Nos dias atuais, muitos vêm debatendo a questão do racismo e intolerância religiosa. Entretanto, a questão racial ainda é um grande óbice nos grupos dos pesquisadores da educação, mas principalmente diante da sociedade.
Por isso, algumas ações se destacam por introduzir conceitos importantes, assim como discutir como o racismo se desenvolveu ao longo dos anos. O Prof. Ivanir dos Santos, no penúltimo último sábado, participou do início da programação do “Novembro Negro”, em Campos de Goytacazes. Abriu o Curso de Imersão sobre Intolerância Religiosa e Racismo Estrutural, com o propósito de uma formação continuada para servidores públicos, principalmente das áreas de assistência social, saúde, educação e cultura.
A aula inaugural “A história social da intolerância religiosa”, comandada pelo Pós-Doutor em História Comparada pela UFRJ – (PPGHC/UFRJ). o Babalawô Ivanir dos Santos ocorreu na parte da manhã, no Teatro de Bolso, no Centro.
Para o Secretário de Desenvolvimento Humano e Social, Rodrigo Carvalho, a atividade é de grande dimensão – “Importantíssima essa discussão na atual sociedade, não basta dizer que não é racista, temos que ser antirracista, a gente tem que massificar, temos que marcar posição, auxiliar e ajudar principalmente aqueles que mais precisam”, pontuou.
O curso, com entorno de 50 ouvintes foi conferido pela professora de inglês Dahare Darshana, que estava à tiracolo com Romeo, de 3 anos – “Meu objetivo aqui nesse curso hoje, é aprender e está inserida na sociedade, e claro, até criar para o meu pequeno uma sociedade mais justa”. A Conselheira Tutelar Mannu Ramos, também estava com o seu Eniolá, de 1 ano e 8 meses.
A aula contou com a presença de Maíra Carrera Silva, Andrea Oliveira – Secretaria de Saúde de Quissamã, Edson Antônio G. Cordeiro e Neusinha da Hora – Coordenadora Artística do Teatro de Bolso, que recebeu o evento. As próximas agendadas: 30 de outubro, 6 e 13 de novembro, cada participante ganha ainda certificação.
Promovido pela SIRDH/SMDHS, em parceria com o Fórum Municipal de Religiões Afro-brasileira (FRAB); Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP); Coordenadoria de Experiências Religiosas Tradicionais Africanas, Afro-brasileira, Racismo e Intolerância Religiosa do Laboratório de História das Experiências Religiosas da UFRJ – (ERARIR/LHER/UFRJ); Rede de Professores Antirracistas; Movimento Negro Unificado (MNU), Núcleo Interdisciplinar de Estudos, Pesquisas e Extensão Serviço Social, Questão Racial, Direitos Humanos e Religiosidades (NUSSRADIR) da Escola de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense (UFF)
Segundo a Ms. Lavine Castro, da Rede de Professores Antirracistas, que comandou a aula “Leituras evangélicas e a lei nº 10.639/03”, na parte da tarde. – “A minha palestra foi baseada na minha dissertação de mestrado, onde pude observar o quanto a hegemonia judaico cristã está presente nos valores de nossa sociedade, isso nos impede enxergar a universalização da cultura cristã nas escolas brasileiras em detrimento da pluralidade cultural”, declarou
Mesmo depois de 4h de viagem, de Campos de Goytacazes para a Vila Mimosa. O Prof. Ivanir dos Santos foi prestigiar o lançamento do livro – “INQUÉRITO nº 1.199/DF”, do desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro – Siro Darlan
A noite de autógrafo foi na Vila Mimosa. O livro traz diversas fotos e 70 depoimentos, como de Cid Benjamin, Ricardo Cravo Albin, Marinete da Silva, Luis Nassif, entre outras personalidades. Os leitores têm a chance de refletir sobre a vida e o trabalho do juiz, defensor de muitas causas do povo, incluindo os direitos da infância e da juventude. Inclusive surgiu na Tribuna da Imprensa Livre a série “Somos Todos Siro Darlan” e o projeto editorial do livro, inspirado após o afastamento do desembargador do TJRJ por 180 dias.
Em local peculiar, a Vila Mimosa, na Praça da Bandeira, onde as ruas bucólicos se transformam com o cair da noite, e é ali que funciona a zona de prostituição mais famosa da cidade. O Bar 34 serviu de cenário para Siro, que recebeu amigos com a blusa da campanha “Somos todos Siro Darlan”. Em discurso improvisado, abriu já avisando que era a primeira vez que discursava em um “puteiro”, a gargalhada foi geral e emendou – “De perseguidor, uma pessoa que vinha procurar defeitos e vim encontrar aqui famílias, pessoas, mães e mulheres de grande sensibilidade. E fiz daqui um projeto de vida para poder resgatar todos aqueles erros da sociedade que faço parte”, declarou.
O evento contou com música ao vivo de André Henrique, que mandou ver com clássicos da MPB. Siro destinou as vendas dos livros às ações sociais de proteção à mulher. Encabeçado pelo movimento Vila Mimosa Cultural, com o objetivo de arrecadação de recursos para manter os projetos sociais e acima de tudo, resgate à cidadania, comandado pela assistente social Cleide Almeida (Diretora da AMOCAVIM – Associação da Vila Mimosa), em uma legítima luta pelos direitos das mulheres da Vila Mimosa.
-Rozangela Silva-
Assessoria de Imprensa
Rodrigo Carvalho, Ivanir dos Santos e Gilberto Totinho – Foto de Capa: Rozangela Silva
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