Comédia, drama e musicalidade brasileira se misturam no palco tecendo uma crítica satírica às eleições 2022 com um formato controverso aos musicais da Disney
O espetáculo “A vida não é um musical” satiriza os contos de fadas da Disney e em paralelo o atual cenário político das eleições para o Governo do Estado. A obra, que faz um recorte crítico e bem-humorado acerca deste contexto das disputas eleitorais, reestreia dia 02 de setembro, no teatro XP Investimentos para curta temporada. Com texto e trilha originais e história inédita, retrata um universo particular, mesclando a receita americana dos musicais e um mix da música brasileira contemporânea. O ponto de partida é uma cidade fictícia, inspirada no Rio de Janeiro, imperfeito, cru e violento. A peça apresenta ao espectador uma comédia musical, onde drama, o riso e música andam de mãos dadas. Embora haja aqui toda essa efervescência de montagens musicais, é muito menos comum vermos obras originais de comédias musicais no Brasil.
“De uma mistura inesperada entre o mundo dos contos de fadas e política surgiu o mais original, engraçado, atual e polêmico musical brasileiro dos últimos anos. Embalado por canções deliciosas e modernas e com um elenco encabeçado por uma Dani Fontan em puro estado de graça. O elenco conta também com alguns dos mais expressivos talentos da nova geração de atores do teatro musical como Victor Maia, Tauã Delmiro, Ingrid Ghaigher, Nando Brandão, Draysson Menezes, entre outros. Aqui podemos comprovar mais que nunca a frase que Paulo Gustavo eternizou: ‘Rir é um ato de resistência’ – destaca João Fonseca – diretor do espetáculo.
O texto fala de um mundo utópico, construído separadamente da cidade grande: o Vale Disney. Lá, nesse pequeno vilarejo, as famílias vivem felizes e em harmonia, longe da violência. Plantam o que comem, não tem contato com o mundo externo, se amam, cantam o tempo todo, como nos desenhos da Disney. Detalhe, são extremamente afinados e precisos quando dançam. No entanto, quando uma das personagens entra em contato com a cidade grande começam os choques de realidade. São lançadas, então, críticas em formas de piadas, que foram atualizadas para o contexto político atual, com os personagens deste segmento que estão em alta nas mídias e jornais.
A Vida Não É Um Musical foi lançada em 2018 com a proposta de antagonizar os formatos tradicionais que priorizaram a biografia de artistas e sucessos da Broadway, que tem um público cada vez mais cativo e acostumado a assistir às variedades de espetáculos do gênero. “Depois de quatro anos, a gente está reestreando esse musical totalmente autoral e brasileiro. Muita coisa aconteceu no país nesse período. Retomei o texto atualizando a sátira política, então alguns assuntos como os escândalos do governo, harmonização facial, fake news decidindo eleições, os negacionistas na pandemia e os tios do zap estarão presentes em piadas e números musicais. Em relação a trama, infelizmente pouca coisa mudou na realidade brasileira e a história está incrivelmente mais atual. Inclusive há uma eleição para governador na trama e vamos estrear a temporada no auge das eleições”, destaca o autor e diretor, Leandro Muniz.
Com ótima repercussão de público e críticas, a temporada rendeu ao espetáculo sete indicações na premiação ‘Cinelândia Awards’, nas categorias: comédia musical, musical original, elenco do ano, ator coadjuvante, atriz coadjuvante, ator, atriz e takeover favorito, idealizada pelo ‘ Musical Rio’ e a indicação de melhor musical ao prêmio Cenyn.
Muniz e Fonseca: relação de longa data
Dramaturgo, diretor, roteirista e músico, Leandro Muniz trabalhou com grandes artistas e comediantes da nova geração como Fábio Porchat, Gregório Duvivier, Bruno Mazzeo, Tata Werneck, Marcelo Adnet, dentre outros. Começou sua carreira em 1997, como músico e ator, na companhia teatral Os Fodidos Privilegiados e atuou ao lado de Antônio Abujamra, João Falcão, Paulo de Moraes, Karen Acioly, João Fonseca e Miguel Vellinho.
No teatro, autor e diretor de, “Sucesso” e “Relações – Peça Quase Romântica” (Relationships – Almost Romantic). No cinema e na TV, fez projetos como: Escolinha do Professor Raimundo; Os Filhos da Pátria; Lady Night; Meu Passado Me Condena 1 e 2 e Tio Quase Perfeito, com Marcus Majella. Este último marcado como sucesso de público e crítica. Muniz convidou João Fonseca para o papel de diretor do espetáculo, devido à grande admiração por seu trabalho e pelo passado de ambos na Companhia Os Fodidos Privilegiados. João traz em seu currículo musicais de grande sucesso, como, Tim Maia, Cássia Eller, Gota e a comédia Minha Mãe é uma peça. Recebeu o Prêmio Shell de Melhor Diretor de 1997 pela obra O Casamento, de Nelson Rodrigues; e o Prêmio IBEU de Melhor Diretor de 1999 por Tudo No Timing.
SERVIÇO
Espetáculo: A Vida não é um musical – O musical
Duração: 1h45m
Gênero: Comédia Musical
Classificação: 16 anos
Local: Teatro XP Investimentos – Lotação: 366 lugares
Apresentações: De 02/09/2022 a 24/09/22
Horários: sextas e sábados, às 20h; domingos, às 19h
Ingressos: R$ 80,00 (inteira) | R$ 40,00 (meia-entrada)
FICHA TÉCNICA
AUTOR : Leandro Muniz
DIREÇÃO : João Fonseca e Leandro Muniz
MUSICAS ORIGINAIS: Fabiano Krieger
DIREÇÃO MUSICAL Fabiano Krieger e Gustavo Salgado
DIREÇÃO DE MOVIMENTO E COREOGRAFIAS: Carol Pires
FIGURINO : Carol Lobato
CENÁRIO : Nello Marrese
ILUMINAÇÃO: Paulo Denizot
DESIGN DE SOM: Rossini Maltoni
DESIGN GRAFICO : Pablito Kucarz
FOTOS: Carol Pires
VISAGISMO: Diego Nardes
ASSESSORIA DE IMPRENSA: Alessandra Costa
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Renan Fidalgo – RG Cultural
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Gabrielle Novello – RG Cultural
REALIZAÇÃO: Quase Companhia
IDEALIZAÇÃO: Leandro Muniz
PRODUÇÃO: RG Cultural
ELENCO: Daniela Fontan, Draysson Menezes, Ester Dias, Fernanda Gabriela, Flora Menezes, Janamô, Ingrid Gaigher, Lucas da Purificação, Nando Brandão, Victor Maia, Vinicius Teixeira, Tauã Delmiro e Udylê Procópio.
-Angel Comunicação-
A vida não é um musical – Foto de Capa: Carol Pires
@ Portal AL 2.0.2.2