Concorrendo com produções de 14 países, diretor bajeense venceu o FIDBA – Festival Internacional de Cine Documental de Buenos Aires na categoria internacional por “Hamlet”, seu oitavo longa
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O cineasta bajeense Zeca Brito, recebeu no último fim de semana, o prêmio de melhor direção internacional por seu oitavo longa-metragem, “Hamlet”, do FIDBA – Festival Internacional de Cine Documental de Buenos Aires. Único representante brasileiro da categoria Órbita, dedicada a produções estrangeiras, o filme concorreu com títulos de 14 países. Considerado um dos principais eventos dedicados à produção de documentários no mundo, o FIDBA aconteceu de 2 a 8 de outubro de 2023.
“Dedico o prêmio de Melhor Direção ao personagem/ator Fredericco Restori, um dos grandes atores que já tive a alegria de trabalhar. A gente confia tanto um no outro que ele se deixa dirigir e eu o deixo livre para criar”, homenageia Zeca Brito, que também é roteirista e produtor. “‘Hamlet‘ é um filme híbrido, em que a realidade é interposta por improvisações, os limites da direção se confundem na dramaturgia criada pelo ator frente ao real, um filme de cumplicidade em benefício da linguagem”, conclui.
O FIDBA é o maior festival de documentário ibero-americano e o primeiro do gênero da Argentina. Anualmente apresenta novos realizadores e revisita autores proeminentes e recupera filmes desconhecidos do grande público. O evento presta especial atenção aos autores que não apenas refletem a realidade, mas também a relação ética e moral que envolve filmar o outro. A área industrial da FIDBA, o Link é um dos maiores encontros documentais da América Latina e apresenta diversas áreas de trabalho. O diretor Zeca Brito foi um dos tutores do evento.
No Brasil, “Hamlet” venceu os prêmios de Melhor Filme, Direção, Ator, Fotografia e Montagem na mostra gaúcha do 51° Festival de Cinema de Gramado. Recebeu também Menção Honrosa no festival português Cine Marginal. Em meio ao caos político no Brasil de 2016, os estudantes secundaristas se unem aos movimentos sociais e tomam as ruas em protestos. Testemunhando um golpe de estado, o Jovem Hamlet (Fredericco Restori) tem de enfrentar seus maiores fantasmas, sua transformação em adulto e seu lugar na sociedade.
A produção rodada em abril de 2016 em Porto Alegre traz em seu elenco o crítico a ator Jean-Claude Bernardet e uma participação especial da ex-presidenta Dilma Rousseff. O diretor também assina produção (junto com Clarissa Virmond, Frederico Ruas e Tyrell Spencer) e roteiro (dividido com Ruas). A produção é da Anti Filmes, com coprodução da Galo de Briga Filmes.
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Sobre Zeca Brito
Zeca Brito é cineasta, atuando como diretor, produtor e roteirista. Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), graduado em Realização Audiovisual pela Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos) e em Poéticas Visuais pela UFRGS. Foi diretor do Instituto Estadual de Cinema do Rio Grande do Sul (2019- 2023). Dirigiu e roteirizou curtas e longas-metragens exibidos e premiados no Brasil e no exterior; “O Guri” (2011), “Glauco do Brasil” (2015), “Em 97 Era Assim” (2017), “A Vida Extra-Ordinaria de Tarso de Castro” (2018), “Grupo de Bagé” (2018), “Legalidade” (2019), “Trinta Povos” (2020) e “Hamlet” (2022).
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Filmografia:
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Um Breve Assalto (2009, 12′)
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Aos Pés (2009, 18′)
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O Sabiá (2011, 15′)
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O Guri (2011, 94′)
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Glauco do Brasil (2015, 90′)
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Em 97 Era Assim (2017, 94′)
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A Vida Extra-Ordinária de Tarso de Castro (2018, 90′)
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Grupo de Bagé (2018, 75′)
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Legalidade (2019, 122′)
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Trinta Povos (2020, 78′)
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Hamlet (2022, 87′)
–Isidoro B. Guggiana-
Assessoria de Imprensa
Zeca Brito – Foto de Capa: Equipo de Fotografía Fidba
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