O carnavalesco Júnior Pernambucano publicou nesta semana em suas redes sociais um pouco do enredo 2019 da Acadêmicos da Rocinha, “Bananas para o preconceito”, valendo lembrar que o preconceito não passa de um conceito que criamos antes de saber o que aquilo realmente é.
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“É com imenso prazer que falo um pouco do enredo da Rocinha 2019. Em breve a sinopse será lançada”
ressaltou Pernambucano em seu Facebook
Tatuagem emocional. Tudo está marcado por entre células. A cor impressa na pele denuncia nossa etnia, sinaliza onde está fincada nossa raiz,revela nossa cultura matriz. Cor da pele retrata histórias, resgata memórias, nos permite transportar afetivas tradições como fruto duma longa trajetória. Discriminar povos pela cor da pele é algo irracional. Arremessar bananas aos irmãos negros como se este ato racista fosse uma grande ofensa não deve mais gerar abalo emocional. Pois segundo estudos científicos baseados na teoria evolucionista iniciada pelo famoso inglês naturalista Charles Darwin, o ser humano faz parte da superfamília de peludos primatas.
Macacos e humanos têm um parente ancestral em comum. Darwin tinha razão. Hoje está provado que geneticamente somos idênticos a saltitantes chipanzés apreciadores de bananas. Embora todos os homens sejam iguais perante leis determinadas pela evolução das espécies, ainda há quem sofra na pele, por pura ignorância alheia, intoleráveis atos
preconceituosos. Neste tema-enredo Rocinha entra na luta antirracismo valorizando atitudes afirmativas no sentido de que cidadãos negros se imponham enquanto agentes transformadores, reconheçam seu próprio valor e desenvolvam sua autoestima.
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No tabuleiro da baiana tem?… Bananas lançadas para o preconceito! Carnaval é cenário propicio para embananar qualquer realidade. Eis porque nossa banana dada tomará a forma reafirmativa da identidade negra manifestada através da dança, da música, artes cênicas, dos esportes, dos místicos rituais, do cotidiano urbano vivido principalmente nas favelas… Do majestoso legado cultural deixado pelos escravos, que embora vivessem em
condições degradantes, não esqueceram sua negra nobreza trazida na pele desde África.