabelo, irregularidade menstrual, aumento de gordura abdominal, alterações de humor como irritabilidade, ansiedade ou tristeza, perda de memória e secura vaginal ou dores durante as relações sexuais.
Mas, afinal, por que é importante detectar essa redução na produção do estrogênio? Falar sobre o assunto e buscar seu médico vai ajudar a encontrar a melhor maneira de lidar com esse momento da jornada para aumentar a qualidade de vida da mulher. A menopausa começa de verdade quando a pessoa para totalmente de menstruar por pelo menos 12 meses e isso ocorre, em geral, entre 45 e 50 anos, podendo variar.
“Antigamente, associava-se a reposição hormonal ao câncer de mama. Contudo, hoje se sabe que essa relação é muito fraca e acontece principalmente com alguns tipos de hormônios sintéticos e mais antigos, que são pouco utilizados atualmente”, acrescenta Dr. Igor.
Antes da chegada definitiva da menopausa, existe uma fase chamada climatério, que é quando os primeiros sintomas podem ser observados. Além dos tratamentos com hormônios, há maneiras naturais de diminuir os desconfortos causados pela transição, que incluem uma alimentação mais saudável e a prática de atividades físicas.
Outros sinais de que a mulher está neste momento incluem suores noturnos, distúrbios do sono e ressecamento da pele. “É importante ressaltar que não basta ter um sintoma isolado e solicitar a terapia de reposição hormonal, mas sim se consultar com um especialista que faça a análise médica adequada. Em geral, essa avaliação vai indicar o tratamento não apenas a mulheres na menopausa, mas também aos homens, que possuem uma queda anual de testosterona a partir dos 30 anos e chegam a apresentar a chamada andropausa”, conclui o especialista.
Sobre o Dr. Igor Barcelos
Médico Endocrinologista e Metabologista, com título de especialista pela SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia). Somando mais de 30 mil pacientes no Brasil, dentre as suas formações estão a residência em Clínica Médica e Pós-graduação em Medicina do Esporte pela UNIFESP.
Dr. Igor já atuou como professor universitário e hoje realiza palestras e treinamentos em sua área, sendo uma referência para colegas e pacientes em grandes eventos. Também possui formações em desenvolvimento pessoal e negócios, sendo membro de grandes grupos com intenso networking, que possibilita crescimento e atualizações constantes em seus negócios. Para mais informações, acesse @drigorbarcelos pelas redes sociais ou pelo site https://meuendocrino.com.br/
-Carolina Lara-
Assessoria de Imprensa
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