Dança e Música: noites de colaborações artísticas no Centro Cultural Espaço Tápias
‘Na beira do mundo, do outro lado de mim’, com Dasha Lavrennikov e Rafael Rocha, e ‘Colaboração ou 16 variações sobre um tema’, com Maria Alice Poppe e Tato Taborda
21 e 22 de setembro
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Uma noite com dois espetáculos em que a colaboração entre a dança e a música são inseparáveis, no Centro Cultural Espaço Tápias. “‘Na beira do mundo, do outro lado de mim”, criação e atuação da dançarina russa Dasha Lavrennikov, com música de Rafael Rocha, e “Colaboração ou 16 variações sobre um tema”, de Maria Alice Poppe e Tato Taborda, que assinam a criação e a performance, são espetáculos que dizem algo sobre a vontade dos artistas de se aproximarem artisticamente, compartilharem pesquisas, perguntas, e o palco.
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Sobre os espetáculos:
‘Na beira do mundo, do outro lado de mim’ (duração: 35 min) – A coreografia de Dasha Lavrennikov em colaboração com o músico Rafael Rocha foi desenvolvida a partir de uma longa pesquisa artística, cruzando diferentes territórios entre Europa e América do Sul. Surgiu como um diálogo linguagens das artes de movimento, sonoras, e visuais.
“Essa peça perpassa pela ideia de um corpo que se deixa transmutar – em manchas coloridas, curvas, texturas, ritmos, e paisagens, desfigurando-se para sintonizar-se com suas origens e trajetórias de composição singular”, explica Dasha.
Os diversos tons e cores ressoam uns com os outros – gerando acordes sensoriais transmitindo qualidades físicas, emocionais e espirituais.
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Ficha Técnica:
Criação e atuação: Dasha Lavrennikov
Criação Musical e atuação: Rafael Rocha
Figurino: Gabriela Lotaif
Acompanhamento artístico: Lindon Shimizu
Produção: Marina Micas
Fotografia: Carol Pires | Renato Mangolin
Apoio: Casa del Moviment, Otro Festival Equador, telepART Zodiak Finlandia, global dance network, Angel Vianna, Festival Internacional de Araraquara, Centro Coreográfico do Rio de Janeiro
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“Colaboração ou 16 variações sobre um tema” (duração: 35 min) – Colaboração entre Maria Alice Poppe e músico Tato Taborda É uma peça sobre lacunas que não devem ser preenchidas. A exposição deliberada dessas lacunas revela precariedade e potência em igual medida, como acontece com os ambientes em que os dois artistas-professores atuam.
“A peça, uma estrutura de 16 variações pensada no sentido cageano (do modo de pensar do compositor John Cage), de uma entidade autossustentável, se desdobra em conformações paradoxais a partir das fricções entre dança, música e conceito”, destaca Maria Alice.
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Ficha Técnica:
Criação e performance: Maria Alice Poppe e Tato Taborda
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Sobre Dasha Lavrennikov
Bailarina, coreógrafa, professora, e pesquisadora das artes vivas – nasceu em Moscou, Rússia (1985) e iniciou sua formação e exploração em dança nos EUA. É formada em licenciatura em dança contemporânea (EUA), com mestrado em artes cênicas e pensamento crítico (Dinamarca/França/Espanha). Doutorada no RJ – Brasil (UFRJ) em 2018, ganhou uma bolsa de pesquisa artística em Moscou. Recebeu a bolsa danceWEB da ImPulsTanz em 2012, Djerassi Artist Residency em 2018, Metropolis Residency em 2020, e Zodiac em 2021. Está criando, dançando e educando, nos últimos 15 anos, entre a Europa, Ásia, América do Sul e América do Norte. Trabalhou com uma diversidade de coreógrafos e companhias de dança de renome internacional, como Colectivo La Majara, Lucas Condró, Benoite Lechambre, Khosro Adibi, Richard Colton, David Dorfman, Inma Marín e Manuela Nogales. Está morando entre Barcelona e Rio de Janeiro. Atua como professora no Instituto de Artes de Barcelona, e professora convidada no Mestrado de Artes Cênicas e Cultura Visual em Madrid, e ISLO-Finlândia.
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Sobre Rafael Rocha
Nascido em 1981, estudou música e cinema no Rio de Janeiro, desenvolvendo um trabalho autoral de música, composição, artes vivas e performance. Começou a trabalhar aos 14 anos na cidade maravilhosa com o grupo circense Intrépida Trupe, depois com a companhia de dança Dani Lima, onde fundou o grupo de música cigana Brasov com seu irmão Felipe Rocha. Fez parte do grupo musical audiovisual Binario, que se apresentou pelas ruas do RJ, lançando um álbum na Inglaterra. Também descobriu-se cantor ao criar o grupo Tono com o qual lançou três discos e se apresentou no Brasil, Portugal, EUA(Nova York) e Inglaterra. Colaborou em discos, shows, composições e produções com importantes artistas da música brasileira como Gal Costa, Gilberto Gil, Adriana Calcanhotto, Jorge Mautner, Moreno Veloso, entre muitos outros e ganhou experiência para montar seu projeto solo, lançando os álbuns Pirâmide e Pedra. Já teve músicas suas gravadas por artistas de diferentes gerações como Ney Matogrosso, Roberta Sá e Mãe Ana. Atualmente, está finalizando seu terceiro álbum autoral.
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Sobre Maria Alice Poppe
É bailarina, pesquisadora, professora e colaboradora em processos de criação de dança contemporânea. Atua no longa-metragem de Lucia Murat “Em três Atos”, juntamente com Angel Vianna. Interessada no diálogo interdisciplinar, Poppe investiga o corpo e suas relações poético-políticas com o chão, com a gravidade e com a queda, em uma perspectiva híbrida de dança e artes visuais. Licenciada em dança pela Faculdade Angel Vianna e Mestre em Artes Visuais pela UFRJ, lecionou por 15 anos no Curso Técnico e na Licenciatura em Dança da Escola e Faculdade Angel Vianna. Doutora em Artes Cênicas pela UNIRIO, com estágio doutoral no exterior pela Coventry University, atua como professora adjunta nos Cursos de Dança da UFRJ e como colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos da Artes da UFF.
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Sobre Tato Taborda
Compositor, intérprete e curador de eventos dedicados à experimentação musical. Professor do Curso de Artes e do programa de Pós-Graduação Estudos Contemporâneos das Artes PPGCA, na UFF. Doutor em composição pela Unirio com a tese “Biocontraponto: como aprendemos contraponto com os sapos”, uma investigação da interface entre estratégias de comunicação de criaturas de hábitos noturnos, como sapos, grilos, e vagalumes e técnicas de polifonia e contraponto. Entre outras obras, compôs a ópera “A Queda do Céu”, uma encomenda da Bienal de Munique e “Estratos”, para orquestra de instrumentos nativos do altiplano andino, encomendada pelo festival alemão de Donnaueschingen. Publicou, em 2021, o livro “Ressonâncias: vibrações por simpatia e frequências de insurgências”, pela Editora UFRJ.
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Sobre o Centro Cultural Espaço Tápias
O Centro Cultural Espaço Tápias, inaugurado em 30 de abril de 2022, na Barra da Tijuca, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, nasce com o propósito de transformar vidas, dar oportunidades e realizar sonhos.
Além da programação artística com espetáculos para todos os públicos, sob a curadoria da Direção do Espaço Tápias, a Sala Maria Thereza Tápias é palco, durante o ano inteiro, das mais diferentes ações ligadas às artes cênicas. O foco principal é o intercâmbio entre culturas, linguagens, expressões e técnicas, em suas diferentes formas de traduzir múltiplas visões de mundo – sem “pré”conceitos, com liberdade para a inovação e oferecendo o máximo de apoio para a criação de novos conceitos. Ou seja, um lugar perfeito para fortalecer e divulgar a dança contemporânea e todas as suas vertentes.
O Espaço Tápias conta com o patrocínio da Brasilcap e do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
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Serviço
Dança – Espetáculo “‘Na beira do mundo, do outro lado de mim'” e “Colaboração ou 16 variações sobre um tema”
Datas e horários – 21 e 22 de setembro, às 20h (sábado e domingo)
Local: Centro Cultural Espaço Tápias (Sala Maria Thereza Tápias) – Rua Armando Lombardi, 175 – Barra da Tijuca
Duração: 35 minutos (cada espetáculo)
Ingressos: R$45,00 (inteira), R$22,00 (meia-entrada) – na bilheteria ou pelo Sympla: https://www.sympla.com.br/produtor/espacotapias
Classificação etária: Livre
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Assessoria de Imprensa: -Alexandre Aquino e Cláudia Tisato-
‘Na beira do mundo, do outro lado de mim’ – Dasha Lavrennikov e Rafael Rocha em cena – Foto de Capa: Carol Pires
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