O Museu de Arte Moderna de São Paulo oferece em julho uma nova programação de cursos online aberta ao público geral. Os encontros são voltados para interessados nas áreas de criptoarte e NFTs; pensamento filosófico em torno do encontro entre arte e moda, e também a crítica de arte escrita por mulheres.
No curso Laboratório feminista de crítica e história da arte, com início em 5/07, a professora, curadora e pesquisadora Talita Trizoli não só propõe uma reflexão sobre o panorama da crítica de arte escrita por mulheres ao longo da História da Arte como também considera soluções e estratégias para ultrapassar o apagamento das mulheres levando em conta gênero, raça e classe.
A criptoarte aparece pela primeira vez no quadro de cursos do MAM São Paulo. A partir de 7/07, a historiadora da arte e coordenadora de comunidade de criptoartistas da Tropix, Mariana Braoio, comanda o curso CriptoArte, a história da arte criptografada. Ela irá apresentar a jornada desta nova tecnologia até o momento, trazendo ideias como NFTs e metaverso.
Já em arte, moda e filosofia, com início em 11/07, Brunno Almeida Maia propõe uma série de questionamentos e exemplos que fazem refletir sobre a relações que encontram intersecções entre Moda e Filosofia, Arte e Moda, Filosofia e Arte.
Os cursos acontecem de forma online, ao vivo por meio da plataforma de videoconferência, com aulas gravadas e disponibilizadas por tempo determinado para os inscritos que quiserem assisti-las posteriormente. Para conferir os planos de aula completos de cada curso, acesse mam.org.br/cursos.
Sócios do MAM têm 20% de desconto. Estudantes, professores e aposentados têm 10% de desconto. Entre em contato com o MAM São Paulo para descontos ou dúvidas via e-mail (cursos@mam.org.br ) ou WhatsApp (+55 11 99774-3987).
Cursos:
Laboratório feminista de crítica e história da arte com Talita Trizoli
De 05/07 a 23/08
Terças-feiras, das 19h às 21h
Duração: 08 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 640 em até 05 parcelas
Curso online ao vivo via plataforma Zoom
Se o exercício da prática artística fora historicamente difícil para as mulheres devido às proibições de estudo, e os jogos de interdição para o estabelecimento de carreiras, no campo da escrita sobre arte, (crítica e história), os esforços não foram dos mais fáceis. No entanto, é a partir da dedicação de algumas autoras e pesquisadoras dessas áreas que pudemos identificar os problemas de exclusão de gênero, raça e classe. Nesse laboratório, a partir da discussão de textos importantes e mesmo pouco conhecidos, procura-se analisar as estratégias e metodologias utilizadas para enfrentar as barreiras de inserção das mulheres no mundo das artes, e quais soluções (ou não) são possíveis.
Talita Trizoli é professora, curadora e pesquisadora. Atualmente é pós-doutoranda no IEB-USP, onde investiga crítica de arte por mulheres no Brasil. Doutora pela FE-USP e Mestra pelo PGEHA-USP, com pesquisa na área de arte e feminismo no Brasil, com ênfase nas décadas de 1960 e 1970. Possui publicações em revistas nacionais e internacionais, e atividades de crítica de arte, investigação, curadoria e ensino, sendo sua pesquisa referência para os estudos de arte e gênero no Brasil.
CriptoArte, a história da arte criptografada com Mariana Braoio
De 07/07 a 04/08
Quintas-feiras, das 19h às 21h
Duração: 05 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 400
Curso online ao vivo via plataforma Zoom
Memes, 3Ds, macacos estilizados são arte? Neste curso serão trazidos conceitos sobre novas tecnologias, tendências e aplicações da criptoarte, principais terminologias utilizadas: NFTs, Metaverso, Smart Contracts e Colecionáveis. Também serão propostas reflexões sobre esse novo movimento artístico reecorrendo às estéticas e produções de alguns criptoartistas. Uma curadoria será realizada especialmente para a ocasião.
Mariana Braoio é coordenadora de comunidade de criptoartistas na Tropix, plataforma de arte com NFTs. Curou a exposição “Fome de Criar” com criptoartistas brasileiros na plataforma Xepa.io. É historiadora da arte pela UFPEL e UNIFESP, com atuação em curadoria e comunicação. Possui uma vasta pesquisa em mulheres artistas com aproximação nas artes digitais e já atuou nos principais museus: Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo e Museu da Baronesa e em instituições culturais: Japan House e Itaú Cultural. Idealizadora do quadro “Artistas que você precisa conhecer”, ao evidenciar uma curadoria de artistas.
Arte, moda e filosofia com Brunno Almeida Maia
De 11/07 a 01/08
Segundas-feiras, das 19h às 21h
Duração: 04 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 320 em até 04 parcelas
Curso online ao vivo via plataforma Zoom
O que a coleção de Inverno 2007 da Balenciaga por Nicolas Ghesquière, tem a ver com a revolução política? Qual o diálogo entre o pensador alemão Walter Benjamin, e a coleção Mondrian de 1965 de Yves Saint Laurent?
Como é possível relacionar a estreia da Comme des Garçons na Paris da década de 80 com a Queda do Muro de Berlim? A atual tendência Agender (moda sem gêneros), encontra consonâncias nas ideias de Judith Butler, Friedrich Nietzsche e do poeta francês Charles Baudelaire? Com Elsa Schiaparelli e Salvador Dali, os futuristas e Giacomo Balla, a Moda pode ser Arte, e a Arte pode iluminar o cotidiano?
A partir destas, e outras inquietações, o presente curso parte dos escritos do filósofo, ensaísta e crítico alemão Walter Benjamin sobre a Moda e as roupas no contexto do capitalismo cultural do século XIX, propondo uma leitura do momento atual, a partir da relação entre a Moda e a Filosofia.
Brunno Almeida Maia é professor convidado da Escola de Comunicação e Arte (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), do SENAC Lapa, da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado) e do Centro Universitário Belas Artes. Já ministrou aulas sobre a relação entre a literatura e a moda em espaços como Fundação Ema Klabin, Adelina Instituto Cultural, entre outros. Também assina capítulo sobre a relação entre a literatura e a moda no romance Lucíola (1862) de José de Alencar no livro “Moda Vestimenta Corpo” (Editora Estação das Letras e Cores, 2015). Foi facilitador pedagógico do módulo Formação em cidadania e direitos humanos do programa “Transcidadania” iniciativa da Prefeitura Municipal de São Paulo, com a CADS (Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual) e Centro de Cidadania LGBT SP. Atualmente trabalha em seu próximo livro de gênero ensaístico “Tempos de exceção: ensaios sobre o contemporâneo” (Editora Cosmos)
Sobre o MAM São Paulo
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.
O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.
Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.
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Foto de Capa: Divulgação
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