O renomado Grupo Tápias traz o mais novo espetáculo para o Palco Carioca Carlos Laerte no mês de abril, dentro do Festival Dança em Trânsito 2024
A estreia de “Fantasmas” acontecerá nos dias 20 e 21, no Centro Cultural Espaço Tápias, na Barra da Tijuca
A nova coreografia é uma coprodução da Residência de Intercâmbio do Festival Dança em Trânsito, em parceria com o Festival Tanec Praha (Praga, República Tcheca)
O Palco Carioca Carlos Laerte iniciou em fevereiro, segue com uma intensa programação, todos os fins de semana, e foi estendido até maio. Desde o começo do projeto, grandes nomes da dança carioca participaram da primeira etapa do Festival Dança em Trânsito, no Centro Cultural Espaço Tápias, na Barra da Tijuca.
Já passaram pelo Palco Carioca: Renato Vieira Cia de Dança, Marcio Jahú, Clara da Costa, Hugo Lopes, João Saldanha, Companhia Urbana de Dança / Sonia Destri, Esther Weitzman Companhia de Dança, Bruno Cezario, Angel Vianna Faculdade de Dança, Coletivo Toni Rodrigues, Paula Aguas e Betina Guelmann.
Agora, nos dias 20 e 21 de abril, o Grupo Tápias faz a estreia nacional do espetáculo “Fantasmas”, no Palco Carioca Carlos Laerte, produzido a partir do texto de Fernando Caruso “Os Dois Fantasmas”. A nova montagem é uma coprodução da Residência de Intercâmbio do Festival Dança em Trânsito, em parceria com o Festival Tanec Praha (Praga, República Tcheca) e traz no elenco Flávia Tápias (Brasil), Jitka Čechová (República Tcheca) e Paula Braun (Brasil).
Programação Palco Carioca Carlos Laerte – Dança em Trânsito
Abril
– 20 e 21/4: Grupo Tápias
– 27 e 28/4: Cia Étnica de Dança/ Carmen Luz
Maio
– 4,5,11 e 12 – Projeto de Remontagem do Grupo Tápias para profissionais
– 18 e 19 – Marcia Milhazes Companhia de Dança
Sobre o espetáculo “Fantasmas”
Falar sobre memória e falar sobre dança; falar sobre arte e falar sobre teatro. É nesse emaranhado que Flávia Tápias, a partir do texto de Fernando Caruso “Os Dois Fantasmas”, apresenta a obra “Fantasmas”. Autor consagrado no cenário teatral brasileiro, Caruso escreve sobre os sentimentos do ator, de qualquer artista, que sabe que sua obra encenada é efêmera e muda a cada dia, independentemente de quem sejam os atores ou bailarinos. A arte é um momento que se esvai e deixa lembranças.
Este texto contém a nostalgia e a esperança de Esperando Godot, quando dois personagens descobrem que, na verdade, não existem – ou só existem no mesmo palco. O autor aproveita um momento possível entre dois amigos para explicar o absurdo e a magia do teatro, da arte e da própria vida.
A coreografia de Flávia Tápias não conta uma história linear. É uma obra de dança e teatro onde a descontinuidade temporal, mais a continuidade espacial nos colocam em estado de atenção: uma mesa, duas cadeiras como cenário para um ator e dois bailarinos percebem a existência humana e sua fragilidade. Como encontrar o recomeço, quando se percebe que início, meio e fim têm uma lógica diferente?
As ações acontecem em sequências que rompem com a lógica convencional: repetição, esgotamento do gesto, os limites do possível, a exaustão dos movimentos, dão encadeamento às relações dançadas e se tornam a condição para que a obra, neste aparente caos, tenha o sentido construído. O estado de consciência dos artistas em cena, revelam que eles só existem ali e para aquela cena. Os personagens existem encarnados – e muitas vezes os próprios atores acreditam que esses personagens vivem dentro deles. São muitos os exemplos de atores que passaram a vida interpretando um personagem que acaba norteando sua personalidade.
Esta peça traz à nossa reflexão o absurdo e a magia da dança, do teatro, da arte e da nossa própria vida. Os personagens estão vivos enquanto encarnados, e os atores acreditam que esses personagens vivem em seus próprios corpos. Em plena fase de criação, Flávia Tápias se aprofunda nesses intérpretes, passa por suas dúvidas e desventuras e se prepara para transformá-los em movimentos.
Sobre o Grupo Tápias
Fundado em 1994 por Giselle Tápias, coreógrafa de renome nacional e internacional, o Grupo Tápias construiu ao longo dos quase 30 anos de existência, sólida base técnica e incessante pesquisa de linguagem própria.
A partir de 2009, Flávia Tápias assumiu a direção da companhia, que tem até hoje a colaboração artística de Giselle Tápias.
O grupo participou de diversos festivais e mostras nacionais e internacionais de dança como Lugar à Dança, Lisboa, Coimbra, Oeiras/Portugal; Danse à Lille, Lille e Roubaix/França; Itálica Festival Internacional de Danza, Sevilha/Espanha; Tanec Praga, Praga/República Tcheca; International Tanzmesse NRW, Essen e Düsseldorf/ Alemanha; Festival Havana Vieja, Havana/Cuba; Festival OFF Avingon; Toure CCAS – França (30 cidades Francesas); Dança em Trânsito/RJ; Correios em Movimento/RJ; Mostra Contemporânea do Festival de Joinville/SC; 4 Movimentos Centro Cultural Banco do Brasil/RJ e DF; Festival Internacional de Dança da Paraíba/PB; Festival Internacional de Dança do Amazonas FIDA/AM; Prêmio FINEP/TO; II Fórum Cidade Criativa/RJ, dentre tantos outros. O Grupo também tem na sua trajetória a participação em residências artísticas importantes como Les Collectif Essone Danse e Danse à Lille-Paris e Lille 2005, 2006; Théâtre de l’Agora- Paris et Festival OFF Avingon 2007; Correios em Movimento e Passarelle vzw – Bélgica 2010; Interplay e Correios em Movimento- Itália e Brasil 2011; Correios em Movimento, Theatre Pablo Picasso (La Norville) – Brasil e França -2012; Centre Recollet – Paris 2013; Lês Collectif Essone Dance – França, 2013; Micadanse, Centre Recollet – Paris 2015; Cité des Arts – Paris 2016; Les Bords de Scène- Essone/Paris 2017, 2018; Centre Recollet, Micadanse – Paris 2019, dentre outras.
Por vezes, a companhia contou com a participação de coreógrafos convidados nacionais e internacionais na criação de seus trabalhos. Assim foi com Pol Coussement – Bélgica, Thomas Lebrun – França, Stephanie Thierch – Alemanha, Nicole Seiler – Suíça, Mathieu Hocquemiller – França, Rami Levi (Israel), Ricardo Risuenho (PA), Henrique Rodovalho (GO), Ana Vitória (RJ), o diretor de teatro Paulo de Morais (RJ), dentre outros.
Hoje, o Grupo Tápias tem em seu repertório mais de 30 criações coreográficas, das quais 11 continuam ativas, em turnê. O Tápias tem também em seu repertório videodanças e documentários sobre o processo criativo.
ELENCO
Flávia Tápias (Brasil)
Jitka Čechová (República Tcheca)
Paula Braun (Brasil)
FICHA TÉCNICA
Direção Artística: Flávia Tápias e Giselle Tápias
Coreografia: Flávia Tápias
Assistente de direção: Luciana Ponso
Realização: Espaço Tápias
Homenagem a Carlos Laerte
O longevo Festival Dança em Trânsito (22 anos) faz homenagem a Carlos Laerte, coreógrafo, bailarino, cineasta, professor e ator falecido em 2023. O projeto Palco Carioca Carlos Laerte faz parte do primeiro circuito do Festival, e até o fim de abril levará grandes nomes da dança carioca para o palco da Sala Maria Thereza Tápias, do Centro Cultural Espaço Tápias.”Carlinhos foi para além de um grande artista, um grande amigo e faz parte tanto da nossa história quanto da história da dança carioca. Artista incansável e ímpar”, diz Flávia Tápias, diretora do Centro Cultural.
Sobre o Centro Cultural Espaço Tápias
O Centro Cultural Espaço Tápias, inaugurado em 30 de abril de 2022, na Barra da Tijuca, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, nasce com o propósito de transformar vidas, dar oportunidades e realizar sonhos.
Além da programação artística com espetáculos para todos os públicos, sob a curadoria da Direção do Espaço Tápias, a Sala Maria Thereza Tápias é palco, durante o ano inteiro, das mais diferentes ações ligadas às artes cênicas. O foco principal é o intercâmbio entre culturas, linguagens, expressões e técnicas, em suas diferentes formas de traduzir múltiplas visões de mundo – sem “pré” conceitos, com liberdade para a inovação e oferecendo o máximo de apoio para a criação de novos conceitos. Ou seja, um lugar perfeito para fortalecer e divulgar a dança contemporânea e todas as suas vertentes.
Assessoria de imprensa: -Alexandre Aquino e Cláudia Tisato-
Foto de Capa: Divulgação
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