Aconteceu nesta semana, no Instituto CEU Estrela Guia, em São Paulo, o evento “Abrace um Terreiro” no dia do Ubuntu e dia da Democracia, com o objetivo de apoiar a liberdade religiosa e contribuir para o fim do racismo religioso e intolerância. Recebidos pelos fundadores do Instituto Pai Denisson e Mãe Kelly D’ Angelies, o ato teve a presença de 26 líderes religiosos da Umbanda, Candomblé, Catolicismo, Judaísmo, Baha’i, Zen Budismo, Evangélicos, Luterano, Espírita, Universalismo, Xamanismo e Ateísmo e representantes do Governo Estadual e Municipal, deputados, vereadores, convidados e imprensa.
“Estamos vivendo no Brasil um tempo muito difícil, em que o fundamentalismo de matriz cristã tem sido muito instrumentalizado, principalmente por partidos e por grupos de extrema direita. E com isso acabam inflando um ódio religioso que produz uma violência concreta, principalmente contra terreiros no Brasil”. Afirmou Pai Denisson d’Angiles
O ato, que aconteceu em todo o Brasil, foi uma ação do Fórum Ecumênico ACT – Brasil, do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (CENARAB), da Associação Brasileira de ONGs (ABONG) e da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político.
O DIA DO UBUNTU é uma convocação para sairmos do círculo de ódio e intolerância. Ubuntu significa “sou o que sou pelo que nós somos”. Quem nos ensina sobre o Ubuntu são nossos irmãos e irmãs africanos. Não há existência possível se não reconhecemos a existência da outra pessoa. Ubuntu é o centro da convivência e da possibilidade de coexistência.
O objetivo do Dia do UBUNTU é afirmar que a intolerância religiosa destrói o que há de essencial em todas as tradições de fé: a capacidade de nos reconhecermos como irmãs e irmãos. Somos diferentes em cor, etnia, gênero, religião, ou mesmo ateus, mas o amor que recebemos de nossos sagrados exige que amemos e respeitemos todas as pessoas.
A atividade também contou com a preparação e distribuição de mais de 300 marmitas (no total 110 Kg de alimentos) para a população em situação de rua no Pateo do Collegio, no Centro de São Paulo”.
Um dos maiores defensores da Democracia, das Diretas-Já, ex-presidente da CNBB (confederação nacional dos bispos do Brasil), o advogado Dr Antônio Funari esteve presente e pontuou:
“Não aceitamos a destruição de nenhum Terreiro. Da mesma forma, não aceitamos que a fé seja utilizada como argumento para demonizar a fé nos Orixás e consecutivamente violando a democracia, a Constituição. A melhor forma de romper com a intolerância é ir ao encontro do outro e da outra.”
-Bia Saldanha Arêas-
Assessoria de Imprensa
Foto de Capa: Divulgação
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