O I Seminário Nacional de Mulheres Pretas e Seus Saberes Periféricos, Acadêmicos e Artísticos, abriu nesta segunda (19), com roda de conversa virtual, um legítimo fortalecimento da equidade de gênero.
Com apresentações iniciais da Doutoranda Mariana Gino – CEAP, Mestra Lavini Castro – Rede de Prof. Antirracistas, Graduanda Yamim Lobo e conduzido por Ana Gabriella de Lima – Pesquisadora da escravidão em uma perspectiva afro-religiosa.
Com o tema “Quem tem medo de mulher preta?”, a 1ª edição contou com Giovana de Carvalho Castro – Doutoranda em História (UFJF), Selmara de Castro Balbino, militante do movimento negro, mestranda em Serviço Social pela UFJF e Aline Nascimento – Atuante no desenvolvimento de ações afirmativas e treinamento em empresas.
As convidadas trouxeram narrativas da resiliência cotidiana e suas experiências no enfrentamento das várias facetas do racismo estrutural. Sendo corroborado por elas que o Brasil não suporta mais racismo, intolerância, sexismo e desigualdade, que perpassa por cargos de poder, lideranças e protagonismo.
O Seminário segue ainda nos dias 20, 21, 22, 23, 24 e 25 de julho, sempre às 19h. Com grandes outras representantes negras. Transmitido no Youtube da Rede de Professores Antirracistas e Face do CEAP. O mês de julho é dedicado às mulheres negras – Julho das Pretas, alusivo ao dia 25, do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Data de grande relevância, em reconhecer a importância da mulher negra, de todo o movimento e construção na sociedade brasileira, assim como nos países latino-americanos. Para participar, inscrição no: https://www.subscribepage.com/quem-tem-medo-de-mulher-preta
O escopo do seminário valida vivências de mulheres pretas produtoras e disseminadoras de saberes: periféricos, acadêmicos, artísticos, seus espaços de trabalho, pesquisa e em busca em transformar a sociedade num lugar mais democrático, inclusivo e humano, afinal, “Quando uma mulher preta se movimenta toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”, notória frase de Angela Davis.
“A abertura contou com a participação de mais de 200 pessoas. Isso é para nós, da organização, uma prova que precisamos debater sobre a inserção das mulheres pretas na sociedade brasileira. Esperamos que os próximos debates tenham as mesmas expectativas e possamos juntos construir saídas possíveis”, declarou Mariana Gino.
O encontro registrou ouvintes e militantes de diversos pontos do Brasil e até internacionais, que interagiram com perguntas ou apenas apresentações, como: Coletiva Conspiração Carolina de Mulheres Pretas, Neab/UFPR. Pesquisadores de São Luís – MA (Licenciatura interdisciplinar dos Estudos Africanos e Afro-brasileiros), Movimento Negro de Campina Grande, Fórum das Religiões de Matriz Afro Florianópolis. Assim como atuação de Sapucaia do Sul – RS, Minas Gerais, Maceió, Vale do Pindaré – Maranhão, São Luís- MA, Feira de Santana,
Salvador, Cuiabá – MT, ABC Paulista, Santa Vitória do Palmar – RS, Portugal, Argentina, entre outros.
“Por elas que reavivamos as nossas resistências. A atividade traz à tona as lutas das mulheres negras por visibilidade, igualdade e reconhecimento político. E nos possibilita evidenciar todas as mazelas e opressões cotidianas que as mulheres negras ainda continuam passando em uma sociedade racista. Nos dá uma dimensão não só da vulnerabilidade social das mulheres negras e do tamanho dos descasos e da falta de um projeto que também possa promover uma inclusão social”, afirma o Prof. Dr. Babalawô Ivanir dos Santos – Conselheiro Estratégico do CEAP.
-Rozangela Silva-
Assessoria de Imprensa
Foto de Capa / Divulgação
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