Através do cadastro, a Sececrj e o Inepac vão poder mapear a presença de capoeiristas nos 92 municípios fluminenses. O formulário de inscrição já está disponível para acesso.
“Essa ação demonstra que estamos atentos à gestão compartilhada que concorre a todos os entes quando se trata da salvaguarda do patrimônio cultural imaterial. A Roda de Capoeira e o Ofício de Mestra e Mestre de Capoeira são bens culturais de todos os cidadãos brasileiros, incluindo todos que habitam os 92 municípios do RJ, e nós, enquanto poder público, devemos cumprir com o papel de garantir que tais bens sejam protegidos”, ressalta Ana Cristina Carvalho, diretora do Inepac.
O cadastro servirá para que o Inepac e a Sececrj tenham um banco de informações sobre os capoeiristas para definir as melhores ações para promoção e valorização tanto do Mestre e Mestra, quanto das Rodas de Capoeira. O formulário está disponibilizado no link: https://acesse.one/gk7dM.
Os primeiros registros da palavra “Capoeira” correspondem ao início do século XIX. Ela foi desenvolvida de maneiras distintas em cidades portuárias do Brasil Império, como o Rio de Janeiro, Salvador e Recife, e era, então, realizada em sua grande maioria por escravizados africanos de origem banto e, com algumas exceções, por membros do exército e da polícia.
Por muito tempo, a Capoeira sofreu preconceito e foi considerada uma luta violenta, sendo alvo de repressão policial e coibida em âmbito legal. Foram necessárias décadas de desconstrução e conscientização e, a partir de 1930 e 1940, a prática começa a livrar-se, aos poucos, desse estigma e começa a ser reconhecida como um saber genuinamente brasileiro.
A Roda de Capoeira e o Ofício de Mestre e Mestra de Capoeira foram registrados como bens culturais imateriais do Brasil em 2008, por indicação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, órgão do Ministério da Cultura (IPHAN/MinC).
-Ascom Cultura-
Foto de Capa: Leonardo Ferraz
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