Assédio é um substantivo masculino que significa insistência inconveniente, persistente e duradoura em relação a alguém. Normalmente, as maiores vítimas de assédio são as mulheres; e basta que dediquemos alguns minutos para lembrar de exemplos relacionados.
Um dos mais recentes aconteceu em frente às câmeras de TV, no Big Brother Brasil, quando o lutador de MMA Antônio Cara de Sapato e o cantor MC Guimê assediaram a mexicana Dania Mendez sem qualquer pudor. Ora, se em frente às câmeras é assim, podemos imaginar como é quando o ambiente não está sendo “filmado”.
Outro exemplo é o do grupo Millionaires Social Circle, que deve ser investigado pela Polícia Federal a pedido da Embratur e classificado como “turismo sexual”. Trata-se de um grupo que oferece cursos de relacionamento para homens e costuma fazer visitas a cidades de países latino-americanos para que esses homens possam testar tais técnicas com as mulheres desses países.
E o que dizer do movimento Red Pill, formado por “influencers da masculinidade”? De acordo com eles, as mulheres são pessoas facilmente manipuláveis e precisam se adequar a diversas regras, como ter perfil obediente, entender o homem como chefe da casa etc.
No ambiente corporativo, o assédio às mulheres também é algo normalizado. No ano passado, por exemplo, uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) mostrou que dentre 554 mulheres entrevistadas atuando na área de comunicação, 72% já haviam sofrido assédio no local de trabalho e 77% já haviam presenciado atos de assédio.
Sabemos que essa questão se soma a muitas outras que as mulheres enfrentam no ambiente corporativo já que, apesar dos avanços, há muitos problemas a serem enfrentados para elas chegarem a níveis mais altos. O homem já é percebido como um ótimo profissional pelo senso comum, enquanto as mulheres precisam mostrar muito mais para serem percebidas. É preciso estudar mais, se provar mais, muitas vezes adotar posturas mais rígidas e ainda enfrentar desafios como a questão do assédio.
No DIG CLUB, acreditamos que as mulheres precisam se apoiar para enfrentar essa e outras questões. Além de punições mais enérgicas para o assediador e a implementação de mecanismos que acolham as reclamações nas empresas, a ampliação da participação feminina nas lideranças da organização é outro ponto fundamental para combater o assédio em ambientes corporativos.
Sabemos que existe uma supremacia do homem hetero branco na liderança das empresas e eles têm uma mentalidade de que homens são melhores. Até por isso, vemos poucas mulheres em cargos de liderança. Quanto mais as mulheres se unirem, se permitirem o diálogo aberto para essas questões e forem trazendo consigo outras mulheres, mais diverso o ambiente será e mais fácil será combater questões de extrema importância, como o assédio.
Sobre Brunna Duarte
Formada em comunicação pela PUC e pós-graduada em Administração pela FGV, já realizou diversos cursos nas áreas de CX e Design Thinking. Desenvolveu sua carreira em grandes empresas multinacionais, sempre procurando atuar de forma criativa e inovadora.
Sobre o Do It Girls Club
O Do It Girls Club é um ecossistema feminino que transforma a vida de mulheres através de uma rede única de networking e conteúdos exclusivos. A iniciativa tem como propósito ajudar mulheres a alavancarem suas vidas, carreiras e resultados mais rápido, através de um ambiente de crescimento, colaboração e de novas conexões. Com o lema menos competição e mais colaboração entre mulheres, as idealizadoras já impactaram mais de 20 mil pessoas e geraram mais de 15 milhões de negócios realizados entre as participantes ativas da comunidade. Para mais informações, acesse https://doitgirlsclub.com.br/, pelo instagram @doitgirlsclub, facebook @doitgirlsclub e linkedin https://www.linkedin.com/company/doitgirlsclub/
-Carolina Lara-
Foto de Capa: Internet
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