A nova edição do Clube de Colecionadores do Museu de Arte Moderna de São Paulo apresenta obras dos artistas André Ricardo (1985), George Love (1937 – 1995) e Lucia Laguna (1941). Selecionadas pelo curador-chefe do museu, Cauê Alves, as obras são produzidas em tiragens limitadas de 70 exemplares e incorporadas ao acervo do museu. O lançamento desta edição acontece em 29 de fevereiro, concomitante ao evento de abertura das novas exposições do MAM – George Love: além do tempo e Rizoma, de Rodrigo Sassi.
Cauê Alves explica que “os artistas convidados, além de contribuírem para a diversidade étnico-racial da coleção MAM, atuaram em distintas regiões do país. Trata-se de um conjunto significativo de obras para quem busca formar sua própria coleção, mas também para quem adora arte”.
Historicamente dividido entre Clube de Gravura e Clube de Fotografia, o Clube de Colecionadores do MAM São Paulo foi unificado a partir de 2021. O programa, criado há quase 40 anos, tem como objetivo incentivar o colecionismo, torná-lo mais acessível e fomentar a produção artística nacional.
A serigrafia de André Ricardo é feita a partir de pintura sem título que o artista apresenta na exposição Mãos: 35 anos da Mão Afro-Brasileira, em cartaz no museu até 03 de março. “Ao mesmo tempo que podemos relacionar sua produção com a arte construtiva geométrica, seu trabalho traz também algo de artesanal, de manual. O chamado ‘popular’ e a ‘cultura erudita’ convivem sem conflito na obra de André Ricardo. Em suas pinturas recentes, algumas referências à cultura afro-brasileira são recorrentes, mas nem sempre evidentes”, comenta o curador.
Já a fotografia de George Love evoca aquilo pelo qual o fotógrafo afro-americano mais se destacou: imagens aéreas da região amazônica. Em texto sobre a obra, o curador Cauê Alves diz que “a paisagem que mostra um rio tortuoso em tons dourados pelo reflexo não possui linha do horizonte. A imagem pode ser comparada também a um raio silencioso, uma forte descarga elétrica na atmosfera que não produz ruídos, mas pode provocar incêndios”.
Lucia Laguna integra esta edição do Clube com suas serigrafias, e ambas partem de um diálogo com o jardim com o qual a artista convive em seu ateliê, no bairro de São Francisco Xavier, no subúrbio do Rio de Janeiro. Cauê Alves comenta que, ao mesmo tempo que são linhas, as obras “são massas de cor sobrepostas, colagem de fitas com tinta acrílica que formam motivos florais. Lucia Laguna trata o resultado como desenho e colagem, já que estão próximas do universo da representação gráfica e da justaposição de elementos”.
A associação ao Clube de Colecionadores do MAM é anual e os membros recebem um conjunto de três obras, com a possibilidade de escolher entre duas opções da obra de Lucia Laguna. Além disso, a participação também garante benefícios e experiências exclusivas aos associados, como visitas mediadas. O valor do conjunto é de R$ 7.000, com diversas opções de formas de pagamento. Para garantir a associação ao Clube de Colecionadores do MAM, entre em contato diretamente por este link ou através dos contatos clubes@mam.org.br, e 55 11 5085-1406 ou 55 11 94368-3988.
Sobre os artistas:
André Ricardo (São Paulo, SP, 1985 – vive em São Paulo)
Formado em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, André Ricardo realizou diversas exposições individuais e coletivas no Brasil, Portugal e, mais recentemente, na Espanha.
Suas obras integram coleções privadas e acervos públicos como o Instituto Inhotim (Brumadinho/MG), Museu de Arte de Ribeirão Preto (Ribeirão Preto/SP), Casa da Cultura da América Latina da Universidade de Brasília (Brasília/DF), Museu Casa do Olhar Luiz Sacilotto (Santo André/SP).
Lucia Laguna (Campos dos Goytacazes, RJ, 1941- vive no Rio de Janeiro, RJ)
Professora de Língua e Literatura Brasileira, Portuguesa e Latina. Após aposentar-se frequentou diversos cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ) e assim teve início sua trajetória como pintora.
Participou da 30ª Bienal de São Paulo (2012). Desde então, teve grandes exposições individuais, como Vizinhança, MASP (2018), e Enquanto bebo a água, a água me bebe, MAR (2016), e em galerias como Cristina Guerra Cantemporary Art (Lisboa), Karsten Greve (Paris), Sadie Coles (Londres) e Fortes D’Aloia Gabriel (SP/RJ), que a representa desde 2010. Seu trabalho está nos acervos públicos do MASP, MAM São Paulo, MAM Rio, MAR, Pinacoteca de São Paulo, entre outros.
George Love (Charlotte, Carolina do Norte, EUA, 1937 – São Paulo, SP, 1995)
George Leary Love foi um fotógrafo afro-americano que desenvolveu uma trajetória extremamente prolífica no Brasil entre as décadas de 1960 e 1980. Formado em Matemática e Filosofia da Arte, iniciou uma carreira bem-sucedida na fotografia quando passou a morar em Nova York no início dos anos 60. Participou do Association of Heliographers, grupo que tinha como membros nomes importantes da fotografia estadunidense. A convite de Claudia Andujar, veio para o Brasil na segunda metade dos anos 60, viajando com ela pela região amazônica. Ambos fizeram ensaios para a revista Realidade em 1971 e lançaram o livro Amazônia, em 1978. George Love se destacou pelas fotografias aéreas, num período em que isso não era tão comum, mas também por seu trabalho comercial.
Sobre o MAM São Paulo
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.
O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, peças de teatro, sessões de filmes e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.
Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.
Serviço:
Edição 2024/2025 do Clube de Colecionadores do MAM São Paulo
Curadoria: Cauê Alves
Evento de abertura: 29 de fevereiro, quinta-feira, às 19h
Mais informações: https://mam.org.br/apoie
Museu de Arte Moderna de São Paulo
Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – acesso pelos portões 1 e 3)
Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30)
Ingressos: R$30,00 inteira e R$15,00 meia-entrada. Aos domingos, a entrada é gratuita e o visitante pode contribuir com o valor que quiser. Para ingressos antecipados, acesse mam.org.br/visite
Meia-entrada para estudantes, com identificação; jovens de baixa renda e idosos (+60). Gratuidade para crianças menores de 10 anos; pessoas com deficiência e acompanhante; professores e diretores da rede pública estadual e municipal de São Paulo, com identificação; amigos e alunos do MAM; funcionários das empresas parceiras e museus; membros do ICOM, AICA e ABCA, com identificação; funcionários da SPTuris e funcionários da Secretaria Municipal de Cultura.
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Foto de Capa: Divulgação
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