Como parte das ações de prevenção e enfrentamento à COVID-19 e resposta às enchentes de 2021 no Amazonas, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) tem atuado em parceria com instituições locais e autoridades públicas para fortalecer estruturas de saúde e a resposta humanitária na capital e no interior. Mais de 38 mil itens já foram doados, entre eles Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), camas hospitalares, cobertores e outros artigos que auxiliam profissionais de saúde na resposta às emergências do estado.
As ações são possíveis graças ao apoio de diversos doadores do ACNUR, entre eles a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Governo Federal.
Atendendo a solicitações da Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), o ACNUR doou 315 camas e 20 berços hospitalares para fortalecer o atendimento nas maternidades da rede pública estadual. O mobiliário fortaleceu as estruturas de atendimento nas maternidades Ana Braga, Alvorada, Azilda Marreiro, Balbina Mestrinho, Chapot Prevost, Nazida Daou e também do Instituto da Mulher Dona Lindu.
Junto com as camas foram entregues colchões e lencóis para equipar leitos adicionais de pacientes grávidas na capital e no interior por meio da metodologia “Canguru”, que proporciona atendimento humanizado para mães e filhos recém-nascidos. Também foram entregues duas geladeiras para apoiar na manutenção de remédios e outros insumos sob a temperatura adequada.
Outro desafio enfrentado pelo Amazonas são as enchentes. Em 2021, o Rio Negro atingiu a cota de 30 metros, a maior registrada historicamente. Mais de 455 mil pessoas foram impactadas em diversas regiões do estado, tendo que adaptar suas casas ou até mesmo deixá-las.
Para apoiar nesta emergência, mais de 1,4 mil produtos como colchonetes com capas, mosquiteiros e itens de higiene foram disponibilizados pelo ACNUR para a Secretaria Estadual de Saúde (SES-AM) em fevereiro deste ano, auxiliando famílias do município de Boca do Acre-AM (1.030 km de Manaus).
Outros 5 mil itens entre lâmpadas solares, kits de cozinha, mosquiteiros e cobertores protetores estão sendo entregues pelo ACNUR aos parceiros da sociedade civil e instituições locais para o fortalecimento da resposta às vítimas de enchente, incluindo refugiados, indígenas e brasileiros que moram na capital e no interior.
Além disso, indígenas refugiados da etnia Warao que vivem em abrigos de Manaus receberam redes e mosquiteiros para o enfrentamento da subida dos rios na cidade, em parceria com a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc).
A chefa do escritório do ACNUR em Manaus, Sara Angheleddu, ressalta a relevância da cooperação com as autoridades locais para adequar a estrutura aos desafios impostos pela pandemia de COVID-19.
“O ACNUR seguirá apoiando a resposta local no Amazonas durante a pandemia, buscando atender às necessidades emergenciais tanto da população brasileira quanto a dos refugiados e migrantes venezuelanos, neste caso por meio do fortalecimento das estruturas de saúde, que tem fornecido assistência para ambos”, comenta.
Para o Diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Embaixador Ruy Pereira, “a cooperação humanitária brasileira segue empenhada em prestar assistência a populações cuja situação de vulnerabilidade se viu ainda mais agravada em razão da pandemia da COVID-19, como os refugiados e migrantes venezuelanos, muitos dos quais indígenas, com importante presença nos Estados de Roraima e do Amazonas. Em nome do Brasil, a ABC fez doação financeira ao Plano Global de Resposta Humanitária à COVID-19, das Nações Unidas, por meio do ACNUR, com vistas a atender, em caráter humanitário, as necessidades emergenciais no Amazonas, favorecendo uma melhor estruturação e resposta dos entes estaduais e municipais em seus esforços de enfrentamento à COVID-19, impactado pelo afluxo de refugiados e migrantes venezuelanos”.
Trabalho do ACNUR em Manaus
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) está presente em Manaus apoiando a resposta emergencial das autoridades locais para quem foi forçado a deixar a Venezuela em busca de proteção e assistência. Por meio da Rede de Proteção Local, que conta com órgãos públicos, organizações da sociedade civil e outros parceiros, mais de 7 mil pessoas receberam apoio somente em 2021. Mais de 14 mil itens de primeira necessidade já foram entregues para população em situação de vulnerabilidade este ano.
Sobre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE)
A Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), foi criada em 1987 para coordenar, no âmbito nacional, iniciativas de cooperação técnica desenvolvidas pelo Governo brasileiro. Desde 2017, a ABC coordena as ações governamentais em diversas esferas da assistência humanitária internacional prestada e recebida pelo Brasil. O enfrentamento à pandemia do COVID-19, no país e no exterior, foi o principal campo de atuação da ABC em 2020. A atuação da Agência ocorreu sem o Brasil deixar de prestar assistência humanitária mais tradicional, em casos de desastres e remessas de alimentos, medicamentos e outros itens emergenciais para o atendimento a países e populações que se encontrem em situação de calamidade pública, conflito armado, desastre socioambiental, insegurança alimentar e nutricional ou em outra situação de emergência ou de vulnerabilidade. A ABC manteve também suas atividades de cooperação técnica, recebida e prestada pelo Brasil, às quais foram adaptadas aos constrangimentos decorrentes da incidência da pandemia do novo coronavírus. Mais informações sobre a cooperação humanitária brasileira podem ser acessadas aqui.
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-ACNUR – Agência da ONU para Refugiados-
Foto de Capa: Rodrigo Santos SES / AM
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