Em audiência pública na Câmara Municipal de São João de Meriti, realizada pela Casa de Cultura, que promoveu ontem, na parte da manhã, debate sobre medidas de valorização da memória de João Cândido – líder da Revolta da Chibata. No debate, foi apresentado o projeto em curso do Museu Municipal Marinheiro João Cândido, no ano de recordação dos 50 anos de morte de João Cândido. Adalberto no Nascimento Cândido, carinhosamente chamado por Candinho, de 80 anos, filho do homenageado, morador há anos de São João de Meriti, que estava bem emocionado quando ao ato.
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“Muito, mas muito significativo estar aqui, presente, participalmente nesse movimento cívico”. afirmou.
A mesa foi composta por Jorge Florêncio, Candinho, Benedita da Silva (Dep. Federal), Prof. Joziel (Dep. Federal), Júlio Araújo (MP), Bruno Correia (Sect. de Educação de SJM) e Marcelo Rosa (Sect. de Cultura de SJM). Na fala de Benedita, alertou que “Temos que ler a constituição, porque é a partir dela que reivindicamos nossos direitos. Não apenas colocar o nome dele no livro de heróis da pátria, mas colocar no panteão do nosso povo”.
“A falta da liberdade pode dar fim a um relacionamento”, o que fazer?
Presentes lideranças locais, Frei Tata, Maria da Fé (ambos do Conselho Municipal de Igualdade Racial), Rodney Albuquerque – Pro Reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RJ (IFRJ). Assim com o Prof. Dr. (UFRJ) Babalawô Ivanir dos Santos.
Ainda na Câmara, estava exposto um quadro de Cândido, pintado em carvão por Rita Vianna, do acervo da Prefeitura. Além de lançamento do livro infantil: “Os meninos João Cândido”, de Stela Guedes Caputo, pela editora OMODÉ. Um duo de sax e piano fizeram as honras culturais aos mais de 200 ouvintes.
NA PARTE DA TARDE, NOVO ENCONTRO PARA DEBATER INTOLERÂNCIA RELIGIOSA.
O Grupo Koinonia – entidade ecumênica de serviço composta por pessoas de diferentes tradições religiosas, reunidas em associação civil, realizou na parte da tarde, roda de conversa com lideranças religiosas, em sua sede na Glória, para apresentar o projeto “Egbe – Eu e o Outro” – 1º Encontro Nacional de Povos de Terreiro, que acontecerá de 14 a 16 de junho, em Belo Horizonte, que tem na coordenação Makota Celinha, empreendedora social da Rede Ashoka e coordenadora nacional do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (CENARAB).
A conversa pontuou também estratégias e táticas em defesa dos povos de matriz africana. Contou com presença de Adailton D.Ogun, Muda, Ivanir dos Santos, entre outros.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL REALIZA AUDIÊNCIA PÚBLICA, EM NOVA IGUAÇU.
O Procurador do Ministério Público Federal, Dr. Julio Araújo realizou na OAB, de Nova Iguaçu, no início da noite dessa segunda – Audiência Pública. Com em torno de 200 participantes, entre lideranças de casas matrizes africana, algumas tradicionais de Nova Iguaçu e lideranças sociais.
Na mesa de debante, presença do Dr. Gilbert Stivanello (Decradi – RJ), Tata Luazemi (Roberto Braga), Mameto Arlene D Katende, Rafael Oliveira (Procurador do Município de Nova Iguaçu), Monalisa Alves (Superint. de Igualdade Racial e Diversidade Religiosa da Sect. De Estado de Assist. Social e Direitos Humanos do RJ) e Adriano Vinhal (SEHASD). Além do Prof. Dr. (UFRJ) Babalawô Ivanir dos Santos, os Babalorixas Rinaldo D. Ayra, Mauro D.Oxossi, Adailton D.Ogun, Tojá, Mãe Nádia D Yansã, Pai Frabricio D Xangô, Mãe Núbia D.Oxum, Egbomy Denisia D. Odé, Mãe Lucia D Oxum, Yango (Rede Agen Afro), ogans, ekedjis, entre outros sacerdotes do candomblé e umbanda.
Dos muitos questionamentos, foi debatido políticas públicas de Nova Iguaçu, a atuação da Polícia e do Ministério Público Estadual e Federal e suas ações no combate da intolerância religiosa. Ficou acertado que o MPF continuará analisando os casos e atendendo as demandas para uma atuação mais eficaz.
“Foi um reunião positiva, pela primeira vez uma reunião com Ministério Público Federal e Estadual, Decradi, Prefeitura de Nova Iguaçu e Secretaria de Estado e vários autoridades do Município, foi uma discussão calorosa, já que as ações não tem surgido efeito para coibir os ataques à grupos religiosos na baixada. Mas acredito que a partir da firmeza do Ministério Público, com certeza um bom aliado, serão agora traçados ações efetivas com o objetivo de banir o ódio contra as religiões de matriz africana. Um novo momento, uma nova história, parabéns ao Roberto Braga, que teve essa excelente ideia e conseguiu mobilizar e articular muita gente”. afirmou Ivanir dos Santos
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-Rozangela Silva-
Assessora de Imprensa
