Em tempos de solidariedade e afeto, o líder religioso Ivanir dos Santos, esteve essa semana envolvido com importantes iniciativas no Rio de Janeiro. Militante negro há décadas, entende como ninguém o quão importante ações são necessárias para preservar vidas.
Esteve presente essa semana no Maracanã, na zona norte carioca, para ação coordenada pela CUFA, que ganhou parceria do departamento de responsabilidade social do Flamengo, onde arrecadaram mais de 300 toneladas de alimentos, para doações para o programa Mães da Favela. A iniciativa da Central Única das Favelas contou com ajuda de em torno de 20 entidades ligadas à Frente Nacional Antirracista. As doações foram entregues no Maracanã, onde diversos ativistas levaram para mais 140 comunidades, alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade. Marcando presença de Claudia Vitalino da UNEGRO RJ e Negrogum Presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro – CEDINE, entre outros.
“De longe é a maior e mais expressiva ação de combate à fome. A CUFA vem fazendo uma eloquente ocupação em comunidades, todas as honras para a iniciativa”. Alertou o Babalawô Ivanir dos Santos
Presentes na ação o presidente Rodolfo Landim, a diretora de responsabilidade social Ângela Landim e o maior incentivador dos últimos tempos – Celso Athayde, fundador da CUFA e diretor geral do projeto. A CUFA vem há 20 anos promovendo diversas ações sociais, mas em 2020 encontrou seu maior desafio, no começo da contaminação do covid -19, onde a crise atingiria largamente as comunidades, negros e pobres. De imediato, concentrou todos os esforços em captar doações para amenizar o impacto causado pela pandemia, o encontro dessa semana foi apenas mais um de tantos outros. Sem falar que quase todas as entregas são feitas simultaneamente em todo o Brasil.
“Foi muito importante contar com a força do Flamengo e sua torcida, e dos demais clubes. As mães das favelas agradecem”, alegou Athayde.
Também nessa semana – Ato inter-religioso em memória às vítimas da covid-19 no Brasil, na Cinelândia
Outra ação significativa também foi reverenciada pelo Babalawô Ivanir dos Santos – Ato Inter Religioso em Memória às Vítimas da Covid. Com o mote – “Que os mortos descansem e os vivos despertam”, diversas lideranças religiosas marcaram presença na Cinelândia, na quinta, em frente a escadaria da Câmara Municipal do RJ. Orquestrado pelo Projeto Memória Não Morrerá e Frente Parlamentar Pela Liberdade Religiosa, contando com participação Bloco Planta na Mente e Linhas do Rio.
O ato começou com um cortejo que começou na altura do Cine Odeon, onde religiosos carregavam painéis criados por bordadeiras de todo o Brasil, com nomes de vítimas da covid e desenhos ilustrativos como corações. Com marcação de surdos, seguiram para a Câmara, os representantes colocaram os mais de 40m de painéis na escadaria. Esses painéis já estiveram presentes em atos com Padre Júlio Lancelotti, em SP, assim como em Brasília no Levante Pela Terra.
Para Gláucia Garcia, do coletivo Linhas do Rio – “Iniciamos essas ações bordando nomes, para tentar tocar as pessoas dessa forma. Com diversos painéis com 2000 nomes de pessoas de todo país, vítimas da covid”
Com o objetivo de congregar várias religiões é tentar fornecer acolhimento para essas famílias, que não tiveram seus ritos de passagem realizados de forma completa. As falas foram de indignação sobre os descasos das autoridades públicas.
“A escadaria da Câmara Municipal foi ocupada por mais uma celebração em memória de todas as vítimas da Covid-19. O coletivo Linhas do Rio, através do projeto “Memória Não Morrerá”, organizou um belo ato inter-religioso para pedir justiça às mais de 500 mil vidas perdidas durante a pandemia”, afirmou Reimont – professor e vereador do RJ, pelo PT.
Dos grupos convidados, representantes como Mãe Carmen de Ogum – da umbanda, Patrícia Tolmasquim – judaísmo, Diácono Bernardo Tura – igreja católica, Nilza Valéria – Igreja Batista e Frente Evangélicos pelo Estado de Direito, Pastor Mozart Noronha – Igreja Luterana, entre outros sacerdotes.
Para o Prof. Dr. Babalawô Ivanir dos Santos – “Temos que unir forças e cobrar mudanças. A grande ameaça que enfrentamos agora não é o vírus em si, a ameaça maior é a falta de lideranças globais e nacionais. Vidas importam”.
-Rozangela Silva-
Assessoria de Imprensa
Ivanir dos Santos e Cláudia Vitalino – UNEGRO RJ – Foto de Capa: Rozangela Silva
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