A cantora e compositora Branka entregou uma melodia para o mestre Moacyr Luz e ganhou uma linda letra dele
O resultado, a canção “A flor do amor”, chega às hoje, (14/06), nas principais plataformas digitais, mas sua primeira execução foi no programa “Samba Social Clube”, da Rádio Super Rádio Tupi (96,5 FM) do Rio de Janeiro. Uma estreia abençoada por Carlinhos de Jesus, que recebeu Branka no Camarote do Samba, quadro que comanda no programa.
“’ A flor do amor’ nasceu de forma leve e breve! Tanto da minha parte como a do Moa. Foi um recebimento! E a mensagem que ela traz é sobre o amor que devemos cultivar pelo próximo”, revela Branka, que compõe desde os 14 anos.
Branka e Moacyr Luz se conhecem desde 2013, quando ela foi, pela primeira vez, no Samba do Trabalhador, no Clube Renascença, no Andaraí. Depois, a cantora gravou “Rosário da dor”, parceria dele com Toninho Gerais, no álbum “Trilogia Flores Douradas”, lançado em 2015.
“Desde que eu conheci a Branka, me impressionou sua afinação, uma dicção perfeita, assim como me impressionou muito positivamente a migração dela para o samba. Eu gostei muito da música que ela me mostrou, aí fiz a letra. Ficou lindo, deu entrosamento, deu timbre. Tô muito orgulhoso dessa parceria”, empolga-se Moacyr Luz.
A admiração é recíproca. “Sou fã de Moacyr Luz desde pequena. A primeira música dele que ouvi foi ‘Coração do Agreste’, foi apaixonante. A história dele também me inspirou. Uma grande referência, uma grande pessoa”, exalta Branka.
O single contou com produção de Carlinhos 7 Cordas, que também toca violão, acompanhado de Marcelo Galter nos teclados, Jhoão no cello e Luizinho do Jejê na percussão.
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A FLOR DO AMOR
Lá no meio do nada;
Bem no corte da mata;
Nasceu a primeira flor;
Do amor;
–
Eram folhas pequenas;
Escritos verdes poemas;
Na mesma cor;
Que brotou;
–
E cresceram os galhos;
Falsos tantos atalhos;
Pra me iludir;
–
Sorria sem dono;
Nas tardes frias de outono;
Fingia, desmaiava no chão;
–
Mas depois que vingou;
A seiva juntou-se ao astro rei;
O sol;
E colheu do amor;
Cada gota de vida;
Semeando a terra;
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Desmanchou meu jardim;
Judiando de mim;
É lá me deixava;
E só sei que assim;
Essa paixão sem fim;
Me enraizada. (bis)
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Um pouco mais sobre Branka
Branka começou na carreira como Karyme Hass, seu nome de batismo, mas, quando foi de Curitiba, sua cidade natal, para o Rio de Janeiro, caiu nas rodas de samba, onde era chamada de “branquinha” e acabou virando Branka.
A cantora e compositora assinou seu primeiro contrato, aos 21 anos, com a gravadora EMI Music em 2001, quando ainda assinava Karyme Hass.
Seu álbum de estreia, “Faces e fases”, foi lançado em 2003 e lhe rendeu a indicação na categoria Revelação do Prêmio TIM. Mas foi com o álbum “Barra da saia”, lançado em 2013, que estreou no samba, contando com participação mais do que especial de Zeca Pagodinho. Esse trabalho foi indicado ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Samba, e a faixa-título “Barra da saia” foi indicada ao Prêmio Multishow na categoria de Melhor Samba.
Quando Branka assinou com a Universal Music Brasil, lançou a edição completa da trilogia “Flores douradas”, que abrangia vários ritmos brasileiros. Com inéditas de Nei Lopes, Moacyr Luz, Toninho Geraes, Aluisio Machado, Toninho Nascimento – parceiro dela na faixa “Rio santo”, o álbum contou com as participações de Xande De Pilares, na faixa “Amor e luta”, parceria dos dois, e de Arlindo Cruz em “Banho de mar”, música de Branka com Carlinhos 7 Cordas.
O álbum ganhou resenhas de Nei Lopes e Moacyr Luz dando sua bênção e boas-vindas à Branka no samba.
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FICHA TÉCNICA – “A FLOR DO AMOR”
Compositores: Moacyr Luz/ Branka
Teclado: Marcelo Galter
Cello: João Bustamante
Percussão: Luizinho do jejê
Violão/ Produção Musical: Carlinhos 7 cordas
Gravado na Cia dos Técnicos RJ
Técnico de gravação: William Luna
Mixagem: T. Reis
Masterização: Polegar Central
Capa: Xande Pimenta/ Márcio Freitas
-Falaí Assessoria-
Branka – Foto de Capa: Divulgação
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