Histórica casa de cultura do Rio de Janeiro, o Theatro Municipal abriu as portas para receber a palestra “Análise técnica das obras do TMRJ: Um novo olhar”. A realização contou com parceria da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Sececrj) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). Durante a abertura do evento, as três partes envolvidas assinaram um termo de cooperação técnica para execução de futuras atividades.
“Quando a gente consegue reunir tantas instituições importantes, isso é sinal de que estamos no caminho certo para produzir coisas boas para a população. Temos feito um esforço gigantesco para que o Theatro seja, cada vez mais, um espaço de democratização do acesso à cultura. Espero que a gente possa ter, a partir deste termo, muitas outras iniciativas que beneficiem a arte, a cultura e o povo”, declarou a Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, ao início do evento.
Após a assinatura do termo, o público de cerca de 80 pessoas teve acesso a uma das obras do acervo da casa e pôde presenciar uma análise detalhada da peça, realizada pelo corpo docente do IFRJ. Com apoio do laboratório móvel da instituição, o estudo físico-químico detalhou a distribuição dos pigmentos da pintura de Eliseu Visconti, artista ítalo-brasileiro e detentor de uma das obras que compõem o acervo de mais de 70 mil produções artísticas preservadas do TMRJ.
“É importante reforçar a importância do desenvolvimento do trabalho conjunto, entre as instituições públicas envolvidas, para a preservação de nossa história e bens culturais. Está sendo um imenso prazer poder mostrar um pouco do extenso acervo que temos aqui”, ressaltou a presidente da Fundação Teatro Municipal, Clara Paulino.
A imagem do quadro de Eliseu Visconti foi ampliada e projetada no telão, para análise dos palestrantes e do público. A Unidade Móvel do Laboratório de Instrumentação e Simulação Computacional (Liscomp) do campus Paracambi – IFRJ realizou o estudo físico-químico da obra.
“Este projeto nasceu na construção de uma pesquisa de professores dentro de um dos nossos laboratórios, até que aos poucos o trabalho foi avançando e, hoje, temos o laboratório móvel como uma referência dentro do território nacional. Trazer este equipamento para o Theatro é a consolidação do alinhamento entre a cultura e a educação, com o fortalecimento da área de pesquisa aplicada”, avaliou o Reitor do IFRJ, Rafael Almada.
Grande parte do público presente foi composto por estudantes da área de Museologia. Como é o caso de Marcela Queiroz, 23 anos, que assistiu a palestra acompanhada de alguns amigos da faculdade.
“Poder participar do evento foi muito importante para minha formação acadêmica. É uma oportunidade de sair do campo teórico e poder enxergar de perto a parte prática. E nada melhor do que acompanhar tudo isso dentro de um lugar tão bonito e histórico como o Theatro”, afirmou.
Sobre o Liscomp
O laboratório conta com diferentes instrumentos portáteis de análise, entre eles o mapeamento elementar, que permite fazer uma imagem de como os pigmentos estão distribuídos na obra, sendo este o único instrumento da América Latina. Atualmente, o laboratório conta com suporte financeiro do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) e Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (FAPERJ).
Diferentes instituições no Brasil, como os Museu Nacional do Rio de Janeiro (MNBA), Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) e Instituto de Criminalística Carlos Eboli da Polícia do Rio de Janeiro, já demandaram as análises de obras para o laboratório móvel do IFRJ.
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-Ascom Cultura-
Foto de Capa: Gui Maia
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