No domingo, Dia das Mães, a Feira das Yabás encerrou as comemorações dos seus 15 anos. Coincidência ou não, “yabá” quer dizer mãe rainha. E claro, elas: “as mamães” e “as yabás” foram as grandes homenageadas.
A tradicional Feira das Yabás, em Oswaldo Cruz, Zona Norte do Rio, foi comemorada em grande estilo na Praça Paulo da Portela, e olha que as comparações desses quinze anos vêm acontecendo há três meses. E neste domingo, data mais que especial, a programação foi requintada, aberta com roda de conversa, reunindo a premiada escritora Conceição Evaristo e o Prof. Dr. Bababalawô Ivanir dos Santos. O tema, não poderia ser outro, abordaram maternidade, ancestralidade e a representatividade.
“Parabéns para as nossas Yabás! 15 de anos de Feira! Marquinhos de Oswaldo Cruz arrasa no samba!!!! Que prazer estar com vocês!”, declarou Conceição Evaristo, grande expoente da literatura contemporânea, romancista, poeta e contista.
O sacerdote Ivanir dos Santos recebeu pelas mãos de Marquinhos uma placa simbólica – “Obrigado pelo parceria nessa festa de samba, gastronomia e resistência”, o prof é frequentador assíduo da feira e reconhece como ninguém a importância e empenho do músico em manter a Feira das Yabás e Trem do Samba, que são grandes expressões às tradições afrobrasileiras da região. “Marquinhos significa a força da cultura do subúrbio. Um militante cultural, uma pessoa que representa muito essa resistência carioca”, declarou Ivanir.
O projeto, enaltece a cultura, a ancestralidade e as tradições ligadas ao universo dessas mulheres negras suburbanas, que representam a essência das rainhas yabás. Marquinhos de Oswaldo Cruz, criador do projeto recebeu ainda “Samba Que Elas Querem”, e elas trouxeram o melhor do repertório nacional do ritmo genuinamente brasileiro e muito samba no pé, no final, contaram com a presença no palco das Yabás que ao lado do mestre MOC finalizaram a noite em grande estilo.
A festa, há mais de cem edições vem trazendo uma opção de lazer e cultura gratuita para a região, foi declarada inclusive como patrimônio cultural imaterial do estado e da cidade do Rio de Janeiro, sendo reconhecida sua importância para a preservação da memória coletiva local e da cultura afrobrasileira.
O domingo, 14 de maio, foi de pura emoção, com as famosos quituteiras recebendo famílias inteiras comemorando a data (mais que justo…), música, samba no pé, papo bom e muita festa.
-Rozangela Silva-
Assessoria de Imprensa
Foto de Capa: Divulgação
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