O primeiro dia de desfiles do grupo especial de Rio de janeiro contou com sete escolas de samba neste domingo, 23. Muita tecnologia que influenciaram o desenvolvimento da criatividade dos carnavalescos em seus desfiles na Sapucaí.
G.R.E.S ESTÁCIO DE SÁ – O PODER QUE EMANA DO ALTO DA PEDREIRA
Pedras preciosas e pedras semipreciosas estiveram presentes no desfile do G.R.E.S Estácio de Sá neste domingo(23), no primeiro dia de desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. Com o enredo, “Pedra”, da Carnavalesca Rosa Magalhães, a primeira escola de samba carioca abriu a noite com chave de ouro para falar das pedras que são guardiãs de animais préhistóricos, fonte de riqueza do reino português, morada de espíritos indígenas e também razão da exploração desenfreada na busca por riquezas, da verdade e da fé, desde o tempo pré-histórica até o nascimento de Cristo.
G.R.E.S UNIDOS DO VIRADOURO – LEVANTA PRETA, QUE O SOL TÁ NA JANELA
O G.R.E.S Unidos do Viradouro ensaboou a Sapucaí, a escola de Niterói trouxe a valentia e a bravura das mulheres que fizeram parte do início das páginas da história de liberdade do nosso país: as Ganhadeiras de Itapuã que, são história viva, referência cultural batizado com este nome em homenagem às mulheres que desde o século XIX e início do século XX, faziam “lavagem de ganho” (lavando roupas) ou saiam com seus balaios a pé para vender peixe e quitutes pela cidade e assim ganhar o sustento da família. No enredo, da vermelho e branco do bairro do Barreto, essas mulheres foram celebradas por sua tradição e resistência através de um grupo musical de mesmo nome. Enredo: “Viradouro de alma lavada”, enredamento da dupla de Carnavalescos, Marcus Ferreira e Trcísio Zanon. Ora iê iê ô!
G.R.E.S ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA – EU SOU DA ESTAÇÃO PRIMEIRA DE NAZARÉ
Em busca das bênçaões, uma das escolas de samba mais tradicionais do Rio, Estação Primeira de Mangueira, contou não a história do Jesus bíblico e de seu martírio na Sapucaí, mas uma indagação sobre como seria a volta de Cristo no dia corrente em um contexto de tanta intolerância, perseguição, preconceito e violência, hoje no Brasil e no mundo, ato de coragem que fizeram do desfile da verde e rosa um dos mais impactante de todos os seus carnavais, reunindo vinte líderes de várias religiões na abertura de seu desfile. Enredo: “A verdade voa fará livre”, enredamento do Carnavalesco Leandro Vieira.
G.R.E.S PARAÍSO DO TUIUTI – TODO 20 DE JANEIRO
A esperança é a última que morre. A escola do bairro de São Cristovão, na Zona Norte, apresentou o enredo: “O santo e o rei: encantarias de São Sebastião”, enredamento do Carnavalesco João Vitor Araújo. Um enredo que entrecruza as vidas e trajetórias de São Sebastião e Dom Sebastião e suas histórias de esperança na humanidade, o fôlego da vida.
G.R.E.S ACADÊMICOS DO GRANDE RIO – É PEDRA RETA!
A tricolor do Município de Duque da Caxias, G.R.E.S Acadêmicos do Grande Rio, contou a história de Joãlzinho da Gomeia, o sacerdote do Candomblé de angola do Brasil, “desbravador”; homem de atitudes polêmicas para uma religião de forte raiz e tradições seculares, negro e homossexual, Joãzinho superou muitas barreiras em seu terreiro em Caxias. A escola trouxe muito encanto e axé para a Sapucaí em seu desfile. Enredo: “Tatalondirá. O canto do caboclo no quilombo de Caxias”, enredamento dos Carnavalescos Gbriel Haddad e Leandro Bora.
G.R.E.S UNIÃO DA ILHA DO GOVERNADOR – SENHOR, EU SOU A ILHA!
A União da Ilha do Governador troxe para seu desfile à reflexão sobre os principais problemas que afetam a sociedade atual, suas causas, consequências e influências na vida das pessoas. Um desfile divertido e extrovertido, mas coisa é séria! Problemas que todos nós brasileiros enfrentamos no dia-a-dia. Enredo: “Nas encruzilhadas da vida, entre becos, ruas e viela; a sorte está lançada: salve-se quem puder!”, enredamento do Carnavalesco Djalma Falcão.
G.R.E.S PORTELA – CLAMEI AOS CÉUS
Lá vem a Portela! A escola de Oswaldo Cruz e Madureira, na Zona Norte, trouxe para avenida um mar de índios, desfilando uma história indígena, os verdadeiros pioneiros na cidade do Rio de janeiro, muito antes do “descobrimento” do Brasil pelos portugueses, trazendo muita criatividade e excelentes resultados para seu desfile, principalmente em sua tradicional águia que veio com as asas móveis, arrancando aplausos do público.
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