O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) propõe um olhar de conjunto sobre a produção do cinema português na última década, que vem obtendo enorme êxito internacional. Com curadoria de Pedro Henrique Ferreira, a mostra presencial “De Portugal para o mundo” traz ao público brasileiro uma seleção de 28 filmes, entre longas e curtas-metragens, dos mais aclamados cineastas lusitanos contemporâneos. A retrospectiva estreou no dia 3 de fevereiro, no CCBB Rio de Janeiro, e fica em cartaz até 1o. de março, com entrada franca. O evento inclui também debates com especialistas e bate-papos com diretores. Depois, a retrospectiva segue para São Paulo (em abril) e Brasília (maio).
“De Portugal para o mundo” apresenta filmes de cineastas de projeção internacional, que já são considerados alguns dos maiores diretores vivos na atualidade. A curadoria concentrou-se principalmente nas produções que obtiveram premiações e sucesso no exterior. É uma oportunidade de assistir a filmes emblemáticos, como “ “Tabu” (2012), de Miguel Gomes; “O estranho caso de Angélica” (2010), de Manoel de Oliveira; entre outros. A programação completa está disponível no Facebook, na página: Mostra de Portugal para o Mundo.
A retrospectiva propõe também uma discussão em torno do cinema português, como a visão das ex-colônias pelos filmes ou a herança do salazarismo. Para isso, há debates temáticos, unindo pesquisadores brasileiros e portugueses; e bate-papos com diretores. São eventos via videoconferência, online, abertos e gratuitos. “A ideia é entender os elementos que possibilitaram a emergência de um período tão exitoso no cinema português, num diálogo com a experiência cultural e cinematográfica brasileira hoje”, diz Pedro Ferreira. O projeto conta, ainda, com a confecção de um catálogo com textos inéditos, reproduções e entrevistas, assinados por pesquisadores, críticos de cinema, técnicos e produtores portugueses e brasileiros.
O CCBB RJ está adaptado às novas medidas de segurança sanitária: entrada apenas com agendamento on-line, controle da quantidade de pessoas no prédio, fluxo único de circulação, medição de temperatura, uso obrigatório de máscara, disponibilização de álcool gel e sinalizadores no piso para o distanciamento. No cinema, a capacidade foi reduzida para 1/3, com higienização completa antes de cada apresentação/sessão, além do distanciamento de dois metros entre as poltronas. A bilheteria presencial está proibida, todos os ingressos serão disponibilizados no site eventim.com.br
VEJA A PROGRAMAÇÃO DE 24 DE FEVEREIRO A 1 DE MARÇO
24 de fevereiro – Quarta-feira
15h – Curtas
O corcunda, de Gabriel Abrantes e Ben Rivers, 2016, 29 minutos, Cor, 14 anos
Ascensão, de Pedro Peralta, 2016, 17 minutos, Cor, 16 anos
Redenção, de Miguel Gomes, 2013, 26 minutos, Cor e P&B, Livre
17h – A árvore, de André Gil Mata, 2018, P&B e Cor, 104 minutos, 12 anos
(sessão com audiodescrição e legenda descritiva)
Sinopse: Um homem que quer esquecer seu passado e uma criança que não sabe lidar com o presente se encontram sob uma árvore na beira de um rio, compartilhando a mesma memória e o mesmo segredo. Eles encontram um no outro a serenidade, o silêncio e o tempo que perderam na água corrente do rio.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=GygkqzJnGKA
25 de fevereiro – Quinta-feira
15h – É na terra, não é na lua, de Gonçalo Tocha, 2011, Cor, 180 minutos, Livre
Sinopse: Um operador de câmara e um técnico de som chegam ao Corvo em 2007, a menor ilha do arquipélago dos Açores. O Corvo é um grande rochedo de 6 quilômetros de comprimento por 4 de largura em pleno oceano Atlântico, com uma cratera de vulcão, e uma única vila habitada por 440 pessoas. Pouco a pouco, a pequena equipe de filmagem vai sendo aceita pela população da ilha, mais duas pessoas a juntar-se a uma civilização com quase 500 anos, cuja história é difícil reconstruir, tal é a falta de registos e memórias escritas.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=qvaWTz6crss
19h – Debate online – “Onde está o Mundo? Ou das estratégias de aproximação” – pelo aplicativo Zoom, Livre.
26 de fevereiro – Sexta-feira
14h – A vida invisível, de Vítor Gonçalves, 2013, Cor, 73 minutos, 12 anos
Sinopse: Uma noite, Hugo, um funcionário no Terreiro do Paço, está sentado nas escadas do ministério onde trabalha. Não consegue voltar à casa. Hugo lembra-se da reunião em que António, seu superior no ministério, lhe falou de como temia a proximidade da morte. E como parecera querer dizer algo sobre a vida do próprio Hugo. As imagens de uns misteriosos filmes de 8 milímetros estão sempre a voltar ao seu espírito. Encontrou-os em casa de António depois deste ter falecido. Agora, o desejo de Hugo em adivinhar o que teria ficado por dizer entre os dois traz-lhe outras memórias do passado. Inesperadamente, recorda a mulher que amou, Adriana, reencontrando de novo o sentimento duma vida não vivida.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=6aGSIr3S5rk
17h – E agora? Lembra-me, de Joaquim Pinto, 2013, Cor, 164 minutos, 16 anos
Sinopse: Joaquim Pinto convive com HIV e Hepatite C há quase 20 anos. O filme é o caderno de anotações de um ano de ensaios clínicos com drogas tóxicas e ainda não aprovadas para a Hepatite C. Uma reflexão aberta e eclética sobre o tempo e a memória, as epidemias e a globalização, a sobrevivência para além do esperado, a dissensão e o amor absoluto. Num vai e vem entre o presente e o passado, o filme é também um tributo aos amigos que partiram e aos que permanecem.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=YuAFa6xnG7E
27 de fevereiro – Sábado
14h30 – Eldorado XXI, de Salomé Lamas, 2016, Cor, 125 minutos, 12 anos
Sinopse: Um número incontável de pessoas mora num lugar inóspito nos Andes Peruanos e trabalha em condições muito precárias, esperando encontrar ouro e uma vida melhor.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=ddjpI9YKwdI
17h30 – John From, de João Nicolau, 2015, Cor, 100 minutos, Livre
Sinopse: Embora Rita não se queixe, suas férias de verão não são as mais animadas. Também não são as mais chatas: entre cafés gelados, tardes quentes de namoro juvenil e saídas noturnas com a amiga Sara, ela sempre arranja tempo para molhar o chão da varanda e tomar banho de sol. Sua rotina muda quando vai à exposição de um novo vizinho no centro comunitário local. Uma sucessão de eventos muito precisos e silenciosos permite a aproximação da jovem ao novo vizinho e a transformação do bairro numa ilha do Pacífico Sul. Ou poderíamos dizer ao contrário: a transformação do bairro numa ilha do Pacífico Sul e a aproximação da jovem ao novo vizinho tornam possível uma sucessão de eventos muitos precisos e silenciosos.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=S64FT9IH0PM
28 de fevereiro – Domingo
15h – Ramiro, de Manuel Mozos, 2017, Cor, 104 minutos, 14 anos
Sinopse: O filme gira à volta de Ramiro, um alfarrabista lisboeta e um poeta com bloqueios de criatividade, que vive a sua vida entre a sua loja e a tasca, acompanhado pelo seu cão, os seus amigos, e as suas vizinhas, até que em certa altura, toda essa rotina é interrompida devido a uns certos acontecimentos
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=2aM8YkHcOgY
“Uma pequena delícia.” (Público – PT)
“Um belíssimo regresso de Mozos à ficção.” (Diário de Notícias – PT)
17h30 – O estranho caso de Angélica, de Manoel de Oliveira, 2010, Cor, 97 minutos, 12 anos
Sinopse: Os limites entre a fantasia e a realidade se confundem para um fotógrafo que se apaixona por uma noiva morta que ganha vida através das lentes de sua câmera fotográfica.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=stcZ16XHtys
1º de março – Segunda-feira
14h – A fábrica de nada, de Pedro Pinho, 2017, Cor, 177 minutos, 14 anos
Sinopse: Em uma fábrica portuguesa, um grupo de funcionários começa a notar um esquisito padrão: a cada dia, mais e mais máquinas e matérias-primas somem do complexo industrial. Logo, eles descobrem que seus próprios patrões são os responsáveis pelos roubos. Determinados a mudar a situação, eles decidem adotar uma postura drástica: permanecer na fábrica até os roubos cessarem.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=ssyfLvCBYMg
Melhor filme. Prêmio Crítica Fipresci – Quinzena dos Realizadores Festival de Cannes / Seleção Oficial Festival Internacional de Toronto
“Inteligente e divertido.” (Screen Internacional)
“Um filme que cativa.” (Cahiers du Cinéma)
“Cheio de surpresas.” (Empire)
17h30 – Colo, de Teresa Villaverde, 2017, Cor, 136 minutos, 14 anos
Sinopse: Em Portugal, uma família de classe média passa por uma grave crise financeira. O pai perde o emprego e não consegue encontrar outro trabalho, a mãe consegue achar uma segunda ocupação para aumentar a renda, mas anda sempre cansada e mal para em casa. Enquanto se tornam estranhos uns aos outros, a filha adolescente, negligenciada por ambos e cheia de segredos, começa a se rebelar.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=1Z5-6lHRHS8
FICHA TÉCNICA
Curadoria: Pedro Henrique Ferreira
Coordenação Geral: Eduardo Cantarino
Produção Executiva: Pedro Nogueira
SERVIÇO
Mostra de cinema
De Portugal para o Mundo
Data: 3 de fevereiro até 1o. de março de 2021
Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Rio de Janeiro
End.: R. Primeiro de Março, 66 – Centro, Rio de Janeiro – RJ
Programação: http://www.facebook.com/mostradeportugal
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-Escrita Comunicação-
O Estranho Caso de Angélica – Foto de Capa / Divulgação
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