Bem no meio é uma ópera-instalação inédita, idealizada pela multiartista Karen Acioly, com música do compositor francês Camille Rocailleux. O novo projeto da inquieta escritora, atriz e diretora convida o público a vivenciar uma experiência inesquecível, trazendo uma proposta de renovação da linguagem da ópera, democratizando e apresentando o gênero como um conceito diferenciado, atraindo a atenção de novos públicos. A ópera em uma dimensão fora dos padrões mistura o canto lírico e a literatura à dança e à projeção digital. O novo formato conta ainda com a participação do coro infantil da UFRJ, sob a batuta de Maria José Chevitarese, professora da Escola de Música da UFRJ. O espectador assistirá à história da menina Bem que tem o divino dom de entrar e sair de dentro dos livros, e que nasce com um estranho buraquinho nas costas, de onde surgirá uma asa.
As sessões acontecerão no teatro do Oi Futuro, em dois formatos diferentes: Iniciando com sessões presenciais nos dias 21 de novembro, às 11h30, e no dia 27 de novembro, às 16h – nestas, o público poderá assistir a performance do elenco formado por Luisa Vianna (Bem), Carol Botelho (Gaia) e Guilherme Borges (Ponto), que vai interagir com as projeções filmadas pelos atores Sabrina Korgut (mãe), Ciro Acioli (pai) e das crianças do Coro Infantil da UFRJ (Infância), em participações especiais. E, a partir do dia 28 de novembro, em todos os fins de semana até o dia 19 de dezembro, às 15h, 16h, 17h, acontecerão as sessões contemplativas, com a ópera expandida em sessões de cinemópera (cinema + ópera + instalação).
A ideia
Baseado em histórias de crianças de pais separados, Bem no Meio joga uma lupa sobre os sentimentos infantis pouco escutados pelos adultos. A ideia surgiu após dois anos de pesquisa narrativa em que Karen teve uma escuta atenciosa entre diversas crianças de 4 a 12 anos, de diferentes escolas, sobre temas delicados de seus cotidianos dentro do FIL Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens (em 2018 e 2020) – de modo virtual. A pesquisa faz parte da dissertação do Mestrado em Educação “A dramaturgia da ópera para crianças – cultura e simbolismos” (UFF/2022) e do corpus do mestrado “A Dramaturgia do espaço na ópera para crianças”, da Université Sorbonne Paris 3, (2019/2021), ambos inspirados na obra dos filósofos Gaston Bachelard e Gilbert Durand, autores que estudam o imaginário.
Diante do processo, várias questões recorrentes surgiram, como a separação dos pais e a invisibilidade das crianças no mundo dos adultos. “Percebi que o que mais machucava as crianças era a falta de escuta aos seus sentimentos e dores profundas. Resolvi então escrever um libreto, usando a linguagem do maravilhoso, do inquestionável, em que a voz das crianças pudesse ser ouvida. A potência da poesia, do canto lírico e as multilinguagens da ópera podem fazer essa ponte”, diz Karen, que, além o roteiro e encenação, também assina o figurino com Adriana Guimarães e a cenografia com Rostand Albuquerque.
Sinopse
Em uma noite de eclipse, em janeiro, nasce perfeitinho um bebê inteiro. A felicidade é tanta que ninguém repara na estranha marquinha nas costas, que parece até um buraco. A bebê irradia tanta luminosidade que seus pais a batizam de Bem.
Ao completar sete anos, de tanto amar os livros, Bem descobre o dom de entrar e sair de dentro deles. Em um deles conhece Gaia, que se torna a sua melhor amiga. Alegre com a novidade decide contar para os seus pais sobre seu dom e sua nova amiga. Porém, ao chegar em casa, Bem percebe que seus pais estão falando uma língua esquisita. Ela tenta chamar a atenção, de forma divertida, mas eles estão tão bravos que nem notam o que ela diz. Bem se sente no meio de seus pais.
Ao fugir para dentro do livro, de tanto sentir pena de seus pais, algumas penas saem da marquinha de nascença de Bem até que uma pequenina e frágil asa nasce do lado direito. E é aí que sua grande aventura começa. Bem quer voar. Mas como voar com uma asa só? Será Possível? Bem vive muitos desafios, vencendo-os um a um. Quando seu canto se torna forte e sua dança também, outra asa surge vigorosa e bela do lado esquerdo. Porém, só as crianças conseguem enxergá-la. Bem agora tem duas asas e já pode voar!
Irmãos de Criação
Irmãos de criação, a autora e diretora Karen Acioly e o compositor francês Camille Rocailleux já realizaram outras parcerias. A primeira aconteceu em 2005, quando Acioly convidou Rocailleux para fazer a abertura do FIL Festival, com o espetáculo Echoa. De lá para cá, a dupla alinhavou muitas idas e vindas brindadas no FIL com os espetáculos de Camille como ‘Bounce’, ‘Carte Blanche’, o projeto FaceGenerationS, com 52 vídeos de depoimentos de adolescentes sobre a arte e o mundo, entre outros projetos.
Breve histórico da equipe de criação
Karen Acioly
Dramaturga, professora, curadora e roteirista. Possui especialização na área das artes multidisciplinares e gestão criativa de espaço cultural, com ênfase nas artes cênicas e visuais voltadas aos novos públicos. Maîtrise em Études Théâtrales no Institute dÉtudes Théâtrales (IET) na Université Sorbonne Paris 3 e Mestranda em Educação na Universidade Federal Fluminense (UFF) ; Especialista em Literatura Infantil e Juvenil pela Universidade Cândido Mendes (UCAM); Especialista em Metodologia do Ensino Superior pelo Centro Universitário da Cidade da cidade do Rio de Janeiro e Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Publicou 15 livros para a infância e a juventude e ganhou diversos prêmios, dos quais destaca-se o Hors-Concours de Melhor Livro de Teatro Infantil pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), quando da premiação da obra A excêntrica família Silva, em 2014, como Melhor Obra de Teatro para a Infância à Juventude. Antecederam a premiação, com o Prêmio Lúcia Bennedetti da FNLIJ as obras Viva o Zé Pereira (2013), Os meus balões: o incrível encontro de Júlio Verne Com Santos Dumont (2010) e Tuhu, o menino Villa-Lobos (2008). As obras Os meus balões e Fedegunda compõem o acervo do PNLD Literário edição 2018 e edição 2020, respectivamente. Dos seus trabalhos mais conhecidos no Teatro para a Infância e à juventude destacam-se Fedegunda; Bagunça, a ópera baby; Experiência Yellow e Tuhu, o menino Villa-Lobos. Recebeu a Bolsa Courants du monde, na área de gestão cultural (2016), concedida pelo governo francês. É criadora, curadora e diretora geral do Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens (FIL), com edições anuais desde 2003.
Camille Rocailleux – Compositor (França)
Um dos principais expoentes da nova cena francesa musical, o compositor, pianista e percussionista de formação (1º Prêmio do Conservatório Nacional Superior de Música de Lyon), Camille escreve regularmente para cinema, teatro e dança. Recentemente criou a trilha do Longa metragem Les pepites e as partituras originais dos espetáculos Muances e Nous, que circularam por toda a Europa e Eua. Fundador da companhia, ARCOSM, com Thomas Guerry, compôs as partituras originais de espetáculos de grande sucesso internacional, como Echoa com mais de 400 apresentações na França e no exterior, nos USA, Brasil, País de Gales- – e depois Lisa, para dançarinos, músicos e cantora lírica. Criou sua própria Cia E.V.E.R, cujos espetáculos se caracterizam pela mistura de linguagens da dança, das artes digitais e musicais. O encontro com Karen Acioly ocorreu através do convite para Echoa se apresentar no Rio de Janeiro, no FIL de 2007. Desde então, laços estreitos ligaram os dois artistas, dando origem ao projeto comum de uma ópera para pequena formação, Fedegunda que circulou por 5 cidades na França e 5 cidades no Brasil.
Ficha técnica:
Libreto, roteiro e encenação: Karen Acioly
Música e Partitura Original: Camille Rocailleux
Direção Musical: Guilherme Borges
Direção de produção: Miriam Struz
Elenco:
Luisa Vianna – Bem
Carol Botelho – Gaia
Guilherme Borges – Ponto
Participações especiais (em vídeo)
Sabrina Korgut – A Mãe
Ciro Acioli – O Pai
Coro Infantil UFRJ – Infância
Mariana Honorat, Manuela Percegoni de Freitas, Ryan Pereira, Jémile Ferreira Ghevanter, Mélane Ferreira Ghevanter, Maria Fernanda, Arthur Antunes Pollard, Noah de Godoi Nicodem
Regência: Maria José Chevitarese
Mapping e Cenografia digital: Rico e Renato Villarouca
Cenografia: Karen Acioly e Rostand Albuquerque
Figurinos: Karen Acioly e Adriana Lins de Estilo
Adereços e crochê: Barbara Quadros
Visagismo : Ricardo Moreno
Cabelos Azuis: Deborah/ By Rodrigo
Iluminação: Fernanda Mantovani
Preparação vocal: Kiko do Valle
Coreografias e preparação corporal: Paulo Mazzoni
Direção de fotografia: Vitor Souza Lima
Assistente de fotografia: Sérgio Resende
Direção e design de som: Gabriel D’angelo
Fotografia e still: DuHarte Fotografia
Renata Duarte e Santiago Harte
Ilustração livro: Marília Pirillo
Contação de história: Silvia Castro
Programação Visual: Nina Gaul OESTUDIO
Assessoria de imprensa: Alexandre Aquino e Cláudia Tisato
Financeiro e administrativo: Andreia Fernandes
Clipping: Fernando Lana
Redes Sociais: Taís Amorim
Relatório comunicação: Ana Clara Thomaz
Gravação e Mixagem: Estúdio 220 Decibéis
Técnicos Gravação: Daniel Wally, Rodrigo Oliveira, Leonardo Maia, Luan Araújo
Mixagem: Gabriel D`angelo
Produção executiva: Fábio França
Contrarregra: Renato Severino
Assistente set: Ana Clara Roncetti Thomaz e Kamilla Luisa Ferreira da Silva
Edição de Partituras: Diego Cavalcanti e Ítalo Simão
Patrocínio: Oi
Correalização: Oi Futuro
Agradecimentos: Valentina Feno Nogueira, Amora Struz Nogueira, Mila MaCDowell, Pedro Genescá , Luciana Adão, Vitor Almeida, Zélia Peixoto, Ellen Ferreira, Sandro Henrique Rosa, Sergio Nostra, Débora Marques e Rodrigo (By Rodrigo), Silvia Castro, Marilia Pirillo, Betto Serrador, Tina Salles, Claudia Elizeu, Bruno Mariozz, Marcelo de Carvalho, Cristina Rego Monteiro da Luz, Marly Bulcão, Betto Serrador, Marc Aymonin e Dora Acioli Lutz e todos aqueles que nos ajudaram a tornar Bem no meio possível.
Agradecimentos especiais: Iduina Pena Chaves
Nosso muito obrigada a Roberto Guimarães, Lúcia Coelho e Magda Modesto (in memorian)
Dedicamos essa ópera à Valentina Feno Nogueira, Amora Struz Nogueira e Mila MacDowell
Parcerias Institucionais:
Consulado Geral da França no Rio
FIL FESTIVAL
Apoio cultural:
Estúdio 200 decibéis
A Fábula
By Rodrigo
Casa da empada
Casa da Tata
Studio
Casa da empada
Casa da Tata
Bar do França
Assessoria de Imprensa
-Alexandre Aquino e Cláudia Tisato-
Assessoria de Imprensa
Carol Botelho e Luisa Vianna em cena do Bem no Meio – Foto de Capa: DuHarte Fotografia
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